quarta-feira, junho 19, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
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Flores do Parque Mayer, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Aldeia de Tourém, Barroso [J. Ferreira]
   

 Cavaco vai intervir no caso do subsídio de férias

Se cavaco se certificar de que Gaspar te mesmo intenções de pagar o subsídio de férias e de que há dinheiro para o pagar agora, não vai perder a oportunidade de aparecer como o bonzinho. Não é de excluir a hipótese de estarmos perante uma manobra para apresentar um Cavaco a enfrentar o governo, Cavaco poderia recuperar uma parte da sua imagem à custa de um Gaspar que de tão queimado que está já não passa de cinza política.
  
Só não sugiro uma aposta porque não tenho a certeza de sendo Cavaco um presidente de iniciativa governamental não seja o próprio Gaspar a dar as ordens em Belém. Pelo menos foi o que pareceu com a sua ida a Belém depois do chumbo do OE pelo Tribunal Constitucional. Gaspar abre os olhos, diz que vai fazer queixa ao coxo e o Cavaco assina logo o diploma.

 Destruir a honorabilidade do Estado
 
Depois de destruir a economia Gaspar parece querer destruir o Estado e a sua honorabilidade, é o que resulta deste mega despedimento em que se despede agora e vê-se o que reestruturar depois e da birra do pagamento do subsídio de férias. Os portugueses e os funcionários públicos não podem confiar num Estado que funciona segundo as birras do Gaspar, apenas os banqueiros parecem merecer o respeito do ministro.
 
 Imaginem

Imaginem que um criminoso tinha tempo de tirar o curso de direito e de chegar a juiz. Até se podia dar o caso de quando fosse acusado pudesse ser o juiz do seu próprio julgamento. Na justiça isso talvez seja impossível, mas o mesmo não se pode dizer na política, é mais ou menos o mesmo que está sucedendo no caso dos swap com a secretária de Estado do Tesouro, a governante pode ser culpada ou inocente, mas na verdade está a ser juíza do seu próprio julgamento e a sua primeira decisão foi precisamente considerar-se a si própria inocente.

Isto de ser amiga de Passos Coelho tem as suas vantagens.
 
 Agora já não gozam nem coma Venezuela, nem com o Magalhães
  
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Dantes o pessoal do PSD fartava-se de gozar com o Magalhães e com as relações de Sócrates com a Venezuela. Agora, cheira-lhes a palha e até a algumas comissões em negócios e já são admiradores daquele país. Se calhar foi o académico Maduro a convencê-los a adorar e engraxar o maquinista Maduro.

MAs que dá um grande gozo ver o Portas ou o Passos a dar graxa ao presidente da Venezuela lá isso dá, seria ainda mais divertido se conseguíssemos ler o pensamento do presidente venezuelano quando se encontra com estas prendas.


  
 Fechar os olhos a uma guerra civil
   
«Um proletário do Catujal compra um revólver e diz a um amigo que "ia haver mortes", referindo-se à sua mulher, que fora embora. Sete dias depois ele mata a mulher. Um jornal, que recolhe o testemunho do tal amigo, tem tempo e espaço para falar da depressão do assassino, mas esquece-se de perguntar à testemunha: "E que fez sobre a ameaça? Alertou a polícia?" Claro que o jornalista não perguntou, arriscava-se a ouvir: entre marido e mulher... Um médico que tinha sequestrado a mulher levou-me a tribunal, com esse argumento, por eu ter escrito uma reportagem sobre o seu abuso. Tive sorte, era juíza, e se calhar por ser juíza mandou-me embora, agradecendo. Isso aconteceu dez anos depois de Adélio ter matado Maria, quando ela voltou para casa depois de ter andado com outro. Julgado nas vésperas do 25 de Abril, o juiz-corregedor de Viseu sentenciou Adélio: "(...) Justifica-se a reação do réu contra a mulher adúltera que abandonou o lar." E deu-lhe só dois anos. Estava aquele jornal português sem pôr a pergunta devida ao amigo do assassino, um jornal inglês publicou fotografias de uma celebridade televisiva, Nigella, a ser agarrada pelo pescoço pelo multimilionário do marido, Charles. Foi num restaurante, em Mayfair, cheio de paparazzi. Daí as fotos. Mas um restaurante vazio de gente. Daí ninguém ter acudido. Ele há género humano e ela há género humano. Esta última, rica ou pobre, é como se fosse de segunda. Mas não é. Não é.» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.

 Eu fazia greve. Desta vez
   
«A greve é um daqueles instrumentos essenciais ao exercício da Democracia com os quais não me comovo em excesso. Não ponho em causa o uso deste direito, mas ponho em causa o abuso deste direito, sobretudo quando ele é utilizado pelos sindicatos que há muito tomaram de assalto o sistema educativo português. A culpa, claro, não é deles: é de quem permitiu que os líderes sindicais sejam mais ministros da Educação do que os verdadeiros ministros da Educação.

Sucede que, no caso da greve aos exames, que ontem marcou o noticiário do país, os professores não se fizeram de vítimas: fizeram greve porque são vítimas da loucura governamental que ataca tudo o que mexe. Ele é a mobilidade especial; ele é a mobilidade geográfica; ele é o aumento das horas de trabalho; ele é a carga horária; ele é o corte nas remunerações; ele é, enfim, o espetro do desemprego. São variáveis a mais e ao mesmo tempo que, por junto, inviabilizam qualquer clima de estabilidade num sistema que dela precisa como de pão para a boca.

Portanto: ponderados os valores (por um lado, a greve afeta os alunos e as famílias, tornando-os reféns da aselhice alheia; por outro lado, a greve dá força aos sindicatos e retira-a a quem deve comandar o "processo"), no caso parece evidente que, apesar dos danos e transtornos causados aos estudantes, justifica-se a prevalência das razões que assistem aos docentes.

Os números da adesão valem o que valem, na medida em que não existe um sistema rigoroso de aferição e controlo. Os sindicatos atiram sempre para cima, os governos apontam sempre para baixo. O que a meu ver vale são duas coisas essenciais.

Primeiro: não é possível (ou melhor, é muito indesejável) que, num setor tão decisivo para o futuro do país como a Educação, o debate e a troca de argumentos entre os atores chegue a um ponto em que ninguém sabe quem está a mentir e quem não está. Esse é o ponto da degradação total da relação entre os responsáveis do setor, é o grau zero da discussão. Quando um ministro que supostamente deve tratar da comunicação política do Governo atira para o ar uma acusação que a seguir não consegue provar, como fez Poiares Maduro a propósito de uma alegada proposta para pacificar as hostes com uma nova data para a realização de exames, está tudo dito quanto ao tipo de comando deste Governo. Claro: sindicalistas experientes como Mário Nogueira apanham a deixa e sugam-lhe todo o sangue, numa demonstração evidente de que em tempo de guerra não se limpam armas.

Segundo ponto: enquanto a escola pública for centralmente dirigida, num sistema que castra a livre escolha da família, nada disto se resolverá. Também aqui a proximidade e a responsabilidade são trunfos para alterar esse maldito sistema.» [JN]
   
Autor:
 
Paulo ferreira.
   
     
 É óbvio!
   
«O exame nacional de Português do Ensino Secundário, ontem realizado em dia de greve de professores, deve ser anulado de forma a permitir que todos os alunos possam fazer a prova em igualdade de circunstâncias. Em causa está, defende Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, a vantagem dos alunos do ensino privado sobre os do público, as desigualdades entre os cerca de 52 mil alunos que fizeram a prova e a tranquilidade dos 22 500 estudantes que a vão fazer no dia 2 de julho. O Ministério da Educação não comenta.

"Se o Ministério não anular este exame de Português, deveria permitir que todos fizessem a prova no dia 2", afirmou Manuel Pereira ao CM, explicando: "Alunos do privado e do público concorrem pelas mesmas vagas no Ensino Superior. Os do público viveram dias de incerteza, enquanto os do privado souberam sempre que o exame ia ser realizado. Dentro dos alunos do público, uns fizeram o exame com normalidade, outros com barulho e com invasões de sala. Já para não falar nos que não fizeram a prova por falta de professores. Não há igualdade."» [CM]
   
Parecer:
 
Uns estudaram e fizeram tranquilamente o exame, os outros foram joguetes de um ministro muito empenhado em que fizessem os exames a qualquer custo, mas pouco preocupado com a ansiedade provocada e com as condições em que o iam fazer.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»
      
 Passos convencido de que aguenta até ao fim da legislatura
   
«O Governo vai reunir-se em Conselho de Ministros extraordinário no próximo sábado, dia 22. A ideia é assinalar os dois anos da posse do Executivo, com uma agenda que aponte para o cumprimento da legislatura.

Aos vários gabinetes ministeriais foi pedida uma listagem da iniciativas legislativas e políticas a apresentar até ao final do presente ano e até ao fim da legislatura. Paulo Portas deverá fechar o guião para a reforma do Estado.» [Expresso]
   
Parecer:
 
Então não aguenta?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Nem tudo está bem na saúde
   
«A crise está a dificultar o acesso aos cuidados de saúde e a tornar os portugueses mais doentes, aumentando ainda os casos de depressão e as tentativas de suicídio, alerta o Observatório Português do Sistema de Saúde (OPSS), que critica a falta de estratégia do Governo para minimizar os efeitos da conjuntura económica.

No Relatório da Primavera, hoje divulgado, o OPSS frisa que o Ministério da Saúde fez cortes superiores em 150 milhões de euros face ao exigido pela troika, que estão a ter um impacto direto no acesso aos cuidados e no estado de saúde dos portugueses.

O documento cita um questionário realizado este ano pela Escola Nacional de Saúde Pública a cerca de 1200 idosos da Área Metropolitana de Lisboa, que revela que 30% já "deixaram de utilizar alguns recursos de saúde", nomeadamente medicação ou consultas, por não poderem comportar o seu custo.» [Expresso]
   
Parecer:
 
A imagem de Paulo Macedo a andar para trás.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver como Macedo se safa com a golpada contra o Estado que está a ser preparada pelo doido.»
   
 Camaleão Barroso
   
«Durão Barroso continua a ser alvo de forte contestação, mesmo depois de, numa conversa a sós, na Irlanda, o responsável português ter explicado ao presidente francês François Hollande que as suas críticas aos "reaccionários", que defendem a excepção cultural europeia nas negociações comerciais da União Europeia com os Estados Unidos, "foram mal transcritas pelo jornal" Herald Tribune, assegurando que não visavam a França.

Em França, Durão Barroso tem sido muito criticado em debates televisivos e artigos na imprensa sobre o assunto. É o caso do editorial de hoje do jornal Le Monde, com o título ‘Sr. Barroso, você nem é leal nem respeitador!’.

"Hoje, aos 57 anos, este camaleão procura um futuro. À procura de um belo posto na NATO ou na ONU - quem sabe? - ele escolheu lisonjear os seus parceiros anglo-saxónicos, o primeiro-ministro britânico e o Presidente americano. À cabeça da Comissão, o Sr. Barroso foi um bom reflexo da Europa: uma década de regressão".» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Haja alguém que o desmascare!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   

   
   
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