sexta-feira, novembro 27, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura


  
 Jumento do dia
    
Cavaco Silva

Um dia depois do quadragésimo aniversário do 25 de Novembro a que a direita cavaqueira deu tanta importância a melhor forma de comentar o miserável discurso de Cavaco Silva é evocando o saudoso Almirante Pinheiro de Azevedo repetindo uma palavra que o tornou famoso, bardamerda.

Como é que alguém que provocou um crash na bolsa com uma frase assassina, que ganhou dinheiro de forma fácil com acções da SLN e ajudou Ricardo Salgado a enganar os investidores no aumento do capital do BES pode agora armar-se em defensor da estabilidade do sistema financeiro?

Como é que alguém que se esqueceu da mais nobre das suas competências, respeitar e fazer respeitar a Constituição, invoca agora os seus poderes intacto para colocar um governo respeitador da Constituição sob ameaça?

Enfim, Cavaco que dantes se queixava das forças de obstrução assume agora o papel de força de obstipação.

 E espuma, espuma, espuma...

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Para este artista até a porteira do prédio de Sócrates deve ser condenada ao Tarrafal e perder os direitos políticos.

      
 A ninharias que os preocupam
   
«Nenhum dos ministros de António Costa é ministro de Estado, algo que não acontecia desde 1999. E Mário Centeno, o ministro das Finanças, é o número 4, atrás dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Presidência. Fará isso de Centeno um homem de pulso fraco perante os seus colegas?

Ao Observador, um ex-ministro das Finanças do PS lembra apenas que a ter o título de ministro de Estado permite aparecer como uma “espécie de vice-primeiro-ministro” pelo facto de ter “preponderância em relação aos outros ministros”. 

Já Eduardo Catroga, ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva, considera que mais importante do que ter o nome de ministro de Estado é o facto de o governante ter “o apoio total, determinado e inequívoco” do primeiro-ministro. “Essa é a condição de base”, ressalva Catroga, lembrando que quando foi ministro das Finanças não teve estatuto de Estado. “Não tinha mais uma estrela, como os generais, mas não era preciso” porque contava com apoio total do primeiro-ministro, lembra.» [Observador]
   
Parecer:

É preferível ter um ministro forte e competente do que um ministro adjunto fraco, incompetente ou irrevogavelmente revogável.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»