sexta-feira, junho 21, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
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Guincho, Tejo
   
 Uma perguntita ao Crato

Se tudo correu bem com os exames e o ministério conseguiu vergar os trabalhadores, como explica que o adiamento dos exames do próximo dia 27, que nem são exames do 12.º e eventuais consequências negativas não seriam tão graves? Digamos que o Maduro e o Crato perderam a oportunidade de fazer vergar os professores e condenar a greve geral ao fracasso. Não será assim ó académico Maduro?

 Eu ainda sou do tempo em que havia austeridade a mais

Agora a fartura é tanta que o governo tira um subsídio em IRS, adia o pagamento do outro para o fim do ano e o presidente dos roteiros de miséria promulga na hora a transformação do subsídio de férias em milho para a Missa do Galo.
  
Eu ainda sou do tempo em qeu Cavaco parecia odiar José Sócrates, agora não perde uma oportunidade de homenagear o ex-primeiro-ministro, desta vez evocou o Simplex e introduziu a promulgação de diplomas na hora, uma espécie de presidente Lucky Luke, ainda a esferográfica não saiu do bolso e já o diploma está metido no correio expresso a caminho da Imprensa Nacional.

 O que explica a postura de Cavaco Silva
 
As explicações possíveis para que de um governo de iniciativa presidencial o regime do Gasparoika tenha transformado Cavaco SIlva num presidente de iniciativa governamental:

  1. Cavaco tem de impedir a todo o custo eleições antecipadas: seria condenado se o PS voltasse ao governo sem maioria absoluta, isto é, com as mesmas condições com que Cavaco aproveitou para derrubar Sócrates.
  2. Cavaco receia o governo: por veses parece que Cavaco tem medo de algo.
  3. Cavaco não acredita nesta política: Não acredita mas apoia-a para depois dizer que avisou mas que não impediu pelo que não o podem acusar pelo desastre do país. Cavaco foi à procura de grandeza e agora luta desesperadamente para não ser cilindrado pela história que ele próprio ajudou a tecer com golpes e intriga.
  4. Cavaco tenta ajudar o PSD nas autárquicas: o presidente detesta Passos Coelho mas tem muitos amigos no PSD autárquico, o chamado cavaquistão onde os académicos do Passos Coelho são desconhecidos. A actuação de Ferreira Leite nos últimos dias é um sinal evidente desta estratégia.  
 Eu ainda sou do tempo em que Portugal era um Estado de direito

Nesse Estado de direito existiam regras que ninguém ousava violar e muito menos os políticos, de quem se exigia o respeito exemplar da legalidade. Do Presidente da República porque lhe cabe cumprir e fazer cumprir a Constituição, do governo porque um governo democrático só o é enquanto respeitar e fazer respeitar a lei.

Mas os tempos mudam, um governo recusa-se a cumprir uma lei da República, para não a cumprir decide alterá-la a posteriori, isto é depois de a desrespeitar e se colocar numa situação de ilegalidade. O presidente, que só se lembra da Constituição quando os seus interesses estão em causa ou percebe que outros farão o trabalho por ele, decide deixar de demorar o mais possível para promulgar a lei. Como estava em causa um diploma que visava encobrir uma actuação ilegal inventou a promulgação na hora.

Também sou do tempo em que se alguém violasse a lei a Procuradoria-Geral da República, que tem a obrigação constitucional de velar pela legalidade democrática, abriria desde logo um inquérito, foi o que ainda recentemente fez, por exemplo quando Sousa Tavares achou que Cavaco Silva tinha mudado de profissão para ajeitar as pensões que já não chegam para as despesas. Desta vez parece que a impunidade pode esperar pela promulgação da lei de encobrimento.

Como os tempos mudam, dantes Cavaco Silva queixava-se de que o pilim das fartas pensões já não davam para as despesas, agora até ajuda o governo a adiar o pagamento dessas pensões. Por este andar a família Silva ainda vende o condomínio de luxo na Quinta da Coelho e passa a usar o parque de campismo da Quarteira.
 
 Maduro, o académico mais verde que o Relvas
  
Em mais de trinta anos de democracia já ocorreram milhares de negociações sindicais, muitas delas bastante duras. Mas nunca se assistiu a processos negociais em que se sabe que o governo não cede um milímetro e que se vinga dos trabalhadores com avisos de que vai alterar a lei da greve.

Nunca passou pela cabeça do governo, dos patrões ou dos sindicatos virem na véspera das greve intoxicar a opinião pública divulgando propostas que as outras partes não ouviram, pondo em causa a honorabilidade dos sindicatos. É lamentável que o governo faça as acusações e se apresse a dizer que nada foi gravado, até parece que a mentira estava totalmente montada e alguém desligou o microfone.

Este comportamento mata qualquer relação de confiança que pudesse existir entre sindicalistas e Estado, ninguém negocia com quem mente e, pior ainda, quem mente para atirar a população contra os trabalhadores. Foi preciso vir um académico para que as lutas sindicais enfrentem agora estratégias que qualquer sub-inspector da PIDE saberia montar, são estratégias do mais elementar no domínio da contra-informação. O problema é que os trabalhadores deste país ainda não são inimigos do povo, Portugal não está em guerra civil e o académico devia abster-se de adoptar truques dignos de um conflito.

O imberbe académico parece que não sabe distinguir um conflito sindical de uma batalha de uma guerra civil. Enfim, o Relvas percebia muito de política e nada de universidades, o imberbe percebe muito de universidades e é um nabo na política.

Volta Relvas, não só estás perdoado como ainda te damos um doutoramento numa universidade a sério, uma daquelas onde anda o Maduro.

 Ainda me lembro

De alguém ter sido escrito sobre a má moeda numa alusão indirecta a Pedro Santana Lopes. Se o antigo líder do PSD era má moeda, estatuto que ganhou por ousar incomodar as ambições presidenciais de Cavaco Silva, o que dizer da moeda que seria o actual Presidente da República. Enfim, o país percebeu que ainda pior do que a má moeda é a moeda falsa.

 Os defensores dos alunos

E o ambiente de guerra civil que a equipa do Couto está a impor nas escolas com a ajuda do ideólogo do confronto que é o ministro Maduro não prejudicam os alunos? Alguém acredita que 2014 vai ser um ano normal nas escolas?

 Passos diz que pagará normalmente os subsídios de 2014

Em matéria de subsídios apetece dizer ao Passos e ao Gaspar para os meterem no sítio que considerem mais adequado.

     
 O medo de Passos
   
«Passos Coelho pode dizer que não tem medo de eleições, mas quem vai a votos tem medo de se apresentar ao seu lado.

Num ano eleitoral autárquico normal estaríamos, a dois meses das eleições, a olhar para a situação política à luz dos prognósticos para umas eleições autárquicas que ocorrem precisamente a meio do mandato deste Governo: serão estas eleições um cartão amarelo ao Governo? Ou um cartão vermelho? Afirmar-se-á o PS com uma vitória clara e inequívoca? Mas este não é um tempo normal, e estes não são os termos do debate. 

O momento decisivo não serão as autárquicas, porque até lá governo tem duas provas de fogo, que funcionam como uma pré-campanha para os autarcas: a apresentação aos portugueses de um novo pacote de medidas de austeridade já negociadas com o FMI e a elaboração do Orçamento para 2014. 

O Governo comprometeu-se com a ‘troika' a legislar, até 15 de Julho, sobre o aumento da idade da reforma (sem dizer como), sobre um corte de grande dimensão nas atuais reformas dos aposentados da administração publica e sobre as regras de despedimento nos trabalhadores do Estado. E depois vai tentar esconder o Orçamento para 2014 onde, já sabemos, inscreverá medidas que concretizem a meta de 4 mil milhões de euros. É o aprofundamento de uma estratégia política que teve os resultados que conhecemos: 18% de desemprego, PIB a cair 2,2% e o falhanço das metas do défice e da dívida - é este insistir num caminho destruidor da economia e dos equilíbrios sociais que vai marcar politicamente e de forma decisiva o fim do ano 2013. Pensar nos danos que as eleições autárquicas podem provocar à coligação é inverter o problema.

É que é à coligação, é à forma insana como o governo responde a cada falhanço nas metas com uma nova dose dos mesmos erros que pode ser imputada uma provável derrocada eleitoral dos partidos de direita.

A dois meses das eleições, todos os candidatos autárquicos do PDS sabem o peso que carregam, mudaram a cor aos cartazes, apagando todos os vestígios que os liguem aos partidos no governo. Porque Passos Coelho pode dizer que não tem medo de eleições, mas quem vai a votos tem medo de se apresentar ao seu lado nesta pré-campanha desastrosa. E já não o escondem.» [DE]
   
Autor:

Mariana Vieira da Silva.
   
     
 Casamento "expressexo"
   
«Um casal indiano maior de idade que tenha relações sexuais fica logo casado, segundo a nova lei aprovada esta semana pelo tribunal da Índia. A nova lei já está a causar polémica, avança o New York Times.

“Se algum casal decide consumar os seus desejos sexuais, então esse acto torna-se um compromisso total com a aceitação de todas as consequências que daí possam advir, excepto em certas circunstâncias especiais", acrescenta a lei, apesar de não detalhar as excepções.» [Notícias ao Minuto]
      
 Terei lido bem
   
«“Há sinais cada vez mais significativos de que em breve Portugal poderá também explorar gás natural no nosso território”, afirmou esta manhã o governante durante uma intervenção no seminário "A CPLP e a Nova Geografia da Energia Mundial", organizado pelo Instituto de Defesa Nacional.

Porém, acrescentou Artur Trindade na mesma intervenção, “seja qual for” o cenário de potencial energético “não é expectável que os custos da energia baixem num país que encontre energia no seu território”, porque a energia é uma “commodity” e “o custo da energia consumida nesse país não tem alterações estruturais significativas”.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Quer o senhor secretário de Estado dizer que se além das barragens Portugal explorar petróleo e/ou gás natural, mesmo assim continuará a ter das energias mais caras do mundo?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao senhor que interesses está defendendo no governo, do país ou das empresas que muito provavelmente o empregarão no futuro.»
   
 Mais uma batalha entre o Crato e o Mário
   
«A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) acusa o ministério da Educação de estar a descontar o dia completo de trabalho aos professores que fazem greve a apenas duas horas de reunião por dia. Ministério respondeu ao DN que havendo pré-aviso de greve a ausência ao serviço conta um dia inteiro se o docente apenas tiver como serviço atribuído as reuniões de avaliação a que não compareça.

Em comunicado, a federação sindical garante que "apresentará queixa nos tribunais" e na Procuradoria Geral da República se o Ministério da Educação e Ciência (MEC) não voltar atrás nas indicações dadas às escolas.» [DN]
   
Parecer:
 
Isto começa a cheirar mal.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver se Passos Responde dizendo que vai revogar o direito à greve.»
   
 Grande Gaspar!
   
«A dívida pública arrancou o ano já acima do objectivo fixado com a ‘troika'. No primeiro trimestre, atingiu os 127,3%, uma valor acima dos 122,3% previstos pelo Ministério das Finanças e consensualizado com a ‘troika' para o final de 2013. O alerta consta da nota mensal da dívida realizada pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental, enviada hoje aos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças.

Apesar da tendência crescente da dívida, os peritos do Parlamento frisam que tal não significa que a meta seja furada. "Não se pode desde já concluir que a dívida ultrapassará esta [122,3%] projecção no final de 2013", lê-se no documento.» [DE]
   
Parecer:
 
O que seria de nós sem o melhor aluno da turma.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 O medo de Passos
   
«Passos Coelho pode dizer que não tem medo de eleições, mas quem vai a votos tem medo de se apresentar ao seu lado.

Num ano eleitoral autárquico normal estaríamos, a dois meses das eleições, a olhar para a situação política à luz dos prognósticos para umas eleições autárquicas que ocorrem precisamente a meio do mandato deste Governo: serão estas eleições um cartão amarelo ao Governo? Ou um cartão vermelho? Afirmar-se-á o PS com uma vitória clara e inequívoca? Mas este não é um tempo normal, e estes não são os termos do debate. 

O momento decisivo não serão as autárquicas, porque até lá governo tem duas provas de fogo, que funcionam como uma pré-campanha para os autarcas: a apresentação aos portugueses de um novo pacote de medidas de austeridade já negociadas com o FMI e a elaboração do Orçamento para 2014. 

O Governo comprometeu-se com a ‘troika' a legislar, até 15 de Julho, sobre o aumento da idade da reforma (sem dizer como), sobre um corte de grande dimensão nas atuais reformas dos aposentados da administração publica e sobre as regras de despedimento nos trabalhadores do Estado. E depois vai tentar esconder o Orçamento para 2014 onde, já sabemos, inscreverá medidas que concretizem a meta de 4 mil milhões de euros. É o aprofundamento de uma estratégia política que teve os resultados que conhecemos: 18% de desemprego, PIB a cair 2,2% e o falhanço das metas do défice e da dívida - é este insistir num caminho destruidor da economia e dos equilíbrios sociais que vai marcar politicamente e de forma decisiva o fim do ano 2013. Pensar nos danos que as eleições autárquicas podem provocar à coligação é inverter o problema.

É que é à coligação, é à forma insana como o governo responde a cada falhanço nas metas com uma nova dose dos mesmos erros que pode ser imputada uma provável derrocada eleitoral dos partidos de direita.

A dois meses das eleições, todos os candidatos autárquicos do PDS sabem o peso que carregam, mudaram a cor aos cartazes, apagando todos os vestígios que os liguem aos partidos no governo. Porque Passos Coelho pode dizer que não tem medo de eleições, mas quem vai a votos tem medo de se apresentar ao seu lado nesta pré-campanha desastrosa. E já não o escondem.» []
   
Parecer:
 
Mariana Vieira da Silva.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»
   
 Há gente que gosta muito de falar demais
   
«O diretor-executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) afirmou hoje que, sem o apoio dos fundos de resgate do euro, "muito provavelmente" Portugal e Irlanda já não fariam parte da moeda única.

"Penso que sem os fundos de resgate, provavelmente a Europa seria diferente hoje, muito provavelmente países como a Irlanda e Portugal já não fariam parte da união monetária", afirmou Klaus Regling, no Luxemburgo, numa conferência de imprensa em que apresentou o primeiro relatório anual do MEE.

O responsável alemão acrescentou ainda que "os fundos de resgate do euro cumpriram os objectivos para que foram criados: ajudaram os Estados-Membros a ajustar, contribuindo assim para a estabilidade do euro".» [Expresso]
   
Parecer:
 
Gente arrogante, ganham que se fartam com a crise e em vez de ficarem calados ainda se armam em espertos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se esse boche que sem a ajuda dos EUA e a compreensão da Europa a sua Alemanha já estaria fora do mapa.»
   

   
   
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