terça-feira, junho 18, 2013

Umas no carvo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
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Flor da Quinta das Conchas, Lisboa
   

 Afinal havia outro
 
Esta coisa de o Sousa Tavares andar a embirrar com Cavaco Silva dá para que nem reparemos noutros artistas de circo que por aí andam. Ao pé de Paulo portas qualquer palhaço não passa de um aprendiz numa escola de circo, o submarinista para além dos seus dotes subaquáticos, por todos reconhecido, consegue ser um artista de circo completo, daqueles que correm para a barraca para que o ilusionista dê lugar ao malabarista, este seja transformado em trapezista para no fim nos rirmos do palhaço.
  
Já vimos o ilusionista inventar o recuo do governo chegando-se a ver uma crise política, o trapezista num dia aprova um OE em reunião do Conselho de Ministros e no dia seguinte diz que vai dizer o que pensa do mesmo orçamento que ele próprio aprovou. Agora, vamos ter  a oportunidade de ver o Portas armado em palhaço, quando explicar a reforma do Estado muito depois de o Gaspar já ter decidido quantos funcionários vão ser despedidos.
  
Em matéria de palhaços este Paulo Portas faz-nos lembrar uma conhecida canção pimba de Mónica Sintra "afinal havia outra", neste caso poder-se-á dizer que "afinal havia outro".

 Emigrantes ou refugiados
 
Com o governo que temos quem abandona o país não emigra, foge. Já faltou mais para que sejam considerados refugiados.
  

  
 A greve aos exames
   
«Mesmo entre alguns professores e dentro do tradicional eleitorado da esquerda, a convocação da greve para o dia dos exames causou, se não oposição imediata, mixed feelings. Talvez por isto António José Seguro se tenha recusado sempre a responder directamente quando foi interrogado sobre o facto da greve ter sido marcada para o dia dos exames, e talvez também por isto o governo tenha pensado que conseguiria vencer o braço-de- -ferro, levando os professores a desistirem ou, em alternativa, a serem enxovalhados perante o tumulto da opinião pública. Assim, o governo "ganhava" - e o governo precisa de ganhar alguma coisa, porque está a perder tudo.

O ministro Nuno Crato sobrevalorizou a dimensão do "ódio popular" que iria encurralar os professores grevistas. É claro que até socialistas podem - como o fez Francisco Assis, uma alegada esperança do PS - considerar "ignóbil a convocação de uma greve de professores para o primeiro dia de exames nacionais", comparando-a aos "médicos que decidissem fazer greves às urgências hospitalares. Incompreensível, indigno, inaceitável". Mas, ao contrário das expectativas do governo, a maioria da população não ficou em estado de choque com os professores. Revê-se neles, partilha com a classe docente uma acelerada perda de estatuto e a iminência do desemprego. Tal como outros estratos sócio-profissionais - nomeadamente os restantes funcionários públicos e os pensionistas - foi também escolhida pelo governo para as manobras sacrificiais para credor ver e aplaudir. No caso dos professores, tudo é agravado pela campanha contra a escola pública há anos levada a cabo por iminentes intelectuais em que o ministro Crato se revê. Aliás, dentro do PSD e do CDS existe uma séria e assumida corrente que defende o progressivo fim da escola pública em favor da contratação com os privados. Mas hoje - mais do que há quatro ou cinco anos - os portugueses tomaram consciência de que possuem serviços públicos de excelência na saúde e na educação. E que todo este adquirido (adquirido aos poucos e devagarinho desde 25 de Abril de 1974) corre o risco de implosão em nome do cumprimento das exigências da troika e da agenda do governo português que em muitos aspectos se confunde. De resto, o legislador, quando decidiu o direito à greve, não a restringiu aos feriados e dias santos e definiu serviços mínimos. O anúncio do governo de que vai mudar a lei da greve (para a evitar?) não pode ser levado a sério. É mesmo só um sinal de desespero.» [i]
   
Autor:
 
Ana Sá Lopes.
   
     
 O Gasparoika já está a organizar o mega despedimento colectivo
   
«O gabinete de Vítor Gaspar pediu a todos os ministérios para elaborarem a lista dos excedentários da função pública até final do mês de Julho, no âmbito do novo sistema de mobilidade especial, segundo o Diário Económico.

"Cada tutela sectorial deve determinar aos respectivos serviços e organismos a elaboração de um plano de reorganização ou de racionalização de efectivos, a apresentar até final de Julho, com indicação de áreas/actividades a abranger, objectivos de redução de pessoal, impacto financeiro, detalhe das fases do processo e calendarização", pode ler-se no documento, citado pelo jornal económico.

A mesma nota acrescenta que “enquanto não for publicado o diploma referente ao novo sistema de requalificação, os serviços devem recorrer às regras do actual sistema de mobilidade especial para elaborarem os planos, uma vez que na primeira fase ambos os processos são compatíveis”.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Só resta saber quantos pretendem despedir.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Rosalino como prevê requalificar os funcionários.»
      
 Boas novas do ajustamento
   
«A AHRESP- Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal anunciou esta segunda-feira que irá fazer um “derradeiro esforço” para convencer o Governo a repor a taxa de IVA na restauração em 2013, avançando com números que espelham o impacto da decisão tomada em 2011 de subira o imposto para a taxa máxima de 23%.

Diz a AHRESP que “desde o aumento do IVA já foram destruídos 25% dos cerca de 300.000 postos de trabalho do sector, prevendo-se que se chegue aos 40% até o final de 2013”. Ou seja, o sector perdeu 75 mil empregos desde que o IVA aumentou 10 pontos percentuais, estimando a associação que se o imposto se mantiver, a perda de empregos vai atingir 120 mil.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
Os restaurantes que aguerdem pelo mega despedimento selvagem no Estado.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
   
 O último a fugir que apague a luz
   
«O número de residentes em Portugal voltou a diminuir. Em 2012, existiam 10 487 289 pessoas a viver no nosso País, menos 55 109 que em 2011, o que representa um decréscimo de 0,52 por cento, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE).
  
As estimativas de população indicam que em 2012 havia 5 491 592 mulheres e 4 995 697 homens no nosso País.
  
Para além da diminuição do número de pessoas a viver no nosso País, Portugal assiste também a um envelhecimento da população. “Desde 2000 que o número de idosos é superior ao de jovens; em 2012, por cada 100 jovens, residiam em Portugal 131 idosos”, refere o estudo do INE.» [CM]
   
Parecer:
 
E o Gasparoika nunca mais se demite....
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
   
 Barroso em queda livre
   
«As relações entre Durão Barroso e François Hollande nunca foram boas e hoje caíram mais baixo do que nunca, depois do presidente da Comissão Europeia ter qualificado de "reacionárias" as posições defendidas pela França sobre a exceção cultural nas negociações entre a União Europeia e os Estados Unidos.  

"Não quero acreditar que o presidente da Comissão Europeia tenha tido afirmações sobre a França formuladas desse modo, nem mesmo sobre os artistas que se exprimiram sobre o assunto", disse esta tarde François Hollande.

"O que eu peço ao presidente Barroso é que agora ponha em andamento o mandato que foi definido pelos negociadores ao nível dos Governos", acrescentou o chefe de Estado francês.» [Expresso]
   
Parecer:
 
Finalmente estão sabendo o que têm em Bruxelas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se e escondam-se os cobertores.»
   
 As sugestões do Ferraz
   
«“Não vemos no curto prazo hipóteses de inverter a tendência de subida do desemprego a não ser através do IDE [Investimento Direto Estrangeiro] com alguma dimensão, pois teria numa segunda fase efeitos muito positivos nas pequenas e médias empresas que gravitariam à sua volta”, disse o economista, em Lisboa.

Ferraz da Costa, que falava à saída de uma audiência com o Presidente da República, Cavaco Silva, a quem entregou as conclusões do trabalho sobre o “IDE em Portugal – Atrair Capitais para Criar Emprego”, realizado pelo Fórum para a Competitividade, lamentou que “o Governo, em especial, e a Administração Pública, em muitos aspetos, não tem encarado esta tarefa como prioritária”.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Pois, os estrangeiros vão investir num país de doidos de onde os trabalhadores estão fugindo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Agradeça-se a preciosa opinião ao Ferraz, sem ele o país seria uma desgraça.»
   
 Ainda por cima
   
«Algumas dessas questões encontram-se logo no primeiro grupo (texto A), em que surge um texto de Ricardo Reis, disse à agência Lusa a presidente da APP, Edviges Antunes Ferreira.

“Tem quatro questões e duas delas podiam ser mais objetivas”, afirmou.

A professora frisou que o poema só por si é subjetivo e a forma como as questões estão formuladas poderá levar a várias interpretações.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
O ministro andou tão preocupado com a greve que não prestou atenção ao teste.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   

   
   
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