Pela primeira vez desde a sua fundação o FMI vai ficar a associado a um desastre económico provocado pela sua intervenção, situação particularmente grave quando esse desastre tem na sua origem o desrespeito por um memorando de entendimento, o ignorar dos valores constitucionais do país sob intervenção e o desrespeito pela democracia.
O adjectivo mais simpático que se consegue encontrar para caracterizar a actuação dos responsáveis da troika é cinismo. Como explicar a mudança do representante do FMI em Portugal a meio da intervenção? Como explicar o silêncio colectivo dos responsáveis do FMI depois de os seus técnicos terem vindo a público a reconhecer erros no seu modelo de multiplicador? É bom lembrar que enquanto o impulso das exportações que foi herdado do passado se fez sentir os representantes da troika não escondiam a euforia e usavam o resultado do trabalho alheio como prova da sua competência. Quando a recessão europeia se fez sentir e a sua incompetência começou a evidenciar resultados nefastos os senhores do FMI desapareceram.
Um bom exemplo do cinismo do FMI foi a entrega ao ministro das Finanças da tarefa de fazer de seu porta-voz na divulgação das avaliações periódicas. Para além de um total desrespeito dos valores da soberania esta transferência de responsabilidades que tanto envaideceu o ministro das finanças ocorreu precisamente quando os técnicos do FMI perceberam que as mentiras do tão propalado sucesso dos portugueses, por oposição aos gregos, tinha acabado. Desde então os senhores da troika desapareceram, o representante do FMi deixou de andar em seminários, acabaram-se os elogios públicos ao governo e, em especial, ao ministro das Finanças. Agora o representante do FMI sai do avião rodeado de uma multidão de seguranças mais parecendo o dono de um canil de pitbulls a passear a bicharada. Se dantes apareciam para cobrar o sucesso, agora desaparecem para não darem a cara pelo desastre.
O FMI nunca deve ter contado com um governo tão dócil e aberto a experiências durante todas as suas intervenções. Nunca o FMI abusou da soberania de um país como sucedeu em Portugal, nunca um representante do FMI se passeou num país mandando postas de pescada a torto e a direito como tem sucedido em Portugal. Estavam tão convencidos do sucesso e sentiam as costas tão quentes que transformaram Portugal num brinquedo dos técnicos do FMI.
Só que se esqueceram de que a sua actuaçção também pode ser avaliada e nesse capítulo a intervenção do FMi em Portugal tem sido uma vergonha em todos os planos. Relatórios sofríveis, técnicos juniores e pensionistas contratados à pressa, altos responsáveis mal preparados, modelos econométricos com erros, desrespeito pelos valores mais elementares como a soberania ou os princípios constitucionais.
A falência anunciada de Portugal é também a falência anunciada do FMI e mal estará todo o mundo se esta organização não assumir as suas responsabilidades e não despedir os incompetentes que com a sua arrogância, oportunismo e incompetência destruíram a economia de um país europeu.
O adjectivo mais simpático que se consegue encontrar para caracterizar a actuação dos responsáveis da troika é cinismo. Como explicar a mudança do representante do FMI em Portugal a meio da intervenção? Como explicar o silêncio colectivo dos responsáveis do FMI depois de os seus técnicos terem vindo a público a reconhecer erros no seu modelo de multiplicador? É bom lembrar que enquanto o impulso das exportações que foi herdado do passado se fez sentir os representantes da troika não escondiam a euforia e usavam o resultado do trabalho alheio como prova da sua competência. Quando a recessão europeia se fez sentir e a sua incompetência começou a evidenciar resultados nefastos os senhores do FMI desapareceram.
Um bom exemplo do cinismo do FMI foi a entrega ao ministro das Finanças da tarefa de fazer de seu porta-voz na divulgação das avaliações periódicas. Para além de um total desrespeito dos valores da soberania esta transferência de responsabilidades que tanto envaideceu o ministro das finanças ocorreu precisamente quando os técnicos do FMI perceberam que as mentiras do tão propalado sucesso dos portugueses, por oposição aos gregos, tinha acabado. Desde então os senhores da troika desapareceram, o representante do FMi deixou de andar em seminários, acabaram-se os elogios públicos ao governo e, em especial, ao ministro das Finanças. Agora o representante do FMI sai do avião rodeado de uma multidão de seguranças mais parecendo o dono de um canil de pitbulls a passear a bicharada. Se dantes apareciam para cobrar o sucesso, agora desaparecem para não darem a cara pelo desastre.
O FMI nunca deve ter contado com um governo tão dócil e aberto a experiências durante todas as suas intervenções. Nunca o FMI abusou da soberania de um país como sucedeu em Portugal, nunca um representante do FMI se passeou num país mandando postas de pescada a torto e a direito como tem sucedido em Portugal. Estavam tão convencidos do sucesso e sentiam as costas tão quentes que transformaram Portugal num brinquedo dos técnicos do FMI.
Só que se esqueceram de que a sua actuaçção também pode ser avaliada e nesse capítulo a intervenção do FMi em Portugal tem sido uma vergonha em todos os planos. Relatórios sofríveis, técnicos juniores e pensionistas contratados à pressa, altos responsáveis mal preparados, modelos econométricos com erros, desrespeito pelos valores mais elementares como a soberania ou os princípios constitucionais.
A falência anunciada de Portugal é também a falência anunciada do FMI e mal estará todo o mundo se esta organização não assumir as suas responsabilidades e não despedir os incompetentes que com a sua arrogância, oportunismo e incompetência destruíram a economia de um país europeu.