Jumento do Dia
"Diz o roto ao nu", é o mínimo que se pode dizer de um Gaspar que acusa os políticos de não cumprirem os défices que prometem. Ele cumpriu alguma meta orçamental enquanto foi ministro, mesmo recorrendo a cortes inconstitucionais de salários e pensões?
«A culpa da derrapagem nas contas e na violação sistemática das regras orçamentais por vários países da zona euro é dos políticos. São os governos que não cumprem os planos que traçaram e acabam por ter défices e dívidas acima do previsto. Dito assim, não é um resultado que surpreenda muito quem tem acompanhado o debate sobre a austeridade dos últimos anos. Mas surge agora, pela primeira vez, quantificado no estudo “Fiscal Politics in the Euro Area”, publicado esta segunda-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, da autoria de Vítor Gaspar, Luc Eyraud e Tigran Poghosyan.
O estudo, que não é um relatório oficial do Fundo embora seja assinado por Gaspar, que é diretor do Departamento de Assuntos Orçamentais, calcula por exemplo que o défice falha a meta em cerca de 1,5 pontos no primeiro ano e por dois pontos ao fim de três anos e que isso se deve à má execução do plano traçado. Embora os governos até fixem objetivos condizentes com as regras europeias, acabam por não os cumprir. Face ao que estava previsto, a execução derrapa em dois pontos a mais no primeiro ano e quatro pontos ao fim de três anos.» [Expresso]
A voz do dono
Idiota
«O Presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu nesta segunda-feira no Twitter que o caos registado nos aeroportos americanos depois da ordem executiva para impedir a entrada de refugiados e de cidadãos de sete países se deveu a problemas informáticos e aos manifestantes.
“Apenas 109 em 325 mil [pessoas] foram detidas para interrogatório. Os grandes problemas nos aeroportos foram provocados pelo sistema informático da Delta, pelos manifestantes e pelas lágrimas do senador [Chuck] Schumer”, escreveu Donald Trump no Twitter, acrescentando que o secretário de Segurança Nacional, John Kelly, garantiu que a implementação das novas medidas está a decorrer “com muito poucos problemas”.» [Público]
Parecer:
Este Trump roça o idiota, primeiro foi a página em espanhol que desapareceu por causa dos problemas informáticos, agora estes são a causa do caos nos aeroportos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a meecida gargalhada.»
Começam a estar "à rasca"
«O presidente executivo da Starbucks prometeu contratar mais de 10 mil refugiados ao longo dos próximos cinco anos, em resposta ao decreto presidencial assinado por Donald Trump na última sexta-feira, que suspende a entrada de refugiados durante 120 dias e de cidadãos de sete países de maioria muçulmana.
“Há mais de 65 milhões de cidadãos no mundo que são reconhecidos como refugiados pelas Nações Unidas, e estamos a desenvolver planos para contratar 10 mil deles, durante cinco anos, em mais de 75 países em todo o mundo”, escreve Howard Schulz, presidente executivo da cadeia de alimentação, numa nota enviada aos seus trabalhadores em que expressa a “grande preocupação” que sente.» [Público]
Parecer:
É óbvio que mais tarde ou mais cedo os EUA enfrentam um boicote à escala nacional.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
Estágios?
«A lei só prevê um ano de estágio, mas já passaram dois anos desde que 886 inspectores tributários estagiários estão em “período experimental” no fisco. Os formandos entraram este mês no terceiro ano de formação e não sabem quando é que o curso vai terminar. Nem o próprio Ministério das Finanças consegue apontar uma data para o fim de um processo que, nas palavras do presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Inspecção Tributária e Aduaneira (APIT), Nuno Barroso, se arrasta por “inércia dos responsáveis” do fisco.
Em condições normais, os estagiários aprovados já teriam entrado efectivamente na carreira de inspector, mas o processo tem-se prolongado indefinidamente. Os atrasos estão a gerar desconforto interno, ao ponto de o caso já ter motivado queixas ao Provedor de Justiça. Ao PÚBLICO, José de Faria Costa confirmou ter recebido reclamações que “deram origem a um procedimento de queixa”. Sem se pronunciar sobre o caso, nem especificar se foram pedidos esclarecimentos ao Ministério das Finanças, o Provedor fez saber que “o tratamento das queixas, nesta fase, envolveu diligências instrutórias informais, encontrando-se em apreciação”. O caso também já chegou ao Parlamento, com o Bloco de Esquerda (BE) a questionar o Ministério das Finanças sobre o que se está a passar.» [Público]
Parecer:
Parece que para os recursos humanos de alguns serviços do Estado não há lei, em vez disso há a prepotência dos seus dirigentes.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»