terça-feira, novembro 17, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura


  
 Jumento do dia
    
Cavaco Silva

Já não se sabia quem lidera a direita, se Paulo Portas se Passos Coelho, agora, com as declarações de Passos Coelho é a autoridade de Cavaco que está em causa. Enquanto Cavaco Silva foi para a Madeira ganhar folgo para ouvir todas as personalidades ultra da direita portuguesa, Passos Coelho tira-lhe o tapete e vai dizer o que vai suceder. Portugal já não tem um presidente, tem uma espécie disso e isso significa que além d eum governo de gestão, agora temos um presidente de gestão. Por este andar até o faroleiro das Berlengas vai estar em gestão até que se realizem as eleições antecipadas que forem necessárias para que Portas mantenha o seu palacete.

«A solução que se segue, pelo menos a mais provável, é a indigitação de António Costa como novo primeiro-ministro, mas desde a queda do Governo que Cavaco ainda não se pronunciou.

Quem o fez, discretamente, foi Passos Coelho. A TVI captou uma breve conversa entre o líder do PSD e o ex-presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, onde Passos lembra que se "vive um tempo particular em Portugal, mas por razões melhores do que as de Paris".

"Penso que dentro de duas semanas, a nossa situação estará definitivamente clarificada pelo Presidente e haverá um novo Governo para negociar com Bruxelas", garantiu o líder social-democrata.» [Notícias ao Minuto]

 A extrema-direita chique quer ganhar com os mortos

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É um nojo, esta gente dá cambalhotas intelectuais para tirar partido da desgraça alheia. Na França a extrema-dieita tentar obter ganhos eleitorais à custa dos atentados, parece que a nossa extrema-direita chique e envergonhada faz o mesmo.

 Marcelo defende o óbvio

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O radicalismo de direita de Passos Coelho, Portas e Cavaco Silva, apoiados pela direita chique do Observador e dos empresários familiares está permitindo a Marcelo fazer campanha ao centro.

 Cinismo

Há poucos dias a queda de um avião comercial russo suscitou suspeitas de um atentado por parte do EI. As reacções do Ocidente não passaram de um bocejo e só houve algum interesse quando se colocou a hipótese de atentado. Nessa ocasião mais do que qualquer manifestação de solidariedade em relação a Rússia parecia que havia um grande interesse em que tivesse sido um atentado, uma forma de infligir dor ao país que decidiu ajudar a Síria a enfrentar o terrorismo.

 Este Cavaco anda muito exigente
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O EI que se cuide, agora é que vai ser, Cavaco exigiu que "a Europa dê uma resposta firme, determinada, sem contemplações ao terrorismo"! Enfim, mais vale tarde do que nunca, ao terceiro dia Cavaco falou.

 Lembram-se do ataque terroristas à escola de Beslan (Rússia)

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Pois é, os terroristas tchetchenos mataram 334 civis, dos quais 186 eram crianças na escola da cidade russa de Beslan, onde fizeram 1200 reféns.. Durante muito temo os tchetchenos eram tratados na Europa Ocidental como democratas e libertadores. O mesmo sucedeu recentemente quando a Europa ajudou o EI na Líbia e durante muito temo ninguém condenou o EI porque os terroristas matavam curdos e soldados sírios.

Tal como no ataque ao Teatro Dubrovka também no caso do atentado terrorista em Beslan a comunicação social ocidental aprecia estar mais incomodada com a intervenção da forças policiais russas do que com a condenação dos terroristas. É sempre assim, quando os terroristas atacam na Rússia o mal está sempre na actuação das foras policiais, matar russos, seja em Moscovo, na Ucrânia, no Egipto ou em Beslan parece ser a promoção de primaveras, como a famigerada primavera árabe, a versão Obama do ataque de Bush ao Iraque.

Enfim, para a diplomacia europeia a regra é a de que pimenta no rabo dos outros sabe a refresco.

 O Expresso e os jihadistas portugueses

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Vale a pena ler os artigos do Expresso a propósito dos jihadistas portugueses, a secção de propaganda do EI não teria feito melhor. Perigosos, perigosos são os comunistas e as "esganiçadas" do BE.

 A grande preocupação do Cesário

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Enfim, podemos continuar de consciência tranquila... é filho de portuguesa, se o tivesse querido teria tido nacionalidade portuguesa mas, felizmente, nunca a pediu.

      
 Sinais de retoma
   
«Os portugueses continuam a cortar no orçamento para o Natal, que este ano fica pelos 315 euros por lar, sendo quase metade gasto em presentes, sobretudo para as crianças, de acordo com um estudo revelado hoje pela Deloitte.

Este ano, os portugueses preveem gastar cerca de 315 euros por lar - 143 euros em presentes, 118 euros em alimentação e bebidas e 54 euros em socialização --, o que corresponde a uma quebra de 5% face a 2014, e que compara com uma previsão de 513 euros de média da União Europeia.» [DN]
   
Parecer:

Um dia destes Passos vai defender que a melhor forma de se poupar no Natal é acabar com o feriado.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
  
 Andam, andam...
   
«O PSD e o CDS apresentaram na Assembleia da República um projeto de resolução para rever a suspensão dos feriados religiosos e correspondentes feriados civis, ou seja, os quatro feriados abolidos durante o período da troika. Este diploma replica os termos que a coligação usou no seu programa eleitoral e programa de governo, ou seja, defende o início “de conversações com parceiros sociais e a Santa Sé para avaliação e eventual reposição” dos feriados do 5 de outubro, 1 de dezembro, Corpo de Deus e Todos os Santos.

Já deram entrada no Parlamento projetos sobre esta matéria apresentados pelos vários partidos de esquerda e a sua discussão está agendada para esta sexta-feira.

Na última sexta-feira, deram entrada mais projetos de lei, nomeadamente, sobre fidelização de comunicações eletrónicas. Tanto o BE como o PCP defendem limites à oneração dos utentes para resolução de contratos.» [Oservador]
   
Parecer:

Por este andar ainda vamos ver a direita a querer uma aliança com o BE e o PCP, recuava-se na austeridade mas mantinham-se os tachos e os lucros dos negócios.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Mercados animados com um governo de esquerda
   
«As taxas de juro da dívida portuguesa estão em forte queda, contrariando as subidas na periferia. Uma tendência justificada pela manutenção do "rating" pela DBRS, dizem os analistas, mas também pela sugestão de Passos Coelho para possibilitar eleições antecipadas antes de Abril.

Contrariando a tendência registada na Zona Euro, os juros da dívida soberana portuguesa estão em forte queda esta segunda-feira, 16 de Novembro. A taxa a 10 anos já chegou a afundar um máximo de 9,6 pontos base, com o prémio de risco a beneficiar. Um desempenho positivo depois de, na sexta-feira, a DBRS ter mantido o "rating" para Portugal.

A taxa de juro das obrigações portuguesas a 10 anos está a cair 7,0 pontos base para 2,686%. E a "yield" nacional já chegou a negociar nos 2,660%, o valor mais baixo desde 6 de Novembro. Um desempenho que ultrapassa a queda de 0,9 pontos para 0,550% da taxa a 10 anos da Alemanha, o que está a levar o "spread" de Portugal a recuar de 119,7 pontos para 114,0 pontos.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:

Se seguirmos a lógica dos comentadores do Apocalipse teremos de concluir que os mercados estão animados com as vantagens de um governo à esquerda, que respeita a Constituição, que promove crescimento e que reduz a conflitualidade.

Mas o mais curioso é o facto de o jornal porta-voz da extrema-direita chique que tem aocmpanhado diariamente os mercados desta fez passou pelo assunto como raposa por vinha vindimada, nem fez o mais pequeno comentário!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 garantias absolutas?
   
«Falando em Bruxelas após uma reunião dos chefes de diplomacia da União Europeia, realizada três dias após Paris ter sido palco dos mais sangrentos ataques terroristas na Europa nos últimos dez anos, que se saldaram em pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses, Rui Machete considerou que não há motivo para alarme em Portugal, mas admitiu haver razões para estar vigilante.

"Há razões para tomar medidas cuidadosas de segurança. Não há razões para todos os dias temermos que exista um ataque, mas evidentemente que é uma situação delicada e não pode ser considerada de ânimo leve. Portugal, por razões geográficas, por um lado, e sociológicas, por outro, felizmente tem sido poupado e há esperança que continue a sê-lo, mas garantias absolutas não existem", disse.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Por este andar o Cavaco ainda vai exigir ao EI que produza um documentos em que garante que não ataca Portugal durante a próxima legislatura.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Reforme-se o incompetente.»

 "Morto" por engano
   
«Dezenas de mensagens de condolências no Facebook, a família em luto e o funeral a ser preparado na Galiza. Alberto Pardo, de 33 anos, natural de Pontevedra, em Espanha, foi dado como morto pelas autoridades francesas e espanholas horas depois dos atentados de sexta-feira em Paris. No domingo, percebeu o que se passava e o próprio comunicou ao consulado espanhol que estava vivo. Alberto Pardo nunca saiu de Estrasburgo, onde vive desde 2012. Não há ainda explicação para a confusão gerada mas ao El País o jovem lembrou que há uns anos lhe haviam roubado o bilhete de identidade.

Quando no domingo Alberto Pardo foi ao Facebook espantou-se com o número de mensagens deixadas no seu perfil. “Nunca te esqueceremos”, “Descansa em paz”. Pardo estava morto para os amigos. Mas não só. Foi ao El País para perceber o que se passava e viu então seu nome entre as vítimas dos ataques de Paris. Na imprensa espanhola multiplicavam-se já os seus perfis: “Extrovertido e desportista, gostava muito de futebol de salão e ciclismo”.

Os pais, divorciados, já tinham recebido a notícia da forma mais oficial possível. Dois agentes à paisana tocaram à campainha de Pilar Touceda, pediram-lhe que se sentasse e comunicaram-lhe que o filho tinha morrido em Paris. Era uma das vítimas do Bataclan. Deram-lhe os pêsames e foram-se embora. Minutos antes, já um familiar tinha ligado à mãe para saber de Alberto Pardo. Touceda, ainda sem saber de nada, limitou-se a responder que estava bem, estava em Estrasburgo. Do outro lado do telefone não houve coragem para dizer nada.» [Público]

   
   
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