terça-feira, janeiro 03, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Deputado Amorim

Só mesmo o truculento Amorim teria imaginação suficiente para ver uma manobra do PS visando derrubar Passos Coelho. Criativo e imbecil, só ele é que não percebe que a última coisa que o PS quer é qeu Passos Coelho se vá embora.

«O vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Carlos Abreu Amorim saiu em defesa de Passos Coelho, insurgindo-se contra os críticos do líder social-democrata. Abreu Amorim garantiu, numa longa publicação na rede social Facebook, que “aqueles que exigem uma mudança de líder estão a cumprir, alguns sem o saberem, os ditames estratégicos de Costa que só espera por essa oportunidade para se solidificar no poder”.

O deputado começou por salientar que nos últimos meses se tem agravado “uma feroz campanha mediática” contra o líder dos sociais democratas que pretende “convencer, à pressão, que Pedro Passos Coelho não tem futuro político e que a sua presença na liderança do PSD empobrece as hipóteses de regresso ao poder da atual Oposição”.

Abreu Amorim salientou que “nada disto é novo” e que a tentativa que reza o fim próximo de Passos Coelho é antiga, mas “falhou sempre”. Lembrou ainda que em 2010, quando Passos chegou à liderança “muitos dos inteligentes de serviço (ancorados em sondagens igualzinhas às de agora) juravam que não conseguiria vencer o PS de Sócrates e que nunca seria primeiro-ministro”.» [Observador]

 O PS faz bem em apoiar Rui Moreira no Porto?

Cada vez que Rui Moreira recorre ao discurso miserabilista da capital do norte com a do país interrogo-me se o PS faz bem em deixar de ter agenda própria numa cidade que durante muitos anos governou, para apoiar um populista que pouco ou nada fez, pouco ou nada fa e que se limita a pavonear-se e a repetir o discurso miserável de algumas personalidades populistas, como sucedeu recentemente com a comparação do porto de Lisboa com o de Leixões.

Este imbecil acha bem que a frente ribeirinha da capital seja uma estrada por devem circular centenas de camiões de e para o porto de Lisboa, transportando mercadorias perigosas pelo centro de uma capital ou dezenas de milhares de produtos a granel.

Se o PS apresentasse uma candidatura própria e perdesse, não perderia mais do que uma autarquia, que cômputo geral vale tanto como Castro Marim. Mas ao apoiar este populista o PS perde toda a sua identidade e, muito provavelmente, vai estar associado a um incompetente e dessa forma perder o Porto por muitos e bons anos.

 O Regresso do Garganta Funda do regime

Durante muito tempo Marques Mendes fez de informador do regime, era o "garganta Funda" oficioso do governo de Passos Coelho, que se servia dele para ir testando a opinião pública com fugas de informação convenientes. Com a queda de Passos o tempo de antena de Marques Mendes  na SIC perdeu qualidade e interesse.

Mas eis que ainda há uma ilha do PSD com informação confidencia, à falta de Passos Coelho parece que Marques Mendes passou a ser o Garganta Funda do Sr. Costa, do BdP. O problema é que as inconfidência do banco em relação ao Novo Banco podem custar muitos milhões ao país. Só mesmo neste país cheio de bandalhos é que um qualquer Marques Mendes vem para a televisão divulgar o que o governador do bano central vai fazer.

Uma vergonha para o país, para o BdP e para o seu governador.

 Cavaco, Marcelo e a mensagem de Ano Novo

Os discursos foram muito parecido, mas Marcelo não parecia ter engolido uma esferográfica, não precisou de teleponto e não parecia ter a boca cheia de favas. em tudo o resto Marcelo fez um discurso igual aos de Cavaco.

Antes da mensagem de Ano Novo foi possível ver outra diferença, enquanto Cavaco dava banhos de multidão encenados por autarcas amigos, Marcelo deu um banho na Praia da Rainha, em Cascais. Com isso fez esquecer uma mensagem de Ano Novo que depois de intervenções ao ritmo de duas ou três por dia já ninguém prestou a mais pequena atenção.

      
 Se vivesse no Porto votava 
   
«Miguel Seabra, líder da concelhia do PSD Porto, garante que até agora ainda não foi feito o convite formal a Álvaro Santos Almeida para ser o candidato do partido à segunda Câmara do país, situação que deverá ocorrer em meados de janeiro, após o nome do docente da Faculdade de Economia da Universidade do Porto ser confirmado, esta semana, ao nível concelhio e na próxima semana na distrital.

Álvaro Santos Almeida é o nome mais insistentemente apontado desde novembro nos meandros do partido para tentar travar a recandidatura do independente Rui Moreira, já apoiada pelo CDS e a que se deverá aliar o PS, parceiro de coligação pós-eleitoral na Câmara do Porto que não deverá ir a votos.» [Expresso]
   
Parecer:
Entre um populista inútil, incompetente e irritante e Álvaro Santos Almeida não teria a mais pequena dúvida em votar no candidato do PSD:
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «lamente a escolha preguiçosa do PS no Porto, sinal da perda de qualidade dos seus líderes locais.»
  
 Outra vez a maldita declaração de rendimentos
   
«António Domingues estava disponível para continuar na Caixa até ao final de janeiro, dando tempo ao BCE para aprovar a administração de Paulo Macedo, mas quando foi convidado por Mário Centeno, apenas dois dias antes da saída, avisou que o governo teria de garantir que o prolongamento seria juridicamente enquadrado ao abrigo da mesma legislação que regeu o contrato original — ou seja, antes de a 1 de janeiro de 2017 os gestores da Caixa terem passado, de forma clara, a ter de entregar os rendimentos ao Tribunal Constitucional. Mais do que a entrega de uma nova declaração, o que estava em causa para Domingues era não perder a razão que acredita ter no polémico caso das declarações que se arrastou ao longo do ano passado e culminou com a sua saída do banco público.

Domingues entregou junto do Tribunal Constitucional a declaração de rendimentos, no ano passado, mas fê-lo ao mesmo tempo que fazia uma defesa de que, na sua opinião, não teria de o fazer. O caso está a ser apreciado pelos juízes do Palácio Ratton. Neste contexto, quando Mário Centeno telefonou a António Domingues, na quinta-feira (29), enquanto Domingues estava fora, em férias, o agora ex-presidente da Caixa avisou: aceitava ficar mas não seria, em termos simples, “apanhado na curva” e não iria aceitar um contrato em novos termos — caberia ao governo encontrar forma legal de o fazer.» [Observador]
   
Parecer:

Até parece que António Domingues não quer "sair" da CGD, agora que a sua saída é certa. parece que aceitava ficar mais um mês mas sem de entregar a maldita declaração de rendimentos, isto é, pretendia que o governo o autorizasse a ser uma excepção à lei. Quando será que os nossos gestores aprendem que não estão nem acima da lei, nem das regras da democracia?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se o espectáculo.»