Jumento do Dia
Não admira que Vital Moreira seja um defensor do corte de rendimentos, quando Passos o fez defendeu que corar de forma unilateral os vencimentos dos funcionários públicos era constitucional. Na ocasião só esqueceu de dizer até que limite ele considerava essa prática constitucional, não se percebendo se iria até aos 100%.
Agora ve-se manifestar contra a devolução de rendimentos, prosseguindo a sua viagem ideológica desde os tempos do PCP. Enfim, ode irá parar Vital Moreira?
«Vital Moreira lamenta que o Governo de António Costa tenha decidido cortar no investimento público, “o que condiz melhor com opções políticas de sinal contrário” à Esquerda.
No blog Causa Nossa, o constitucionalista admite que “não havendo dinheiro para tudo, houve obviamente que fazer escolhas políticas”. Mas terá sido tomada a decisão mais acertada?
“Decididamente, o fim antecipado da austeridade nos rendimentos foi conseguido à custa de uma severa austeridade no investimento público. O tempo dirá se foi a opção certa...”.» [Notícias ao Minuto]
Quem manda nos comandos?
«A procuradora Cândida Vilar, do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, recebeu o depoimento do tenente-general Faria Menezes por carta, há duas semanas. O Comandante das Forças Terrestres tinha sido chamado para ser ouvido, como testemunha, no inquérito às mortes dos dois instruendos do curso 127 dos Comandos, mas optou por fazê-lo por escrito, algo a lei o permite dada a posição que ocupa na hierarquia militar.
Na carta, Faria Menezes garantiu ao Ministério Público que mandou suspender todas as atividades físicas do curso para o dia seguinte à morte do furriel Hugo Abreu, a primeira vítima mortal no Campo de Tiro de Alcochete, num domingo em que as temperaturas atingiram os 40 graus. “Sem prejuízo da continuação do 127º curso de Comandos, decisão a avaliar posteriormente pelo Comando do Exército, cancelei toda a instrução prevista em horário do dia seguinte (5 de setembro de 2016), resultando assim no encerramento definitivo da Prova Zero”, escreveu o general na carta de 5 páginas.» [Expresso]
Parecer:
Isto é mais feio do que se pensava, parece que no regimento de comandos são so sargentos que mandam.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se.»
Júdice candidato a Lisboa?
«A hipótese de o PSD vir a fechar uma coligação com o CDS para apoiar Assunção Cristas em Lisboa está praticamente afastada, apurou o PÚBLICO. Os sociais-democratas trabalham numa solução em que avançam sozinhos, com listas próprias a todos os órgãos. Um dos nomes que está agora em cima da mesa é o do advogado José Miguel Júdice, mas Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Clube de Portugal, também deverá integrar a lista à câmara e com destaque.
À margem de um pequeno-almoço hoje, em Cascais, o coordenador autárquico do PSD, Carlos Carreiras, assumiu que o candidato social-democrata à capital está já em processo final de decisão e revelou que terá notoriedade. "A candidatura que estamos a trabalhar vai lutar pela vitória. O que falta para o nome estar fechado é a convergência das propostas do candidato com as do partido", afirmou, sem comentar nomes. "Não será provável que seja uma mulher, mas pode ser. Se eu puder anunciar Lisboa em Fevereiro, anunciarei", afirmou ainda.» [Público]
«José Miguel Júdice diz que é "um disparate" falar do seu nome como potencial candidato à Câmara de Lisboa. O advogado, ex-militante do PSD e ex-bastonário da Ordem dos Advogados, lamenta "que ninguém tenha tido a gentileza de (lhe) perguntar se estava disponível" e tenha avançado para um teste, "como se faz às margarinas".
A notícia de que José Miguel Júdice era uma hipótese foi dada esta manhã pelo "Público". Mas o advogado garante ao Expresso: "Não sou candidato a coisa nenhuma. Não é aos 67 anos que vou entrar na política e graças a Deus não preciso de publicidade".» [Expresso]
Parecer:
Seria a anedota do ano, mas parece que primeiro lançam o nome das pessoas e depois logo se vê.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao PSD se vai instalar a sede da candidatura nas Ilhas Cayman ou na cidade do Panamá.»
[Alguns] contribuintes vão ter mais dinheiro
«Confirmado o envio para publicação em Diário da República das novas tabelas de IRS para 2017, o secretário de Estado para os Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, garantiu esta sexta-feira à TSF que, apesar da actualização de 0,8% da taxa de retenção na fonte do IRS, os contribuintes vão “ter mais dinheiro disponível”.
Os limites dos cinco escalões de IRS foram actualizados em 2017 em 0,8%, “em função da inflação registada”, disse o secretário de Estado, confirmando o que o PÚBLICO já tinha noticiado na quinta-feira. “Todos os escalões de retenção na fonte foram actualizados em 0,8% e todos os restantes escalões na sobretaxa, e portanto essa actualização também significará para algumas pessoas um aumento de rendimento”, acrescentou em declarações à TSF.» [Público]
Parecer:
O secretário de Estado parece considerar que os contribuintes são uma média, a verdade é são muitos os contribuintes que continuam em regime de austeridade.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Ninguém confia no Trumponov
«jornal israelita "Yediot Ahronot" avançou esta quinta-feira que os serviços de informação norte-americanos têm estado a aconselhar os homólogos hebraicos a não partilharem informações secretas com a administração de Donald Trump, sob pena de estas chegarem ao Irão e a outros rivais do Estado hebraico por causa das suspeitas ligações do Presidente eleito ou de pessoas que lhe são próximas ao Governo russo de Vladimir Putin.
De acordo com o jornalista de investigação Ronen Bergman, que assina o artigo em causa, as preocupações têm sido manifestadas em encontros privados e têm por base a suspeita de que Trump e/ou membros da sua equipa têm mantido ligações à Rússia, cujos serviços de informação estão associados às secretas iranianas.» [Expresso]
Parecer:
A coisa está feia e confusa.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
E agora Ti Costa?
«A maioria dos portugueses é favorável à nacionalização do Novo Banco... se tiver de ser. No estudo de opinião de janeiro da Eurosondagem para o Expresso e a SIC perguntou-se o que deve o Governo fazer caso não surja uma proposta de compra lucrativa para o antigo BES.
A resposta foi inequívoca: 52,5% dos inquiridos entendem que se deve avançar para a nacionalização, contra 28,5% que defendem que, nesse caso, o banco deveria ser liquidado. Que o assunto não é simples demonstra-o o facto de 19% terem dúvidas ou não saberem mesmo qual a resposta a dar.» [Expresso]
«A maioria dos portugueses é favorável à nacionalização do Novo Banco... se tiver de ser. No estudo de opinião de janeiro da Eurosondagem para o Expresso e a SIC perguntou-se o que deve o Governo fazer caso não surja uma proposta de compra lucrativa para o antigo BES.
A resposta foi inequívoca: 52,5% dos inquiridos entendem que se deve avançar para a nacionalização, contra 28,5% que defendem que, nesse caso, o banco deveria ser liquidado. Que o assunto não é simples demonstra-o o facto de 19% terem dúvidas ou não saberem mesmo qual a resposta a dar.» [Expresso]
Parecer:
Lá se vai o negócio do rapazinho.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao Ti Costa.»
Outra sondagem
«O PS continua a ganhar terreno para o PSD, dispondo de uma vantagem que se situa agora nos 16 pontos percentuais. A sondagem da Aximage para o Negócios e o Correio da Manhã mostra que, em Janeiro, as intenções de voto nos socialistas cresceram 1,6 pontos percentuais face ao mês anterior para um total de 41,7%.
Em sentido inverso, o PSD regista a maior queda entre os principais partidos do especto político nacional, com os social-democratas a recuarem 2,3 pontos percentuais para 25,1% das intenções de voto. Trata-se mesmo da maior queda do partido liderado por Passos Coelho desde a quebra de 2,6 pontos registada entre Março e Abril do ano passado.
Pelo seu lado, o Bloco de Esquerda recupera alguma da margem perdida com um crescimento de quase um ponto para 9,1%, o que permite aos bloquistas consolidarem-se como a terceira força política.
Já a CDU (coligação entre PCP e Verdes) perde terreno para o Bloco e vê o CDS aproximar-se. A coligação liderada por Jerónimo de Sousa cede meio ponto para os 6,9%, com os centristas a crescerem ligeiramente para os 6,8%. O estudo da Aximage aponta ainda para uma diminuição da abstenção, que cai dos 35,7% registados em Dezembro para 33,5% no presente mês.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
A vantagem do PS sobre o PSD já vale dois CDS.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a passos que analise estes dados na sua newsletter diária.»