sábado, novembro 28, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura


  
 Jumento do dia
    
João Vieira Pereira, director-adjunto do Expresso

O jornal Expresso não perdeu tempo, o Público denunciava o escândalo de manhã e às 7 da manhã já o Expresso vinha em defesa do empregado rico do BdP. É fácil de perceber que o Público terá questionado o felizardo e o BdP no exercício do contraditório pelo que estas entidades sabiam o que iria ser publicado nesta sexta-feira.

Não perderam tempo, às 7 da manhã, a uma hora a que o conteúdo do Público já era conhecido, o Expresso dedicava uma notícia. Mas o Expresso não questionava o porquê de ser necessário o senhor, qual o currículo do senhor a vender grandes bancos ou se era eticamente aceitável. Não, o Expresso não esclareceu os leitores, o Expresso não foi a voz dos cidadãos e da opinião pública, o Expresso foi aquilo que tem sido nos últimos tempos, foi a voz do dono. Mais vírgula, menos vírgula a notícia tanto podia ter sido redigida na redacção do jornal como pelo assessor de imprensa do feliz empregado do banco, o que muito provavelmente sucedeu.

Enfim, papel triste o de um director-adjunto de um jornal que já foi grande e que em matéria de honestidade informativa já teve melhores dias.

«Sérgio Monteiro pediu ao Banco de Portugal para receber o mesmo ordenado que auferiria caso voltasse para a Caixa BI. Ao ex-secretário de Estado foi ainda oferecido pelo Banco de Portugal a hipótese de receber um prémio de sucesso pela venda do Novo Banco, algo que foi recusado pelo gestor.

O jornal “Público” escreve esta sexta-feira, que Sérgio Monteiro vai auferir uma remuneração mensal de 30 mil euros pelo seu trabalho como responsável pelo processo de venda do Novo Banco.

Segundo o matutino, em causa está um contrato de 12 meses que foi assinado entre o antigo secretário de Estado dos Transportes do Governo de Passos Coelho e o Fundo de Resolução, acionista do Novo Banco. A remuneração será paga pelo Banco de Portugal e as responsabilidades com a Segurança Social serão atribuídas ao Fundo de Resolução, diz ainda o “Público”.

De acordo com informações avançadas pelo mesmo jornal, as condições do contrato de prestação de serviços em causa foram aprovadas esta semana pelo conselho de administração do Banco de Portugal. Sérgio Monteiro tem agora 12 meses para completar a tarefa; no total, vai receber 250 mil euros brutos.

O Expresso apurou que durante a negociação das condições do contrato foi proposto ao antigo secretário de Estado o pagamento de um prémio adicional de sucesso ligado ao valor de venda do Novo Banco. No entanto, Sérgio Monteiro terá recusado prontamente a ideia, preferindo receber apenas o mesmo salário que recebia na Caixa BI quando foi para o Governo.

Monteiro foi o eleito para liderar o processo por decisão do Banco de Portugal e da Associação Portuguesa de Bancos. Na altura, o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, argumentou que a decisão recaíra no antigo secretário de Estado por ser necessário “encontrar um responsável de reconhecido mérito e elevada experiência em operações desta natureza, que pudesse assegurar a coordenação e gestão de toda a operação”. Carlos Costa considerou que o processo seria dotado de uma elevada “complexidade”.

Recorde-se que o anterior processo de venda do Novo Banco, iniciado no final de 2014, previa que a instituição bancária fosse vendida por 4900 milhões de euros (o mesmo valor que lhe foi injetado), mas chegou ao fim sem desfecho final de compra. O processo reiniciou-se e o nome de Sérgio Monteiro saltou para a baila.» [Expresso]

 Que alívio!

 photo _descansados_zpsdai3acna.jpg
 
Até me sentia mal só de pensar que o Mourinho apoiasse o primo, seria um verdadeiro pecado!
 
 Momento de uma vida

Há situações que não se repetem em marcam a nossa memória, é por isso que a pergunta "onde é que estavas no dia 25 de Abril?", nome de um programa de Baptista-Bastos ficou famosa. Daqui a uns anos poderemos perguntar "onde é que estavas na cerimónia de posse do governo de António Costa?". Ver um Cavaco derrotado a ser forçado pelo parlamento a dar posse a um governo que fazia lembrar aquele que derrotou é uma situação que não se repetirá.

 Cavaco 

Cavaco é como um iogurte quase no fim do prazo cujo consumo não é recomendável por apresentar sinais evidentes de putrefacção.
  
 Coligação negativa

 photo _negativa_zpshj44maza.jpg

      
 Ontem, Cavaco tomou posse da sua ida embora
   
«O tom intratável não foi bonito porque o assunto era nosso, país em crise e confuso que merecia cortesia. Mas o tom tinha justificações e ele próprio as deu: este governo eu não o quero, só o tolero porque não tenho alternativa e vou tê-lo debaixo de olho! Eis o Presidente, ontem. Compreende-se a indisposição. Mas de quem a culpa de não procurar novo governo? Dele, pois os prazos estão esgotados para marcar novas eleições... Então, porque não pensou nisso quando marcou as anteriores tão tarde e sem tempo de retificar com outra ida às urnas? É que o resultado geral de 4 de outubro nem foi surpresa, foi mesmo o mais provável: nenhum dos dois candidatos a governar, Passos e Costa, teve maioria absoluta. Decorria desse facto esperado que seria prudente arranjar uma almofada à crise. António Costa perante a tal probabilidade de não haver maioria absoluta, já antes da campanha eleitoral foi dizendo que não desdenhava alianças com ninguém - e, de facto, ele procurava alternativa ao beco. Já Cavaco Silva meteu-nos a todos num problema - e com ele sem mestria para o resolver. Costa assume-me político e talvez seja bom porque encontrou uma solução para Portugal. Cavaco diz sempre que não é político, mas é-o, há 35 anos, e mau, e comprou uma azia para ele. Agora estrebucha com arreganhos que são só conversa. A política às vezes é como a natureza que gosta de simetria: a dois meses sem governo vão seguir-se dois meses sem Presidente.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.

      
 O especialista em terrorismo de Boliqueime
   
«O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, afirmou que o combate ao terrorismo “não passa pela construção de fortes ou de muros”, mas por uma “ação concertada” com cooperação nos domínios da defesa, segurança e justiça.

“A resposta a essas novas ameaças, como o terrorismo transnacional, não passa já pela construção de fortes imponentes ou de muros. Passa pela ação concertada, pelo reforço da cooperação nos domínios da defesa, da segurança e da justiça”, disse o chefe de Estado, durante o discurso da cerimónia de inauguração das obras de reabilitação do Forte da Graça, em Elvas.

Uma colaboração, continuou, “tendo em vista o objetivo comum de uma sociedade tolerante e humanista, onde cada um possa viver em segurança e respeito mútuo”.» [Observador]
   
Parecer:

Já coemça a faltar a pachorra para ouvir este pobre senhor.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Tenha-se pena.»
  
 Eles anda aí
   
«"Devia haver um pacto de regime na Assembleia da República, de braço dado com a sociedade, para definir o papel do Estado, credibilizar a Justiça, a Política e a comunicação social. Enquanto não resolvermos isto, só podemos esperar mais dificuldades no país. Infelizmente, no quadro parlamentar que temos, esta possibilidade de os partidos se juntarem para uma reforma madura parece difícil", afirmou o social-democrata no Porto, no Congresso Nacional de Medicina organizado pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Primeiro foi Morai Sarmento a dar o primeiro passo, agora é a vez de Rui Rio reaparecer, as sonras de Passos Coelho fazem questão de lembrar que andam por aí.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
  

   
   
 photo Fedor-Lashkov-5_zpsautecabw.jpg

 photo Fedor-Lashkov-3_zpsjox0ui1z.jpg

 photo Fedor-Lashkov-4_zpsgi84oq9u.jpg

 photo Fedor-Lashkov-2_zpsxtha43kv.jpg

 photo Fedor-Lashkov-1_zpsb6frtpio.jpg