terça-feira, janeiro 31, 2017

Boicotar a América de Trump

Há males que devem ser cortados pela raiz e Trump, tal como sucedeu com Hitler e outros doentes mentais, imbecis e paspalhos, deve ser combatido desde a primeira hora. Boicotar a América de Trump é a única forma de livrar o mundo dessa peste que chegou a Washington. Trump é ele próprio, a ideologia de Trump são as suas próprias idiotices, tal como a ideologia de Hitler era o seu livro Mein Kampf, um apanhado de ideias grotescas e de ódios pessoais.

Trump é demasiado perigoso para que não seja levado a sério, durante a campanha não hesitou em ameaçar os EUA caso não ganhasse as eleições. Esperava-se que mudasse com o peso das responsabilidades, mas isso não sucedeu. Durante a campanha fazia palhaçadas, agora as palhaçadas são feitas quando assina ordens executivas uma atrás das outras.

Trump não vai melhorar, vai levar a sua loucura a todos os domínios da sociedade, demite uma procuradora-geral como se estivesse a demitir um porteiro. Começou pelos muçulmanos, depois serão os chineses, a seguir serão os europeus. Trump não esconde o desejo de destruir a União Europeia, ameaça todos os seus parceiros com negociações bilaterais pressionadas por chantagem.

A solução para este perigo não está nas negociações governamentais, Trump julga-se o mais forte e não respeita ninguém, não é um negociador em que se possa confiar. Responder a Trump com diplomacia é um erro, como foi um erro fazê-lo com Hitler ou com outros ditadores e candidatos ao estatuto. 

Também é um erro esperar por uma reacção interna, a maior parte da América está em silêncio, por receio ou na expectativa de ver se resulta. As bolsas estão em alta, a indústria automóvel alinhou no beija-mão, as associações empresariais anseiam por um país sem entraves legais a abusos ambientais. Se Trump ajudar a enriquecer a América terá o apoio dos americanos, tal como muitos alemães ficaram felizes com os despojos de guerra que os nazis trouxeram de Paris ou que roubaram aos judeus.

A única resposta possível a Trump é boicotar a América, fazendo perceber aos americanos que é com trabalho e investimento que se cria riqueza, não é com a eleição de loucos oportunistas. Boicotar a América é boicotar todas as suas iniciativas, é virar-lhes a cara com desprezo, ignorar as suas iniciativas e fazer como muitos ingleses, declarar os membros desse governo como gente pouco recomendável que ninguém quer receber.


Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Vítor Gaspar, refugiado português em Washington

"Diz o roto ao nu", é o mínimo que se pode dizer de um Gaspar que acusa os políticos de não cumprirem os défices que prometem. Ele cumpriu alguma meta orçamental enquanto foi ministro, mesmo recorrendo a cortes inconstitucionais de salários e pensões?

«A culpa da derrapagem nas contas e na violação sistemática das regras orçamentais por vários países da zona euro é dos políticos. São os governos que não cumprem os planos que traçaram e acabam por ter défices e dívidas acima do previsto. Dito assim, não é um resultado que surpreenda muito quem tem acompanhado o debate sobre a austeridade dos últimos anos. Mas surge agora, pela primeira vez, quantificado no estudo “Fiscal Politics in the Euro Area”, publicado esta segunda-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, da autoria de Vítor Gaspar, Luc Eyraud e Tigran Poghosyan.

O estudo, que não é um relatório oficial do Fundo embora seja assinado por Gaspar, que é diretor do Departamento de Assuntos Orçamentais, calcula por exemplo que o défice falha a meta em cerca de 1,5 pontos no primeiro ano e por dois pontos ao fim de três anos e que isso se deve à má execução do plano traçado. Embora os governos até fixem objetivos condizentes com as regras europeias, acabam por não os cumprir. Face ao que estava previsto, a execução derrapa em dois pontos a mais no primeiro ano e quatro pontos ao fim de três anos.» [Expresso]

 A voz do dono


      
 Idiota
   
«O Presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu nesta segunda-feira no Twitter que o caos registado nos aeroportos americanos depois da ordem executiva para impedir a entrada de refugiados e de cidadãos de sete países se deveu a problemas informáticos e aos manifestantes.

“Apenas 109 em 325 mil [pessoas] foram detidas para interrogatório. Os grandes problemas nos aeroportos foram provocados pelo sistema informático da Delta, pelos manifestantes e pelas lágrimas do senador [Chuck] Schumer”, escreveu Donald Trump no Twitter, acrescentando que o secretário de Segurança Nacional, John Kelly, garantiu que a implementação das novas medidas está a decorrer “com muito poucos problemas”.» [Público]
   
Parecer:

Este Trump roça o idiota, primeiro foi a página em espanhol que desapareceu por causa dos problemas informáticos, agora estes são a causa do caos nos aeroportos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a meecida gargalhada.»
  
 Começam a estar "à rasca"
   
«O presidente executivo da Starbucks prometeu contratar mais de 10 mil refugiados ao longo dos próximos cinco anos, em resposta ao decreto presidencial assinado por Donald Trump na última sexta-feira, que suspende a entrada de refugiados durante 120 dias e de cidadãos de sete países de maioria muçulmana.

“Há mais de 65 milhões de cidadãos no mundo que são reconhecidos como refugiados pelas Nações Unidas, e estamos a desenvolver planos para contratar 10 mil deles, durante cinco anos, em mais de 75 países em todo o mundo”, escreve Howard Schulz, presidente executivo da cadeia de alimentação, numa nota enviada aos seus trabalhadores em que expressa a “grande preocupação” que sente.» [Público]
   
Parecer:

É óbvio que mais tarde ou mais cedo os EUA enfrentam um boicote à escala nacional.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

 Estágios?
   
«A lei só prevê um ano de estágio, mas já passaram dois anos desde que 886 inspectores tributários estagiários estão em “período experimental” no fisco. Os formandos entraram este mês no terceiro ano de formação e não sabem quando é que o curso vai terminar. Nem o próprio Ministério das Finanças consegue apontar uma data para o fim de um processo que, nas palavras do presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Inspecção Tributária e Aduaneira (APIT), Nuno Barroso, se arrasta por “inércia dos responsáveis” do fisco.

Em condições normais, os estagiários aprovados já teriam entrado efectivamente na carreira de inspector, mas o processo tem-se prolongado indefinidamente. Os atrasos estão a gerar desconforto interno, ao ponto de o caso já ter motivado queixas ao Provedor de Justiça. Ao PÚBLICO, José de Faria Costa confirmou ter recebido reclamações que “deram origem a um procedimento de queixa”. Sem se pronunciar sobre o caso, nem especificar se foram pedidos esclarecimentos ao Ministério das Finanças, o Provedor fez saber que “o tratamento das queixas, nesta fase, envolveu diligências instrutórias informais, encontrando-se em apreciação”. O caso também já chegou ao Parlamento, com o Bloco de Esquerda (BE) a questionar o Ministério das Finanças sobre o que se está a passar.» [Público]
   
Parecer:

Parece que para os recursos humanos de alguns serviços do Estado não há lei, em vez disso há a prepotência dos seus dirigentes.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

segunda-feira, janeiro 30, 2017

O lado positivo do Trump e de Theresa May



Ainda bem que o Trump existe, os americanos não são muito exigentes na hora de avaliar intelectualmente os seus presidentes e uma vasta maioria dos seus eleitores acredita em bruxas. Mais tarde ou mais cedo a América recuaria aos tempos em que Charles Lindberg estava junto a Hitler na abertura dos jogos de Berlim e liderava o movimento isolacionista americano.

A senhora Theresa May não é novidade nenhuma, representa o lado oportunista da presença do Reino Unido na União Europeia, agora que o seu país superou os problemas que enfrentou antes de entrar para a CEE, está convencida de que ganha mais estando fora da EU, beneficia do mercado comum ao mesmo tempo que não se sujeita a regras.

Ainda bem que Trump e Theresa May surgiram quase em simultâneo, agora o mundo e, em particular, a Europa sabem com o que podem contar. Trump tem sido muito objectivo no seu objectivo de destruir a EU, sabe que esta é o maior mercado mundo e para obter vantagens para os EUA precisa de dividir os países europeus. Theresa viu aqui a oportunidade de se vender, usa os EUA para negociar com a EU o Brexit lucrativo com que os britânicos sonha, ao mesmo tempo que usa o seu acesso às EU para obter vantagens comerciais nas suas negociações com os EUA.

Trump quer obter ganhos negociais dividindo os países da Ásia e da Europa, Theresa May está convencida de que o seu oportunismo compensa e sonha ganhar com este negócio sujo juntando-se a Trump. A Europa, a Ásia, a América do Sul, a América Central e o Canadá sabem com o que contam.

Os populistas europeus ainda elogiam Trump e Theresa May, mas não tardará muito para que se perceba que a estratégia do casal oportunista é destrutiva e que se conseguirem os seus intentos o mundo assistirá a um processo de retrocesso civilizacional, económico e social. Esse processo começa a ser claro e é bom que os populistas tenham tomado conta em simultâneo dos EUA e do Reino Unido, podendo dar largas à sua ambição.

Agora percebe-se que o populismo britânico não tem soluções, não passa de uma estratégia oportunista, o mesmo sucede com nos EUA, onde os ganhos conseguidos por Trump são temporários e conseguidos à custa de terceiros. Começa a ser óbvio que o populismo não cria riqueza beneficiando a América, a Europa ou o mundo, estamos perante políticas oportunistas das quais só resultarão prejuízos para colectivo. 

Temos de agradecer a Trump e a Theresa May por mostrarem ao mundo a natureza das suas soluções.

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Jerónimo de Sousa

A posição do PCP em relação à Carris nada terá que ver com os interesses da Carris ou o país, para o PCP os interesses dos seus sindicatos são melhor defendidos no quadro de uma empresa pública, já que no que respeita ao município todos conhecemos as guerras por várias vezes desencadeadas pelos sindicatos da CGTP.

Talvez o melhor seja mesmo privatizar a empresa, nessa ocasião a CGTP terá uma boa oportunidade para mostrar a eficácia combativa dos seus sindicatos.

«De surpresa e sem aviso prévio ao PS e ao Governo, o PCP apresentou sexta-feira na Assembleia da República um pedido de apreciação parlamentar do decreto-lei que transferiu a Carris para a Câmara de Lisboa, por discordar da “municipalização” do serviço público de transporte colectivo de superfície de passageiros na capital. Depois do “chumbo” da redução da Taxa Social Única no Parlamento, uma nova maioria negativa ameaça outra decisão do Governo numa matéria sensível em ano de eleições autárquicas.

A medida, decidida pelo Governo a 22 de Dezembro e promulgada com avisos pelo Presidente da República entra em vigor na quarta-feira, 1 de Fevereiro. Nesse mesmo dia reúne-se a conferência de líderes onde pode ser marcada a data para esta nova apreciação parlamentar. Resta saber se o PCP vai pedir urgência no agendamento e se vai propor a cessação da vigência do decreto-lei, como fez com a TSU, ou apresentar propostas de alteração.

A nova crise na maioria de apoio ao governo do PS, dois dias depois do chumbo da TSU, apanhou desprevenido tanto o primeiro-ministro como o presidente da Câmara, sabe o PÚBLICO. António Costa tem agora mais este foco de instabilidade para resolver, e Fernando Medina mantém-se em silêncio enquanto o Governo não perceber junto dos comunistas até onde estes estão dispostos a ir na contestação à medida. "É uma política que consta do Programa de Governo, era uma área onde o PCP tinha grande convergência estratégica, apesar dessa divergência pontual", critica um dirigente socialista.» [Público]

 Isabel Jonet volta a atacar

EDesta vez não se veio queixar de os mais pobres serem uns despesistas descuidados, veio queixar-se de que a retoma não está achegar aos mais pobres. Não chegou nem irá chegar, Jonet sabe que os mais pobres a que se refere não dependem na sua esmagadora maioria de salários ou de emprego, mas sim de pensões e apoios sociais. É uma pena que quando a austeridade atingiu os mais desfavorecidos Jonet tenha optado por ficar calada ou, pior ainda, por ter vindo a público dizer disparates.

 Como no tempo dos campos de internamento de japoneses



Desde o internamento forçado de japoneses americanos em campos de concentração que a América não era assim.

 O político matinée

No passado os cinemas tinham sessões de matinée para aproveitar o mercado nos fins-de-.semana. passos Coelho, a quem ninguém dá grande atenção, transformou-se no político matinée, aparece aos fins-de-semana para aproveitar as salas vazias na comunicação social, nos dias em que os outros políticos, incluindo a rival Assunção cristas, aproveitam para descansar.

 Coisas estranhas do fiscal de Braga

Agora que o Bataglia é a vedeta no caso Marquês e estando em causa luvas seria de esperar que o fiscal de Braga se interessasse por antigas declarações deste senhor a propósito de luvas de submarinos. Na ocasião ficou evidente a distribuição de muitos milhões de luvas e Helder Bataglia dos Santos sabia do negócio.

Com José Sócrates a ser suspeito em todos os negócios realizados em Portugal era natural que se descobrisse uma qualquer relação entre Sócrates e o governo de Barroso, para depois se concluir que foi o próprio Sócrates a receber as luvas do negócio dos submarinos. Mas parece que o fiscal de Braga é pouco dado a mergulhos.

      
 Temos pena
   
«O deputado britânico conservador Nadhim Zahawi revelou, no sábado à noite, que se encontra impedido de entrar nos Estados Unidos, devido às restrições à imigração decretadas pelo presidente norte-americano Donald Trump.

Nadhim Zahawi, militante do partido da primeira-ministra Theresa May, disse ter confirmado que nem ele, nem a mulher, ambos de origem iraquiana, podem entrar nos Estados Unidos da América, enquanto vigorarem as restrições à entrada de cidadãos de países muçulmanos, entre os quais se encontra o Iraque, embora sejam detentores de passaportes britânicos.» [DN]
   
Parecer:

Pois, o Trump não é apenas o presidente americano que vai ajudar os conservadores do Brexit a troco de a Theresa lhe servir a cabeça da UE numa bandeja, é caso para dizer que temos pena.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Passos inicia cruzada contra aumento dos salários
   
«Pedro Passos Coelho abordou o tema na apresentação do candidato social-democrata à corrida autárquica pela Câmara Municipal de Arouca, onde realçou que as medidas agora tomadas pelo Governo terão consequências a longo prazo com que outros terão que lidar no futuro.

"Este ritmo de crescimento do SMN não é sustentável a longo prazo. Pois claro: porque a longo prazo não serão eles a governar", declarou. "O que o Governo tem que fazer é rever a decisão que tomou quanto ao que vai ser o salário mínimo ate 2019", acrescentou.

Para o presidente do PSD, em causa estão os cálculos que indicam que o SMN irá aumentar 19% até 2019, enquanto as empresas portuguesas se ficarão apenas por um crescimento de 5%.» [DN]
   
Parecer:

Passos ainda não desistiu da desvalorização fiscal do trabalho e tudo o que seja aumentos salariais o irrita.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mais uma vez, temos pena.»

domingo, janeiro 29, 2017

Semanada

Com as intenções de voto no PSD a entrar na casa dos 20% Passos Coelho sentiu a corda ao pescoço, começaram a multiplicar-se as iniciativas dos seus opositores, até o Rui Rio deu um ar da sua graça. Foi o suficiente para Passos Coelho abandonar a pantominice do primeiro-ministro no exílio, passando a assumir  ou a tentar assumir o papel de líder da oposição. O problema de Passos é que o seu único projecto são as medidas que adoptou no passado, ainda que na ocasião não assumisse a sua responsabilidade, dando as culpas a Sócrates e ao memorando. Passos é mais um ex-governante exilado que conduz uma guerra de guerrilha do que um líder da oposição. Não tem qualquer projecto e limita-se a atacar em função das circunstâncias.

Ainda que ninguém tenha dado grande importância ao assunto, o país assistiu a um verdadeiro momento PREC. Como líder da Intersindical a sugerir que o líder da UGT é um sindicalista dos tempos dos sindicatos amarelos do regime fascista. Não se estranha que Arménio Carlos pense assim, na verdade é isso e muito pior o que ele e todos os militantes e dirigentes do PCP pensam. O que se estranha é o descuido, ao longo dos anos o PCP aprende a ter um discurso público e um discurso privado, desta vez o Arménio Carlos esqueceu-se que não estava numa reunião interna do partido e não teve cuidado ao dizer o que lhe vai na alma.

Trump não que deixar terroristas e dedicou impedir a entrada de cidadãos de alguns países de maioria muçulmana. O problema é que escolheu o Irão do costume mais alguns países muçulmanos que graças à política externa dos EUA estão à beira do colapso ou já não existem. Na verdade todos os terroristas do 11 de Setembro poderiam voltar a entrar nos EUA pois os muçulmanos terroristas ricos da Arábia Saudita ou dos Emiratos continuam a ser bem-vindos aos EUA. A medida é mais uma fanfarronice do imbecil.

Paulo Macedo foi obrigado pelo BCE a quebrar o seu vínculo com o BCP, um mero formalismo pois de deixar a CGD o bom filho retornará à casa dos pais. Mas o mais curioso é que a decisão do BCE passou quase despercebida, muitos dos admiradores de Paulo Macedo, que nunca viram no gestor senão qualidades optaram pelo silêncio. Enfim, quando se mexe na caca começa a cheirar mal.


Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   Pedro Mota Soares, o "Lambretas" do governo de Passos

O Lambretas não participou no governo de Passos, não aprovou o corte de muitas despesas públicas, não aprovou as medidas contra as escolas do Estado, não ignorou a necessidade de renovação de muitas escolas. Não, o Lambretas nada teve a ver com tudo isso, esteve ausente e agora tem autoridade moral para acusar António Costa das consequências da chuva deste ano.

«Num requerimento a que a Lusa teve hoje acesso, os deputados do CDS-PP questionam: "Vai o Ministério da Educação manter os planos inicialmente traçados para a requalificação e modernização do edifício da Escola Secundária Alexandre Herculano ou, pelo contrário, vai tomar diligências com vista à realização de obras urgentes, de modo a garantir o normal funcionamento da escola e a segurança de todos os que a frequentam?".

Ana Rita Bessa, Pedro Mota Soares, Cecília Meireles e Álvaro Castello-Branco pretendem também que o Ministério da Educação esclareça se está "a equacionar alternativas a dar aos alunos, caso o tempo os impeça de frequentar as aulas na Escola Secundária Alexandre Herculano".

Os deputados relembram no requerimento entregue na sexta-feira na Assembleia da República que, em março de 2016, o Grupo Parlamentar do CDS-PP já tinha enviado ao Governo uma pergunta parlamentar sobre o estado de degradação já então conhecido naquela escola, após o Sindicato de Construção de Portugal ter denunciado que o edifício apresentava "tetos e paredes a cair" e "chão a ruir".» [Notícias ao Minuto]

 Onde esteve o Arménio

É comum a toda a escola do PCP, mal se sentem confrontados reagem com a treta do fascismo, não admira a resposta de Arménio Santos ao líder da CGTP, como se em 2017 fizesse sentido tirar o argumento do fascismo. Seria interessante que Arménio Carlos nos exibisse o seu grande currículo anti-fascista e nos contasse quantas greves liderou na condição de trabalhador.

 Trump idiota

Trump proibiu a entrada nos EUA dos cidadãos de alguns países de maioria muçulmana, incluindo cristãos ou milhares de iraquianos que trabalharam para os EUA. Para justifica a sua aberração persecutória o imbecil dia que os EUA não esquecem o 11 de Setembro. Pois, mas a verdade é que todos os que pariciparam no 11 de Setembro poderiam voltar aos EUA, incluindo o Bin Laden, nenhum deles estaria abrangido pelas resrições impostas á entrada de muçulmanos. O terroristas ricos podem continuar a entrar livremente nos EUA.

 TT, a Theresa Trump



      
 Quem quer se candidato de Passos a Lisboa?
   
«Pedro Passos Coelho tem somado almoços para tentar encontrar uma solução para o PSD em Lisboa, e vai acumulando recusas às sondagens e convites das últimas semanas. Ao que o Expresso soube junto de sociais-democratas que têm acompanhado o processo, uma das últimas tentativas foi Pedro Reis, o independente que lidera o Instituto Sá Carneiro. O presidente do PSD desafiou-o a candidatar-se contra Fernando Medina mas, após terem abordado a questão em várias conversas, o ex-presidente da AICEP declinou o desafio.

Reis coordenou o grupo de economistas que preparou o programa eleitoral do PSD em 2015. Depois disso, foi promovido à presidência do Instituto Sá Carneiro, o think-tank do PSD. Uma das razões por que recusou candidatar-se a presidente da câmara da capital, sabe o Expresso, liga-se às suas atuais funções como CEO do BCP Capital. O “não” de Pedro Reis tem sido interpretado nos bastidores do PSD como mais um sintoma da dificuldade de Passos em encontrar um voluntário para Lisboa — dificuldade acrescida conforme passa o tempo e vão sendo conhecidas mais tentativas falhadas.» [Expresso]
   
Parecer:

este Passos Coelho está a ficar mais gordo e já se percebeu o motivo, é dos almoços a tentar encontrar um candidato a Lisboa. Sampaio teve a coragem de se candidatar a Lisboa dizendo que lhe faltavam generais, Passos ainda pnão percebeu que não tem generais, tenentes, sargentos e cabos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Afinal havia outra
   
«A Casa Branca também erra e escreveu mal o nome da primeira-ministra britânica Theresa May. O lapso não passou despercebido e as redes sociais não perdoaram. A simples falta do “H” fez com que o nome fosse associado a uma atriz porno.

A residência do presidente dos Estados Unidos emitiu um comunicado, esta sexta-feira, no qual dava conta dos eventos do dia e escreveu, por três vezes, o nome da primeira-ministra britânica mal: Teresa May, nome de uma modelo e atriz pornográfica também ela britânica.

A administração do Reino Unido não comentou o erro, mas a atriz porno Teresa May mostrou-se bastante incomodada. “Por causa de idiotas que não sabem a diferença entre mim e a primeira-ministra Theresa May a minha conta foi bloqueada”, lia-se no Twitter da atriz. Entretanto, Teresa May colocou a sua conta como privada.» [Observador]
   
Parecer:

Convenhamos que a Teresa sem h deverá sem bem interessante do que a emproada do Reino Unido, uma despe-se, a outra farta-se de ganhar dinheiro para se vestir.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

sábado, janeiro 28, 2017

O Trump está entre nós

É raro o dia que não recebo um e-mail com posições neo-fascistas, com anedotas anti-semitas, racistas ou anti-muçulmanas. Quem ainda não recebeu e-mails indignados ou vídeos sobre as famosas mesquitas da Suíça, ou imagens de muçulmanos a rezar em Moscovo?

Fomos todos nós que elegemos o Trump, foram cidadãos comuns que elegeram Trump, muitos dos que o escolheram vão ao médico graças ao Obamacare, são mexicanos ou descendentes de mexicanos, são filhos de sírios ou de iranianos, são afro-americanos. Os homens brancos racistas não conseguiriam eleger nenhum presidente americanos, da mesma forma que Hitler não chegou ao poder apenas com o voto dos fanáticos nazis.

Quantos políticos democratas escapam a e-mails maldosos? Nem um, são todos corruptos, são todos uns inúteis, nenhum teria forma de vida se não fosse a política. Político em democracia significa corrupto, gandulo, oportunista. As virtudes estão sempre do lado dos gestores, dos que por ganharem muito mais e correrem menos riscos não estão dispostos a servir o país em cargos públicos.

Ligo as televisões e só vejo gente a destruir a democracia, se ligo para a SIC Notícias tenho um Jorge Ferreira que não estudou uma cadeira de economia, escrevendo livros a dizer como se salvaria a economia portuguesa e a desancar permanentemente nos políticos, principalmente se não forem muito à direita. Ligo para a TVI e temos uma sessão semanal de difamação da democracia e dos políticos conduzida por um Medina, filho de um colonialista que desencadeou a guerra na Guiné, mas que não se cansa de exibir a meia dúzia de meses que em má hora foi ministro das Finanças. Tal como o Jorge Ferreira estudou tanto política económica como eu me especializei em lagares de azeite.

Em Portugal fica bem na fotografia quem fala mal da democracia e dos políticos democráticos, têm sucesso o discurso político do Medina, do Jorge Ferreira, do Marinho pinto e de outros, não pelo valor do que dizem, não pelo exemplo que dão nos cargos, unicamente porque atacam os políticos.

Não vale a pena falar mal da democracia e do Trump à tarde, ser anti-muçulmano em privado e à tarde mandar e-mails com fotografias de muçulmanos a rezar em Moscovo, afirmar valores de igualdade em público e contar anedotas de gays à tarde. Somo o país em que o PSD de Santana Lopes produziu cartazes com insinuações sobre a vida privada do adversário, o mesmo país onde um ministro de Cavaco se divertia contando anedotas com judeus e cinzeiros. Temos muitos que são democratas em público e trumpetes em privado.

Extraordinário

Passos Coelho incite em não perceber que já nem o diabo aposta nele, já estamos quase em final de Janeiro, seis meses depois da vinda do mafarrico ter sido anunciada e o líder do que resta do PSD ainda tenta demonstrar que algo correu mal em 2017, mas só ele e sua especialista em aritmética é que o conseguem perceber. Desde que o OE de 2016 foi aprovado que o Passos mais a Dona Aritmética sofrem de um fetiche relacionado com o plano B, só se excitam enquanto oposição quando lhes vem o dito plano à cabeça.

Convém recordar de onde vem esta fixação com o plano B. Quando a geringonça aprovou o OE para 2016 a direita teve a esperança de que os seus aliados europeus chumbassem o OE. Mas isso não sucede e como sempre fez a Comissão e o Eurogrupo pediram ao governo que preparasse medidas orçamentais adicionais caso estas fossem necessárias. A direita portuguesa não se conformou e lá se foi calando 

Mas Passos Coelho nunca perdeu a esperança num segundo resgate, o que o levaria de novo ao poder par governar sem restrições constitucionais, estava convencido de que as coisas correriam mal. Passos Coelho e a sua Dona Aritmética sabiam muito bem que tinha armadilhado as contas orçamentais de 2017 com a ajuda de Paulo Núncio. Sabiam que 2017 poderia ser dramático, um deslize orçamental tiraria o país dos mercados e forçaria a esquerda conservadora a deixar de apoiar o governo.

As vigarices feitas com os reembolsos do IVA e com as retenções na fonte de IRS representavam um buraco orçamental digno de ser um “desvio colossal”, daí que Passos tivesse anunciado a vinda do diabo, quando o impacto do buraco fiscal se fizesse sentir na contas, o que sucederia depois de processados todos os reembolsos. A situação seria tornada pública com a divulgação do relatório da execução orçamental de Setembro.

Mas a Dona Aritmética estava enganado, a armadilha que manhosamente deixou montada não funcionou e o diabo não apareceu. Desde então Passos Coelho anda desesperado para provar que houve mesmo um plano B, daí que agora tenha um fetiche com medidas extrordinárias. Ele que só governou com medidas extraordinárias, com sucessivas renegociações secretas do memorando para acomodar a sua pinochetada económica, vê agora medidas extraordinárias em tudo.
 

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Passos Coelho, um rapazola muito esquecido

Passos Coelho anda com sérios problemas de memória, só isso explica ter-se esquecido do perdão fiscal que o seu Paulo Núncio lançou em 2013, para não referir os desvios colossais com que ia justificando as doses suplementares de cortes salariais com que pretendia lançar a sua desvalorização fiscal do trabalho. Deve estar esquecido que os cortes salariais que dizia serem para um ano funcionaram como plano B e pretendia que assim continuasse a ser.

Passos Coelho parece ignorar que em certas matérias lhe falta autoridade moral para questionar ou criticar este ou qualquer outro governo.

«O líder do PSD disse hoje que o défice de 2016 seria de 3,4%, descontadas as medidas extraordinárias e os cortes no investimento público planeado pelo Governo, e questionou António Costa sobre qual seria o valor sem estas medidas. 

Na resposta, o primeiro-ministro, António Costa, contrapôs, primeiro, que o saldo primário melhorou no ano passado 747 milhões de euros em relação à execução orçamental de 2015.

Perante a insistência de Pedro Passos Coelho, na sua intervenção no debate quinzenal no parlamento, de qual seria o valor do défice sem recursos a medidas extraordinárias, António Costa respondeu: “Senhor deputado, terá a resposta quando o diabo cá chegar”, disse, provocando protestos na bancada do PSD.

Num debate muito tenso entre o primeiro-ministro e o líder da oposição, Passos Coelho voltou a acusar o Governo de viver num mundo de “fantasias e faz de conta”, nomeadamente no que diz respeito ao valor do défice de 2016, que António Costa já disse que não será superior a 2,3%.» [Jornal Económico]

 A Bad Lip Reading of Donald Trump's Inauguration


      
 Auditores bem comportados na Saúde
   
«No capítulo sobre "as atitudes e comportamentos dos auditores" estipula-se que, além de se apresentarem "à hora indicada", devem usar vestuário que "transmita a formalidade quer do acto da auditoria, quer como representante da DGS" e abster-se de colocar questões pessoais aos auditados. Mais: "nunca devem utilizar linguagem popular ou calão", nem adoptar atitudes “agressivas, rígidas ou inspectivas”. São ainda aconselhados a colocar as questões “de maneira pausada e clara, com respeito e amabilidade”.

Os procedimentos gerais definidos nesta orientação devem ser cumpridos por todos os auditores, internos e externos, frisa o director-geral, que, na orientação, explica que decidiu divulgar as práticas recomendadas junto das Comissões de Qualidade e Segurança e dos auditores dos serviços do SNS que actuam no âmbito da Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde.» [Público]
   
Parecer:

Ridículo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Portuenses first!
   
«O anúncio oficial está agendado para o dia 3 de fevereiro, pelas 18h nos Paços do Concelho e conta com a presença do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa. Apesar de remeter esclarecimentos mais concretos para o dia da apresentação, a candidata vinca, em entrevista ao Expresso, o objetivo de ajudar a construir “uma cidade aberta ao mundo, mas com os portuenses” em primeiro plano.

“A cidade é dos portuenses e devemos acentuar esse princípio. Naturalmente, o Porto deve estar aberto ao mundo e a todos os que a visitam, porque também não queremos uma cidade fechada”, afirma Ilda Figueiredo, integrante do Comité Central do Partido Comunista Português.» [Expresso]
   
Parecer:

A moda do "first!" parece ter pegado.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Os últimos são os primeiros
   
«Sara Bordalo Gonçalves, 37 anos, sente-se "num limbo" profissional. Professora de Geografia há 14 anos - sempre com contratos celebrados com o Ministério da Educação, embora nem todos anuais -chegou ao final de agosto com 11 anos e 278 dias de serviço nas escolas públicas. Num grupo de recrutamento (o 420), em que existem cerca de 3600 professores a nível nacional, ocupa a posição 161 na hierarquia, definida pelas listas graduadas. Mas pelas regras definidas pela tutela para a vinculação extraordinária falha o quadro por 87 dias.

Ironicamente, até já cumpriu esses três meses de serviço em falta "no primeiro período", no Agrupamento de Escolas Agostinho da Silva, em Vale de Cambra. Mas de acordo com a regra definida pelo ministério esse facto é irrelevante: teria de ter cumpridos 4380 dias exatos até 31 de agosto de 2016.

Pior: prepara-se para ser ultrapassada nessas vagas por centenas de colegas: "Posso ser ultrapassada pelo número 432 da lista, por uma diferença de dias, mesmo que tenha muito mais contratos celebrados com o Ministério", ilustra.» [DN]
   
Parecer:

Num sistema onde apenas a velhice conta podem ser os últimos a entrar. Concorrendo a uma vaga fica-se à frente por mérito intelectual, mas se essa vaga não for um contrato de um ano o mérito intelectual já não conta.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns aos idiotas que inventaram esta aberração que leva a que os melhores fiquem excluídos.»

 O negócio do malparado
   
«Pelo menos quatro entidades privadas apresentaram ao Governo e ao Banco de Portugal soluções que visam resolver o problema do designado "non performance loans" (NPL), o crédito malparado que está a infectar as contas dos bancos portugueses. Em causa estão cerca de 30 mil milhões de activos problemáticos, cerca de metade ainda por provisionar, o que coloca pressão adicional sobre o capital das instituições financeiras, em particular, do Novo Banco.

Para além dos contactos (não formais) realizados por António Esteves, o ex-Goldman Sachs que representa um consórcio que integra o fundo de private equity norte-americano TPG e diz ter disponível 15.000 milhões de euros, as autoridades foram, nos últimos meses, informadas da existência de outros interessados em avaliar a compra das carteiras de crédito malparado (activos que não geram rentabilidade) dos bancos portugueses.» [Público]
   
Parecer:

O malparado da CGD devia ser cobrado pelo fisco.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se a proposta.»

 Formalizada a nova geringonça
   
«» []
   
Parecer:

Pobre Passos, aonde teve de chegar para se man ter acima da linha de água.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»

 Os eternos opositores
   
«A UGT "está satisfeita" com a solução de reduzir o Pagamento Especial por Conta (PEC) em alternativa à descida da TSU, mas avisa que só assinará a adenda ao acordo de concertação social que viabiliza esta alteração se a CGTP também assinar.

"Nós estamos sempre sentados à mesa [das negociações], mas não vamos discutir o aditamento se a CGTP não assinar o acordo de concertação social", avisou esta sexta-feira o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, em conferência de imprensa, em Lisboa.

Em causa está o facto de a CGTP ter manifestado quinta-feira a intenção de participar na discussão da adenda ao acordo de concertação social, relativa à redução do PEC, que considera positiva, mas que não pretende aderir ao acordo por rejeitar parte do seu conteúdo.» [Expresso]
   
Parecer:

A posição da CGTP é, no mínimo, uma pura hipocrisia oportunista, estes sindicalistas apenas negoceiam para aparecer nas televisões e depois dizerem aos trabalhadores que lhes devem tudo. A forma de estar da CGTP é de uma grande desonestidade e cobardia, que em nada serve para defender os interesses económicos dos trabalhadores, sistematicamente confundidos com os interesses políticos e os condicionalismos ideológicos do PCP.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
 E os descendentes de escoceses não cometem crimes
   


«Donald Trump ordenou esta semana à sua administração que publique e atualize semanalmente uma lista de crimes cometidos por imigrantes nos Estados Unidos. A medida está incluída numa das ordens exectuvias que o novo líder norte-americano assinou esta semana para controlar e combater a imigração, ao quinto dia da sua presidência. No parágrafo, lê-se que o Departamento de Segurança Nacional "deve tornar pública uma lista abrangente de ações criminosas cometidas por estrangeiros" nos EUA.


"Para melhor informar o público sobre as ameaças à segurança pública associadas às jurisdições-santuário, a Secretaria deve [...], numa base semanal, publicar uma lista abrangente das ações criminosas cometidas por estrangeiros e por qualquer jurisdição que ignore ou falhe em honrar quaisquer embargos que digam respeito a estes estrangeiros."» [Expresso]
   
Parecer:

Idiota.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se o Trump à trampa.»

sexta-feira, janeiro 27, 2017

Paulo Macedo, o BCP e a DGCI

Parece que o BCE veio dizer aquilo que era mais do que óbvio, Paulo Macedo não pode ter um vínculo ao BCP se quer ser presidente da CGD. Apenas se lamenta que em Portugal, o país onde o parlamente se une para exigir declarações de rendimentos, ninguém tenha reparado que é inaceitável que um empregado de um banco possa ser presidente de outro banco. Pior ainda, aqueles que tentaram provar que António Domingues acedia a informação da CGD quando ainda era administrador do BPI, tenham feito vista grossa à situação de Paulo Macedo, para uns por ser um dos seus, para outros porque depois de numa jogada infantil derrubarem António Domingues tiveram de engolir a Opus Dei.

Só num país com tantos hipócritas por metro quadrado é que se fez tantos debates sobre vínculos a organizações secretas (vide Opus Dei e Maçonaria), fazem-se tantas exigências de transparência a quem ganhe mais do que o salário mínimo e depois mete-se um assalariado do BCP à frente da CGD. Alguém imagina um quadro do BCP a fazer concorrência a este banco enquanto presidente do maior banco português? É óbvio que não, a qualquer momento, por um qualquer incidente, Paulo Macedo pode ter de abandonar a CGD e não gostaria de voltar ao BCP e darem-lhe um gabinete no sótão, com vista para o depósito do papel higiénico.

Só é uma pena que uma boa parte da nossa ilustre classe política, do Coelhone à Manuela Ferreira Leite, nunca tenham reparado que igual incompatibilidade existia quando Paulo Macedo era director-geral dos Impostos. Já nessa altura havia departamentos do BCP que nomeavam mais chefias do fisco do que os seus directores-gerais, eram verdadeiras mega centrais de influências. Hoje sabemos do que se passava no BCP e nos outros bancos em matéria de negócios duvidosos e de fuga ao fisco.

Mas nesse tempo o dinheiro dos bancos tinha um perfume especial, os orçamentos publicitários davam de comer a muitos jornalistas, os bancos eram excelentes lugares de recuo para políticos de baixa, nele se dava emprego aos filhos inúteis de uma boa parte dos políticos e altos dirigentes do Estado. Até aos escândalos que ficaram a nu com a crise financeira de 2008 os bancos portugueses eram as virgens da economia, era o sector económico modelo do cavaquismo, está acima de qualquer suspeita.

Hoje sabemos uma verdade muito diferente, os Anços comportaram-se como organizações criminosas, dedicaram-se a negócios duvidosos, eram centrais de evasão fiscal, a sua gestão conduziu a uma boa parte da ruína em que o país se encontra, na hora de se salvarem ajudaram a eleger um governo que promoveu a maior transferência de riqueza do trabalho para a banca. Hoje sabemos para quê os bancos tinham tantos políticos e familiares destes a viver à sua conta.

Mas foi preciso vir o BCE para dizer o óbvio, aquilo que o país não quis ver, que a promiscuidade entre interesses contraditórios é inaceitável e perigosa.


Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Luís Montenegro, líder da geringonça da direita

Alguém do PS pediu a Montenegro que salvasse o seu governo? Tanto quanto se sabe é um PSD à beira de se afogar que se agarra a duas tábuas que flutuam graças ao acordo com o PS, o BE e o PCP.

«Episódio da TSU pode repetir-se. PSD avisa que vai analisar casos mas não vai ser tábua de salvação. Política salarial tem "pés de barro" e salário mínimo é "excessivo" ou não era preciso compensação.

O PSD juntou-se à esquerda e isolou o Governo no chumbo da redução da TSU para as empresas, mas a coligação negativa que baralha as contas a António Costa pode não se ficar por aqui. Na calha estão outros temas em que BE e PCP já mostraram ser contra, como é o caso das parcerias público privadas (PPP) na saúde e a regulamentação sobre a Uber e a Cabify (já aprovada em Conselho de Ministros), onde o PSD pode vir a ser peça-chave. Os sociais-democratas garantem agora que estão disponíveis para “discutir as matérias todas no Parlamento, mas não para sermos a tábua de salvação do Governo”.

“Querem discutir as PPP na Saúde? Vamos a isso. Querem discutir a política de transportes? Vamos. Querem discutir a política salarial? Vamos. O PSD tem liberdade total para decidir e para refletir sobre o que é melhor para o país, e está disponível para discutir todas as matérias no Parlamento, mas não vai servir de muleta nem vai ser a tábua de salvação de um primeiro-ministro que não consegue apoio onde disse que o tinha”, disse esta quinta-feira o líder parlamentar Luís Montenegro aos jornalistas, no final de uma reunião entre os deputados da bancada do PSD, quando questionado sobre se o PSD se preparava para repetir o esquema desta quarta-feira, que fez cair no Parlamento uma norma já aprovada pelo Governo em sede de concertação social.» []

 Não há nações sem fronteiras



Trump, o descendente de escoceses pobres, devia explicar isso aos povos nativos da América do Norte e mesmo aos mexicanos. Já nem vale a pena recordar que o Texas, o Novo México e a Califórnia já foram território mexicano, isto é, os EUA apropriaram-se de mais de metade do território do México.

      
 José Eduardo Martins desafia Passos Coelho
   
«Aos 47 anos, José Eduardo Martins, advogado, ex-secretário de Estado do Ambiente e antigo deputado, diz que está habituado a errar no timing. “Chego sempre atrasado ou adiantado, mas é a vida, não tem problema nenhum”, assume o actual coordenador do programa autárquico do PSD para Lisboa, quando a Antena 1 o questiona sobre vir um dia a ser líder do PSD.

Em entrevista à Antena 1, o ex-governante que se assumiu como uma voz crítica no partido, garante que não está a fazer “o roteiro da carne assada”, nem tem "apoiantes, nem claques, nem aparelho”, mas nem por isso deixa de ter opinião sobre o que se passa no PSD.

E sobre autárquicas, o próximo grande teste, deixa alguns recados. “Quem fixa um objectivo para o partido que não é muito ambicioso e não o consegue, tem de reflectir se foi útil à consecução desse objectivo”. Por outras palavras e sem rodeios: “No lugar de Pedro Passos Coelho, se tivesse fixado esse objectivo e não o conseguisse, demitia-me.”» [Público]
   
Parecer:

É óbvio que Passos Coelho acredita que o diabo o vai levar a primeiro-ministro e não cede.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Força Passos.»
  
 México mandou Trump à fava
   
«O Presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, cancelou a visita aos Estados Unidos, que estava marcada para terça-feira da semana que vem. Na origem da decisão estão as declarações feitas esta quinta-feira por Donald Trump: “Se o México não quer pagar por este muro tão necessário, então é melhor cancelar o encontro”.

O chefe de Estado americano assinara, na quarta-feira, um decreto presidencial para a construção do muro entre os dois países, como medida para travar a entrada de imigrantes mexicanos nos EUA. Peña Nieto criticara a medida.» [Público]
   
Parecer:

Esperemos para ver quem é o seguinte.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Martin Schulz à frente da Alemanha?
   
«O social-democrata Martin Schulz está empatado com Angela Merkel nas preferências dos alemães, com 41%, a oito meses das eleições legislativas.

Este é o resultado de uma sondagem da televisão ARD, conduzida na quarta-feira, um dia depois de ter sido anunciado que será Schulz o candidato do Partido Social Democrata (SPD) a chanceler e não Sigmar Gabriel, o ministro da Economia e vice-chanceler do governo da grande coligação com os democratas cristãos da CDU, liderada por Angela Merkel.» [Público]
   
Parecer:

Seria uma boa notícia para Portugal.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

 25 dias de férias
   
«O PS concordou esta quinta-feira com o princípio de repor os 25 dias de férias diminuídos em 2012 para 22, desde que negociados em concertação social ou entre Governo e sindicatos da função pública. No debate parlamentar sobre iniciativas similares de comunistas e bloquistas e do deputado único do PAN, o socialista Rui Riso assumiu que a sua bancada “está, em princípio, de acordo, globalmente, com aquilo que foi dito”, embora sem assumir o sentido de voto de sexta-feira, aquando do posicionamento dos deputados sobre os projetos de lei.

“Estranhamos que o CDS considere que as férias são excessivas. Além de descanso e de repouso, são também para reforço dos laços dos trabalhadores com familiares e grupos mais vastos em que se integrem, gerando sentimento de pertença à família, à comunidade e tudo o resto”, defendeu o deputado do PS. Segundo Rui Riso, há que dividir as iniciativas em “dois grupos diferentes”: a negociação da reposição dos 25 dias de férias para todos entre Governo, patrões e sindicatos e a majoração pela idade na função pública entre o executivo e as organizações de trabalhadores daquele setor.» [Observador]
   
Parecer:

Menos uma canalhioce de um Passos Coelho que nunca fez nada na vida.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»