segunda-feira, junho 17, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
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Flor microscópica da Quinta das Conchas, Lisboa

 O emplastro
   
João Semedo é professor ou foi à manifestação só paa praticar surf na comunicação social presente?
  
 Um grande presidente
  
A perder imagem nas sondagens e a tornar-se mais num problema do que em fonte de soluções Cavaco Silva mudou de estratégia, depois de meses quase escondido e sem dizer uma palavra desdobra-se agora em aparições públicas em locais onde não há portugueses e em entrevistas a jornalistas mais dóceis do que seriam os assessores de imprensa de Sadam.
  
Cavaco não corre riscos, até porque um dia destes os portugueses não terão dinheiro para as multas que pagam por dizerem o que pensam de Cavaco Silva. É mais cómodo viajar para o estrangeiro onde não há tugas e dar entrevistas controladas e sem os riscos do directo.
  
É aquilo a que se chama um grande presidente!
  
 Este académico é um Chico esperto
  
AO lado do académico Maduro o Miguel Relvas seria um catedrático na política, o académico esperou pela véspera da greve para lançar uma manobra aparentemente inteligente. Mais preocupado em atirar os pais contra os professores o académico lembrou-se de desmontar a argumentação dos sindicatos dizendo que o governo propôs a mudança da data do exame para o dia proposto pela comissão arbitral.
  
Se o governo fez tal proposta porque não aceitou desde logo a proposta quando esta foi feita pela comissão arbitral? Porque razão esperou pela véspera da greve? Ou o académico tem razão e os sindicatos vão ter um problema, ou o ministro é mentiroso e só lhe resta a demissão. Esperemos que o académico tenha inteligência para o perceber.
  
Uma coisa é evidente, no final das negociações o ministro da Educação vem dizer que é ineceitável mudar a data dos exames porque os sindicatos entregam um pré-aviso de greve. No dia seguinte vem o académico Maduro dizer o contrário, isto é, estamos perante um governo irresponsável, aldrabão e que se deixa mijar pelas calças abaixo com muita velocidade.
  
O académico verde que volte, o académico Maduro começa a cair de maduro. Volta Relvas, estás perdoado!
  

  
 A Europa deles
   
«Longe vão os tempos em que os GNR cantavam o Quero Ver Portugal na CEE. "Agora, que já lá estamos, vamos ter tudo aquilo que desejamos", entoava Alexandre Soares. Não faço ideia se músicas parecidas com esta foram feitas por essa Europa fora, mas que para uma maioria significativa dos cidadãos dos países europeus isto resumia na perfeição o chamado projecto europeu não restam dúvidas. Talvez os desejos não fossem todos exactamente iguais. Para os países mais pobres seria mais riqueza, para outros um menor risco de conflitos, para outros ainda a consolidação da democracia. Mas, com maior peso de um ou de outro factor, eram estas as dimensões principais para o apoio entusiástico ao projecto europeu dos povos europeus.
  
Enquanto a Europa fez jorrar ouro e mel, nem os cidadãos se mostravam atentos ao modo como estava a ser construído o edifício europeu nem as instituições europeias se mostraram particularmente interessadas em envolver os seus destinatários principais, os cidadãos, claro está.
  
A verdade é que a Europa foi sendo estruturada às escondidas dos cidadãos (cidadãos dos vários países, ainda não existe de facto uma cidadania europeia). Tudo se ia passando, e continua a passar--se, entre cimeiras e reuniões semi--secretas ou, pelo menos, que ninguém conhece a utilidade ou objectivo. Os tratados e acordos eram plasmados em documentos ilegíveis sem a mínima preocupação pedagógica. Os políticos locais passavam mandatos inteiros sem abordar os problemas relevantes com que a Europa se ia debatendo - os melhores exemplos são os do Presidente Cavaco Silva, que passou cinco anos sem uma palavra sobre o tema e só há dois anos se lembrou dos problemas europeus, o de Passos Coelho, que conseguiu fazer uma campanha eleitoral, numa altura de profunda crise europeia, sem pronunciar a palavra Europa, e de José Sócrates, que em seis anos de mandato não conseguiu articular um discurso coerente sobre o tema - e se por acaso falavam era para tentarem obter vantagens políticas locais.
   
Chegou-se ao extremo de tirar aos cidadãos a possibilidade de se exprimirem através do voto em matérias que só a eles dizem respeito, as de soberania. Não há outra maneira de colocar a questão: a inexistência de referendos em matérias tão sensíveis para uma comunidade como a capacidade de emitir moeda ou a transferência de poderes até aí exclusivos do Estado nacional para instâncias internacionais são momentos fundadores, em democracia só o povo os pode autorizar. Mas mesmo os que puderam dar a sua opinião foram sujeitos a repetições de referendos e a chantagens até que a sua vontade, já distorcida, agradasse aos poderes pouco, para ser simpático, democraticamente instituídos.
   
O facto é que, aqui chegados, ninguém se pode admirar que a maioria dos europeus tenha deixado de acreditar no projecto europeu ou pelo menos se mostre profundamente descrente na sua bondade, como demonstram estudos de opinião recentes. O projecto europeu, ao não envolver os cidadãos na sua construção, desistiu de formar uma verdadeira comunidade europeia - a maior desigualdade entre os povos que a crise está a gerar vai dificultar ainda mais a construção de uma comunidade. Fez depender esse projecto de tormentas económicas ou financeiras e, sobretudo, tornou-o absolutamente vulnerável a erros no processo de construção do edifício europeu que seria sempre lento e feito de avanços e recuos. A tolerância com os nossos erros ou com aqueles com que colaboramos é infinitamente superior à que temos com erros que nos afectam e em que não fomos tidos nem achados.
  
Os europeus gostarão do projecto europeu enquanto este lhes garantir bem-estar e segurança. Mas a maneira como a Europa foi construída não permite períodos menos bons ou de sacrifícios: nós só aceitamos sacrificar-nos por algo que considerarmos nosso ou de que sentimos fazer parte.
  
Não há projecto, em democracia, que resulte sem que sejamos nós, cidadãos, as verdadeiras locomotivas. E isto é tão-só política.» [DN]
   
Autor:
 
Pedro Marques Lopes.
   
     
 Não foi o Gasparoika que falou em crescimento?
   
«O número de desempregados em Portugal aumentou cerca de 10 por cento no passado mês de maio, face ao período homólogo, o que representa mais 62 mil inscritos nos centros de emprego. Os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), divulgados ontem, revelam que estão inscritos nos centros de emprego 703 205 pessoas.
  
Só o mês passado, inscreveram-se nos centros de emprego mais 54 566 pessoas, ou seja, mais 1818 por dia. No entanto, registaram-se 14 400 ofertas de emprego por preencher.» [CM]
   
Parecer:
 
Mas que grande crescimento....
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
   

   
   
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