Russian "Alexandrov Ensemble" - Kalinka (Athens, 2012)
O ódio tolda-nos a vista, impede-nos de raciocinar com lucidez, o sentimento de baixo nível depressa se substitui ao bom senso e impede-nos de ver a verdade. Acusar o parlamento de dar dinheiro a António Guterres por uma questão de amizade sabendo que o futuro secretário-geral da ONU não o podia receber é um golpe muito baixo,
Misturar situações diferentes e deixar no ar que Guterres recebeu dinheiro dos contribuintes dados por amigos da política é muito feio. O articulista diz o que lhe vai nos fígados e para pode difamar sem ser acusado de esconder a verdade coloca um link para a notícia em que se dá conta que o prémio monetário foi entregue à presidente do Conselho Português dos Refugiados. Só que este link é visível apenas na edição online, na edição impressa fica-se a pensar que Guterres ficou com o dinheiro. Enfim, honestidade jornalística.
«Inês Pedrosa e António Guterres receberam esta semana duas prendas de Natal antecipadas, que lhe foram oferecidas pelos respectivos amigos. No caso da Inês, os seus amigos do meio cultural ofereceram-lhe uma carta aberta em defesa da sua honra, depois de ela ter sido acusada pelo Ministério Público da prática do crime de abuso de poder enquanto directora da Casa Fernando Pessoa. No caso do António, os seus amigos da Assembleia da República ofereceram-lhe o prémio Direitos Humanos 2016, no valor de 25 mil euros, apesar de ele não o poder ganhar. Sendo véspera de Natal, não queria de modo algum desvalorizar bonitos gestos de amizade. Mas gostaria, modestamente, de recordar que a amizade tem locais próprios para ser exercida. Ajudar os amigos na vida privada é um gesto bonito. Ajudar os amigos na vida pública, com dinheiro dos contribuintes, é um gesto feio. Ou é crime, ou é imoral, ou é as duas coisas em simultâneo. Seja como for, não se faz.» [Público]
Marcelo foi à ginginha
Agora vai ter de ir aio vinho do Porto, à água pé, ao bagaço, ao medronho, à poncha, ao tinto, ao rosé, ao branco, ao vinho da Madeira, ao vinho do Pico, ai vinho de Lagoa, à Água das pedras, ao Licor Beirão, aos licores Antonino, enfim, vamos ter o roteiro da pinga.
Mau gosto
«Pedro Passos Coelho afirmou este sábado na sua mensagem de Natal que o PSD não alinha em encenações, mas salientou que agora é tempo de “trégua” e de “recarregar energias” para depois enfrentar a realidade.
“Não escondemos que temos preocupações e por isso entendemos que um país prevenido se defende melhor perante contingências da situação internacional”, lê-se na mensagem de Natal do presidente do PSD divulgada este sábado, na qual refere ainda que o partido não alinha “em ocultações, opacidade e encenações”.
O ex-primeiro ministro realçou que, sendo este um tempo dedicado à família, “é também um tempo de trégua quanto a preocupações”, pelo que se devem viver estes dias “em espírito de união familiar, com alegria”, com o objetivo de “recarregar energias para quando se tiver de retomar a realidade”.» [Expresso]
Parecer:
nem na véspera de Natal este senhor deixa de andar a ver diabos. Agora parece que o governo encenou a ausência do diabo, resta esperar que não faça desaparecer os reis magos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
Jogar sob ameaça
«Os desaires do Sporting nas últimas semanas não caíram bem a Bruno de Carvalho. Com a liderança do campeonato a ficar cada vez mais distante e em jeito de puxão de orelhas, o presidente leonino teve uma reunião com o plantel do clube antes do jogo com o Belenenses para deixar alguns avisos, conta o “Correio da Manhã” este sábado.
Durante esse encontro, que decorreu no auditório da Academia do clube em Alcochete, Bruno de Carvalho ameaçou “cortar salários” aos jogadores caso a sucessão de resultados negativos se mantivesse, apurou o matutino. Foram feitas ainda outras ameaças: o presidente do Sporting disse aos jogadores que quem pensa em sair no mercado de janeiro fica, e inversamente, quem pensa estar seguro da sua posição dentro do plantel pode vir a sair.
Este encontro ocorreu no dia seguinte a vários membros da claque Juventude Leonina terem estado em Alcochete a falar com os jogadores, exigindo o título.» [Expresso]
Parecer:
Se não ganham levam tau tau,.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»