Fala-se muito dos vencedores e dos derrotados nas últimas eleições, um processo eleitoral pois, como é sabido, os derrotados estavam convencidos de que tinham sido os vencedores. Mas os derrotados que mais sofrem são aqueles que mais ignoramos, os derrotados esquecidos, e a alguns dos quais prestamos aqui a merecida homenagem:
Maria Luís Albuquerque
Este licenciada em economia por uma escola modesta e em cujo passado pouco mais há a acrescentar que uns negócios duvidosos com swaps foi promovida a grande celebridade, quem ouvia Passos dizer que só a deixava ir para comissária europeia se ela ficasse a mandar em quase tudo em Bruxelas podia pensar que estaríamos perante uma séria candidata a um Nboel da Economia. Quem se safou foi o Moedinhas, abichou um tacho que lhe permite enriquecer, enquanto a ex-ministra se arrisca a ter de pagar o balúrdio que pediu à CGD para construir casa com o seu modesto ordenado do Estado. E nem se pode queixar pois Passos Coelho andou a dizer que os funcionários públicos são uns sortudos e ainda por cima vai poder beneficiar da generosidade de António Costa em relação ao seu vencimento.
Pessoal da justiça
Costuma-se dizer que há um tempo da justiça e outro da política mas o facto é que no caso da Operação Marquês o tempo da justiça tem sido alinhado quase ao dia com o tempo da política. Não se ode dizer que o pessoal da justiça é politicamente empenhado e tenha montado um golpe de Estado, usando os processos judiciais para manipular opiniões, recorrendo de forma ostensiva à violação sistemática do segredo de justiça. Mas na justiça como na política o que parece é e nesse sentido deve haver na justiça quem neste momento deverá estar espumando de raiva. Talvez por isso já há jornais que sugiram que em vez de tramarem o Sócrates no tribunal vão tentar tramá-lo no fisco. O facto é que depois das eleições surgiram sinais de divisão entre a equipa maravilha, com o inspector do fisco a sugerir que alguém andava a fazer de garganta funda.
Deputado anónimos
Há um grupo de deputados dos grandes partidos que só costuma tomar o seu assento parlamentar quando os que os antecedem na lista de eleitos integram o governo, muitos deles ficam no desemprego se o seu partido não formar governo. Alguns deputados do PSD terão festejado antecipadamente as suas garantias de emprego, agora preparam-se ara fazer as malas para dar lugar ao Aguiar-Branco e outros, que regressarão às suas cadeiras parlamentares.
Paulo Núncio
Se o PSD se tivesse mantido no governo o reembolso da sobretaxa teria sido o golpe político perfeito, o Núncio Fiscoólico dos extremistas radicais do CDS teria sido um dos obreiros da vitória e iria recolher agora os frutos num escritório de advogados onde contaria com a simpatia de uma boa parte dos dirigentes que nomeou no fisco. Mas teve azar, o golpe não serviu de nada e por mais truques que invente mais tarde ou mais cedo o país ficará a perceber que foi vítima de um cambalacho fiscal montado por um rapazola sem grandes escrúpulos.
Jornalistas, directores das televisões e dos jornais
Não admira que a comunicação social seja um dos espaços onde mais se vê gente a espumar de raiva com a possibilidade de Costa formar governo, foram os primeiros a reunir com Passos Coelho há quatro anos, beneficiaram de um governo que os protegeu da crise e tudo fizeram para manipular os portugueses. Quando pensaram que tudo tinha corrido bem eis que a vida política deu a cambalhota mais inesperada e uma vitória transforma-se numa derrota que pode vr a ter custos elevados para alguns patrões da imprensa que agora tem um governo que não lhes deve favores.
Joana Amaral Dias
A conhecida comentadora de futebol e política da CMTV fez aquilo a que o povo chama dar o corpo ao manifesto para ganhar um lugar de deputado. O país ficou a conhecer-lhe os pormenores mas m mesmo assim ai ter de se manter com as gorjetas da CMTV onde pode teorizar sobre o que não sabe e sobre o que pensa que sabe.
Compromisso Portugal
O pessoal do Compromisso Portugal decidiu lançar o seu Tea Party, contrataram o José Manuel Fernandes e durante meses lanaram ódio contra o PS no Observador. De nada lhes valeu, perderam.
Compromisso Portugal
O pessoal do Compromisso Portugal decidiu lançar o seu Tea Party, contrataram o José Manuel Fernandes e durante meses lanaram ódio contra o PS no Observador. De nada lhes valeu, perderam.