domingo, janeiro 29, 2017

Semanada

Com as intenções de voto no PSD a entrar na casa dos 20% Passos Coelho sentiu a corda ao pescoço, começaram a multiplicar-se as iniciativas dos seus opositores, até o Rui Rio deu um ar da sua graça. Foi o suficiente para Passos Coelho abandonar a pantominice do primeiro-ministro no exílio, passando a assumir  ou a tentar assumir o papel de líder da oposição. O problema de Passos é que o seu único projecto são as medidas que adoptou no passado, ainda que na ocasião não assumisse a sua responsabilidade, dando as culpas a Sócrates e ao memorando. Passos é mais um ex-governante exilado que conduz uma guerra de guerrilha do que um líder da oposição. Não tem qualquer projecto e limita-se a atacar em função das circunstâncias.

Ainda que ninguém tenha dado grande importância ao assunto, o país assistiu a um verdadeiro momento PREC. Como líder da Intersindical a sugerir que o líder da UGT é um sindicalista dos tempos dos sindicatos amarelos do regime fascista. Não se estranha que Arménio Carlos pense assim, na verdade é isso e muito pior o que ele e todos os militantes e dirigentes do PCP pensam. O que se estranha é o descuido, ao longo dos anos o PCP aprende a ter um discurso público e um discurso privado, desta vez o Arménio Carlos esqueceu-se que não estava numa reunião interna do partido e não teve cuidado ao dizer o que lhe vai na alma.

Trump não que deixar terroristas e dedicou impedir a entrada de cidadãos de alguns países de maioria muçulmana. O problema é que escolheu o Irão do costume mais alguns países muçulmanos que graças à política externa dos EUA estão à beira do colapso ou já não existem. Na verdade todos os terroristas do 11 de Setembro poderiam voltar a entrar nos EUA pois os muçulmanos terroristas ricos da Arábia Saudita ou dos Emiratos continuam a ser bem-vindos aos EUA. A medida é mais uma fanfarronice do imbecil.

Paulo Macedo foi obrigado pelo BCE a quebrar o seu vínculo com o BCP, um mero formalismo pois de deixar a CGD o bom filho retornará à casa dos pais. Mas o mais curioso é que a decisão do BCE passou quase despercebida, muitos dos admiradores de Paulo Macedo, que nunca viram no gestor senão qualidades optaram pelo silêncio. Enfim, quando se mexe na caca começa a cheirar mal.