sábado, dezembro 17, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Maria Luís Albuquerque

Como vão longe os tempos em que o ministro das Finanças arregimentava funcionários para ensaiar seminários em que a a oradora era a Maria Luís. Agora que passou a modesta funcionária da Arrows até Marcelo lhe bate.

«O PSD critica, o Presidente defende. Maria Luís Albuquerque critica, Marcelo Rebelo de Sousa defende. Esta tem sido uma dinâmica recorrente na política nacional desde que António Costa chegou ao poder, gerando várias quezílias momentâneas entre a direita e o Presidente da República.

Na quinta-feira, a ex-ministra das Finanças, em entrevista ao “Jornal de Negócios”, acusou o Governo de não estar “de todo” a resolver os problemas do sistema financeiro. “Aquilo a que estamos a assistir no sistema financeiro é um enorme ruído, uma enorme instabilidade”, disse.

Ainda no mesmo dia, Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações à “TSF” durante uma visita às novas instalações do Grupo Global Media, veio deitar água por cima da poeira levantada por Maria Luís Albuquerque. “Há que reconhecer o mérito do Governo e dos agentes, em particular o Banco de Portugal, que tiveram de equacionar tudo ao mesmo tempo”, reiterou.» [Expresso]

 Dúvidas que me atormentam

Será mesmo verdade que até ao momento José Sócrates, cujo nome é o mais ouvido nas notícias da operação O- , ainda não foi constituído arguido? Por este andar ainda vamos ter na Operação Marquês uma secção para os condes laranjas pois este Lalanda está em todos os negócios de gente ligada ao PSD, ainda que ninguém repare nisso.

Não deixa de ser divertido ter visto do Dr. Macedo mandando postas de pescada sobre corrupção num seminário organizado na Gulbenkian, e agora sabermos das acusações que são feitas a um dos homens fortes da saúde durante o seu mandato.

Compreende-se que o Lobo Xavier, na Quadratura do Círculo tenha esquecido os envolvimentos políticos, optando por tratar o Dr. Cunha Ribeiro por mero funcionário público. Enfim, os funcionários públicos têm as costas largas e o Lobo Xavier até está dispensado de lhes fazer elogios para compensar a difamação subtil e oportunista. Lamentavelmente os sues colegas na Quadratura do Círculo concordaram tacitamente com esta manobra manhosa de separar a equipa de Paulo Macedo de um dos seus mais destacados membros.

 Passos não olha às sondagens

Isto é, Passos tinha conhecimento das sondagens que iam ser publicadas hoje e antecipou-se para preparar os seus para más notícias. O problema é que o Rui Rio olha às sondagens que Passos faz de conta que não vê.

 Coisas estranhas

O PSD preocupou-se muito em montar concursos para as chefias do Estado, onde os seus simpatizantes ganharam quase todos os cargos, ao mesmo tempo que mantinha o monopólio do plasma, nada fazendo para acabar com ele. Boa Macedo! Aliás, o Paulo macedo não só manteve o monopólio como ainda lhe mandou pagar uns bónus.



      
 RAP e os mariconços
   
«Urge criar um movimento para a recuperação de termos tão lindos como "escarumba", "judiaria" e "ciganagem". Sobretudo num país em que quem ande na rua - experiência que recomendo a RAP - sabe que expressões discriminatórias continuam a ser descomplexadamente utilizadas para "gozar" com pessoas concretas.
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Pára tudo. Ricardo Araújo Pereira disse, em entrevista ao i, que um seu antigo sketch em que referia pessoas como "o coxo, o marreco e o mariconço" hoje "seria impossível". Saiu uma lei a proibir estas palavras? Há pessoas espancadas por proferi-las? Ameaças de morte? Não. Há, explica RAP, "um ambiente cultural".

Espera aí, mas o sketch em causa não é uma crítica a esses termos, contribuindo para a censura social e cultural do seu uso? É o seu autor, aliás justamente conhecido pelo ativismo na luta contra as discriminações, que agora se queixa de que referir assim pessoas pode ser malvisto?

Se estão confusos vão ficar mais. Porque os ambientes culturais não impedem de fazer coisas; podem é levar a pensar duas vezes. Ora RAP não acha que um sketch assim já não faz sentido; teme as consequências de más interpretações - ou seja, tem medo. De quê? Das redes sociais que, diz, "ladram". E então? Não é ele a declarar que "o mundo em que gostava de viver é aquele em que se as pessoas se sentem ofendidas por uma declaração podem ofender o autor desta"? É, mas: "Grupos de pessoas, umas organizadas e outras fruto da dinâmica das redes sociais, conseguem resultados inadmissíveis. Tenho assistido a coisas, felizmente mais no estrangeiro, que levam gente a perder o emprego." OK: RAP teme que deixem de lhe dar trabalho. É compreensível. Mas este é o homem que repete "as palavras não são atos". Dizer que alguém devia ser despedido não é despedi-lo, certo? "São só palavras." Ou afinal as palavras são ações e têm consequências, e RAP só vê isso se a palavra for usada para tentar que alguém perca o trabalho?

Por contraditória e tola que seja, porém, esta campanha de RAP está a resultar. As redes "latem" que os humoristas estão a ser perseguidos e que há quem queira "proibir" - já li "criminalizar"- certas palavras. Eh pá, urge criar um movimento para a recuperação de termos tão lindos como "escarumba", "judiaria" e "ciganagem". Sobretudo num país em que quem ande na rua - experiência que recomendo a RAP - sabe que expressões discriminatórias continuam, incluindo nas escolas onde é ídolo, a ser descomplexadamente utilizadas para "gozar" com pessoas concretas. Um país onde aquilo que tanto o apavora - o PC (politicamente correto) - nunca foi sequer entendido, quanto mais praticado.

Se há, nos países anglo-saxónicos, episódios estúpidos e preocupantes associados ao PC? Há. E devem ser denunciados e combatidos. Mas fazer de conta que se passam cá e acusar de ameaça à liberdade de expressão quem aqui pugna por um tratamento digno e igualitário, lutando contra vitimizações seculares simbolizadas em expressões criadas para ofender e humilhar, como "mariconço", serve exatamente para quê? Qualquer que seja a intenção, resulta no reforço das marcas da dominação e do bullying, em fazer "giro" e "livre" perseguir os perseguidos, massacrar os massacrados. Obrigadinha, RAP, mas para isso já tínhamos a direita trumpista.» [DN]
   
Autor:

Fernanda Câncio.

      
 E Passos afunda-se, afunda-se...
   
«PS e PSD estão separado por oito pontos nas intenções de voto, de acordo com um estudo de opinião da Eurosondagem feito para o Expresso e a SIC. Os socialistas reforçaram a liderança que traziam do último estudo e recolhem agora 38% das intenções de voto. Entre os partidos que apoiam o Governo na Assembleia da República, o caso é ligeiramente diferente: tanto o BE como a CDU perdem pontos.

Num mês, as contas fazem-se assim:

  • O PS subiu 1% em relação ao resultado de novembro (e está com os tais 38%);
  • O PSD cai 0,4 pontos (para os 30%);
  • O BE perde 0,6% ( surge com 9,1% das intenções);
  • E a CDU perde um pouco mais, com uma descida de 0,5% (para os 7,7%);
  • Ainda que no fundo da tabela, CDS e PAN acompanhar a onda positiva do Governo e recolhem respetivamente, mais 0,2 e 0,5% das intenções de voto — fossem agora as eleições e os partidos obteriam 6,8 e 1,6%.

Isto significa que PSD e CDS — que, em 2015, concorreram juntos, sob a sigla da coligação Portugal à Frente, obtendo 36,86% dos votos — estão sensivelmente ao mesmo nível do resultado que obtiveram nas últimas legislativas. Têm 36,8% das intenções, nesta sondagem para o Expresso e para a SIC.

Isto significa que PSD e CDS — que, em 2015, concorreram juntos, sob a sigla da coligação Portugal à Frente, obtendo 36,86% dos votos — estão sensivelmente ao mesmo nível do resultado que obtiveram nas últimas legislativas. Têm 36,8% das intenções, nesta sondagem para o Expresso e para a SIC.

Também significa que o PS subiu (bastante) em pouco mais de um ano. Os atuais 38% de intenções contrastam com os 32,31% conseguidos nas urnas.

Mais uma vez, a história dos dias que correm é menos favorável aos partidos que garantem a viabilidade parlamentar do Governo de António Costa. O BE desceu dos 10,1% de votos para uma intenção de 9,1%. Já a CDU (PCP e PEV juntos), que conseguiu 8,25% de cruzes à frente da coligação não vai além dos 7,7% das intenções.

Apesar da subida constante do PS, só unindo forças com pelo menos um dos dois partidos à sua esquerda os socialistas garantiriam a maioria de lugares favoráveis na Assembleia da República. Tudo somado, PS, BE e CDU obtêm 54,8% das intenções de votos dos eleitores inquiridos neste estudo de opinião.

Passos é cada vez menos popular

O mesmo estudo analisa a popularidade dos líderes partidários e do Presidente da República. E, aí, Pedro Passos Coelho mantém a sua tendência de descida (ainda que se mantenha longe de perder o terceiro lugar do ranking).

Claramente positivo, Marcelo Rebelo de Sousa cai, no entanto, 0,2% para os 56,8% de votos favoráveis.

O primeiro-ministro António Costa sobe mais de um ponto e consegue a validação de 31,9% dos portugueses. Tem mais do dobro do líder da oposição. Passos perde 2,2% das aprovações e fica-se pelos 14,6%.

Assunção Cristas não destoa entre o panorama dos líderes partidários fora do Governo: perde 0,9% dos pontos mas mantém-se em terreno positivo, com 10,4% dos pontos. Mais uma décima que Jerónimo de Sousa. O líder comunista desce para 10,3% e perde o quarto lugar do ranking para a líder centrista.

Catarina Martins fecha a contagem. A coordenadora do BE perde tantos pontos quanto Jerónimo de Sousa (1,9%), mas também consegue ser positivamente avaliada pelos inquiridos, com uma votação de 8,8%.» [Observador]
   
Parecer:

Ainda bem que o homem não faz oposição a olhar p+ara as sondagens, a olhar dessa forma para baixo até poderiam dizer que faz oposição a olhar para a graxa dos sapatos. A coisa está tão mal que o PSD parece perder votos até para o partido da canzoada.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 O Bruxo de Massamá volta ao ataque
   
«O presidente do PSD disse esta sexta-feira, num debate sobre o Futuro da Europa e o Plano Juncker, ter “quase a certeza de que haverá uma nova crise” por existirem “muitas vulnerabilidades financeiras e económicas na Europa e na zona Euro”.

Temos quase a certeza de que haverá uma nova crise, não sabemos quando, mas sabemos que haverá. Nós gostaríamos de estar bem preparados quando ela acontecer e ainda não estamos, não se tem sentido devidamente a acuidade que este problema tem”, disse Pedro Passos Coelho, que falava no Porto.

“Em Portugal estamos a perder tempo, neste momento. Durante alguns anos aproveitamos, às vezes em circunstâncias muito difíceis, o tempo que nos deram para fazer reformas e agora aquilo que vemos é reversão atrás de reversão de reformas”, considerou o ex-primeiro-ministro.» [Observador]
   
Parecer:

Que vai haver uma crise é uma certeza que qualquer aluno do primeiro ano de um curso de economia sabe, nem é necessário ter aprendido economia com a funcionária da Arrows.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Até o DAESH quer a paz...
   
«O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, acusou o regime de Bashar Al-Assad, a Rússia e o Irão de estarem a fazer um “massacre” na cidade sitiada de Aleppo. “O que nós temos visto é uma matança indiscriminada, não são acidentes de guerra, não são danos colaterais, é uma política propositada e cínica de aterrorizar civis”, disse na tarde desta quinta-feira, pouco tempo depois de Bashar Al-Assad se ter congratulado pela “libertação” daquela que antes da guerra era a maior cidade da Síria.

Nesta conferência de imprensa, o chefe da diplomacia norte-americana acusou o Governo sírio e os “seus aliados” russos e iranianos de serem os únicos que não querem chegar a um acordo de paz naquele país assolado por uma guerra que começou em 2011. “Todas as partes envolvidas com quem falei nos últimos dias disseram-me que estão prontas para voltarem a Genebra [para conversações de paz] e isso inclui a oposição legítima na Síria, inclui a Turquia, inclui o Catar e os estados árabes”, disse .”A única pergunta que resta é se o regime sírio, com o apoio da Rússia, está disposto a ir para Genebra preparado para negociar de forma construtiva e se querem ou não terminar esta matança do seu próprio povo.”» [Observador]
   
Parecer:

Este Kerry é um imbecil, não admira que Trump tenha ganho as presidenciais americanas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

 Terá coragem?
   
«Líder com líder se paga. Numa altura em que a cúpula social-democrata ainda não afastou categoricamente um eventual apoio à candidatura de Assunção Cristas na corrida à Câmara Municipal de Lisboa, os dirigentes do PSD/Lisboa querem ver Pedro Passos Coelho a disputar a autarquia lisboeta.

Na quinta-feira, ao mesmo tempo que decorria o jantar da bancada parlamentar do PSD, na Assembleia da República, cerca de 1200 pessoas juntaram-se num jantar organizado pelo movimento Lisboa Sempre para ouvirem Rodrigo Gonçalves, conselheiro nacional do PSD, vice-presidente do partido no cencelho Lisboa e fundador deste movimento, a desafiar Pedro Passos Coelho a avançar para Lisboa.» [Observador]
   
Parecer:

O problema do PSD em Lisboa começa a ser uma questão de coragem ou cobardia, ainda que sendo de Vila Real e residente em Sintra, o mais adequado seria candidatar-se ao Porto, a Vila Real ou a Sintra.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

 Como é que se diz otchentcha e otcho em mandarim?
   
«Depois de ter tentado falar espanhol a seguir ao jogo contra o Real Madrid para a Liga dos Campeões (o famoso momento do otchentcha e otcho), Jorge Jesus tornou a aventurar-se nas línguas estrangeiras. Desta vez, foi o mandarim, durante uma iniciativa de Natal do Sporting.

Num vídeo partilhado nas redes sociais do clube, aparecem vários jogadores e membros das equipas técnicas do Sporting, de diferentes nacionalidades, a ensinarem uns aos outros como se diz “Feliz Natal”. Gelson Martins ensina crioulo a Ricardo Esgaio e Beto ensina português a Petrovic. Mas o grande momento do vídeo é quando José Chen, do ténis de mesa, tenta ensinar mandarim a Jorge Jesus.» [Observador]
   
Parecer:

Este homem é um poliglota, um dia destes vai falar mais línguas do que os títulos de campeão do Sporting, mesmo contando com as três taças da merdaleja.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 Assim lutam os democratas sírios
   
«"Uma menina de sete anos entrou na esquadra da polícia com um cinto que foi detonado à distância", noticiou o jornal Al-Watan na sua página no Facebook.

Fonte policial citada pelo jornal disse que a menina parecia perdida e pediu para usar a casa de banho da esquadra, no bairro de Midan, quando se deu a explosão.» [Notícias ao minuto]