De acordo com a Wikipedia o “Bullying é um termo utilizado para descrever actos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, tiranete ou valentão) ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder”.
Se considerarmos a forma como o nosso Álvaro tem sido tratado pelos seus colegas de Governo chegaremos à conclusão de que o nosso superministro da Economia e de mais meia dúzia de pastas está a ser vítima de bullying. Não faltam os tiranetes ou valentões (bully) que se dedicam a achincalhá-lo ou a tirarem-lhe os pertences, o Álvaro é maltratado em pleno conselho de ministros e depois é alvo de chacota pelos colegas que contam os pormenores aos jornalistas. Não há colega do governo que não lhe tire competências, um dia é o Portas, no outro é o Gaspar, qualquer dia aparece o Moedas a chamar a si a pasta da economia.
Quando se pretende gozar escolhe-se o Álvaro, quando se quer bufar para os jornalistas o que se passou nas reuniões mais reservadas conta-se uma do Álvaro, quando se pretende aumentar o poder roubam-se as competências ao Álvaro. O Álvaro é vítima de uma nova forma de Bullying, o bullying político praticado pelos seus pares no governo, assim como as crianças são vítimas de bullying nas escolas, o Álvaro é vítima dos maus tratos físicos e psicológicos infligidos pelos seus colegas de governo.
O Álvaro ainda sofre mais do que os estudantes vítimas do bullying, enquanto a violência entre crianças é praticada longe da vista dos professores, no caso do Álvaro tudo se faz à frente do primeiro-ministro e, piro do que isso, com o apoio deste. O Gaspar decide tirar o QREN ao Álvaro de uma forma tão descarada que até deixou alguns colegas incomodados e o que fez o Passos Coelho? Chegou a Lisboa, disse que o Álvaro não era de confiança e deu o controlo dos dinheiros comunitários ao Gaspar!
Tiraram-lhe a AICEP e o Portas até goza com ele indo às inaugurações dos centros tecnológicos ou anunciando investimentos, tiraram-lhe o emprego jovem, arranjaram-lhe um assessore de imagem para lhe dizer quando deve fazer a barba, roubaram-lhe o investimentos europeu no emprego de jovens e agora tiram-lhe o QREN. É como se a um jovem estudante os colegas roubassem o boné, o almoço, a mesada e ainda lhe dessem um pontapé no cu.
A situação começa a ser tão grave que já deixou de ser ridícula para passar a merecer a atenção dos portugueses, o ministro que provocava o riso desperta agora sentimentos de solidariedade, aquilo que parecia um caso de incompetência tornou-se num case study da psicologia política. Não fica bem a um governo tratar assim um ministro, o normal quando um primeiro-ministro se arrepende das suas escolhas é remodelar o governo.
O Álvaro está a ser vítima de bullying por parte dos seus colegas de governo e o primeiro-ministro não só parece aprovar este comportamento por parte dos seus ministros como em vez de proteger o Álvaro ou por o substituir opta por o manter no governo forçando-o a ser ministro sem competências. Os ministros praticam bullying, o primeiro-ministro poder ser acusado de assédio moral no trabalho. Se um governo trata assim um dos seus imagine-se o que pode vir a fazer aos portugueses.