quinta-feira, março 08, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Bairro Alto, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Algés [A. Cabral]
  
A mentira do dia d'O Jumento
 
  
O Jumento não só confirma que não há qualquer conflito entre o Gaspar e o Álvaro, como mostra na imagem a cortina de fumo de que o mini-ministro da Economia e Emprego que o mini-jornalista do "i" explicou como tendo por objectivo impedir o segundo de desmamar os proxenetas do Estado.
 
O Álvaro não só não ficou zangado com o Gaspar como ainda lhe agradeceu com uns copos e um par de charutos a boa vida que este lhe deu. Quanto a abandonar o governo o Álvaro confidenciou ao Jumento "Nesta altura do ano? Nem pensar, porra que agora faz um frio de rachar no Canadá" e acrescentou "esperemos que as rezas e ladaínhas da gaja do Portas continuem a falhar, este tempo está uma maravilha, enquanto estiver assim garanto que fico no governo!".

Jumento do dia


Álvaro

Com ou sem cortinas de fumo a partir de hoje aquele que era um super ministro e vinha do Canadá com a grande tarefa de ensinar os portugueses a comer à mesa foi transformado numa espécie de quarto secretário do Gaspar, o já quase presidente do conselho de ministros onde um Passos Coelho é cada vez mais uma marioneta.


O que incomoda em Gaspar não é o ridículo das suas intervenções ou aquilo a que se sujeita, é ficarmos a saber da pouca grandeza humana dos que nos governam, se é que a palavra governar pode ser usada.
 
 Passos Coelho no seu melhor

Já se percebeu como Passos Coelho convenceu o pobre Álvaro a permanecer nesta Bounty governamental, mostrou-lhe que não seria ele a única vítima da ambição do poder, o próprio primeiro-ministro cedia a Gaspar uma boa parte das suas competências. O Gaspar queria controlar o QREN por ter do Álvaro a mesma opinião que a generalidade dos portugueses, mas Passos Coelho deu-lhe muito mais, criou um mini conselho de ministro para gerir todos os fundos.


A partir de agora o Gaspar já pode dizer que tem tantos poderes como tinha Salazar quando era ministro das Finanças durante o governo da Ditadura Nacional. Próximo passo? Substituir Passos Coelho com o apoio dessa União Nacional chamada PSD.
 
 Um discurso a recordar

O de Oliveira Salazar quando tomou posse como ministro das Finanças do governo da Ditadura Nacional, compare-se com aquilo a que estamos a assistir:

«Duas palavras apenas, neste momento que V. Exa., os meus ilustres colegas e tantas pessoas amigas quiseram tornar excepcionalmente solene.
 
Agradeço a V. Exa. o convite que me fez para sobraçar a pasta das Finanças, firmado no voto unânime do Conselho de Ministros, e as palavras amáveis que me dirigiu. Não tem que agradecer-me ter aceitado o encargo, porque representa para mim tão grande sacrifício que por favor ou amabilidade o não faria a ninguém. Faço-o ao meu País como dever de consciência, friamente, serenamente cumprido.
  
Não tomaria, apesar de tudo, sobre mim esta pesada tarefa, se não tivesse a certeza de que ao menos poderia ser útil a minha acção, e de que estavam asseguradas as condições dum trabalho eficiente. V. Exa. dá aqui testemunho de que o Conselho de Ministros teve perfeita unanimidade de vistas a este respeito e assentou numa forma de íntima colaboração com o Ministério das Finanças, sacrificando mesmo nalguns casos outros problemas à resolução do problema financeiro, dominante no actual momento. Esse método de trabalho reduziu-se aos quatro pontos seguintes:
 
a)que cada Ministério se compromete a limitar e a organizar os seus serviços dentro da verba global que lhes seja atribuída pelo Ministério das Finanças;
  
b) que as medidas tomadas pelos vários Ministérios, com repercussão directa nas receitas ou despesas do Estado, serão previamente discutidas e ajustadas com o Ministério das Finanças;
  
c) que o Ministério das Finanças pode opor o seu «veto» a todos os aumentos de despesa corrente ou ordinária, e ás despesas de fomento para que se não realizem as operações de crédito indispensáveis;
  
d) que o Ministério das Finanças se compromete a colaborar com os diferentes Ministérios nas medidas relativas a reduções de despesas ou arrecadação de receitas, para que se possam organizar, tanto quanto possível, segundo critérios uniformes.
  
Estes princípios rígidos, que vão orientar o trabalho comum, mostram a vontade decidida de regularizar por uma vez a nossa vida financeira e com ela a vida económica nacional.
  
Debalde porém se esperaria que milagrosamente, por efeito de varinha mágica, mudassem as circunstâncias da vida portuguesa. Pouco mesmo se conseguiria se o País não estivesse disposto a todos os sacrifícios necessários e a acompanhar-me com confiança na minha inteligência e na minha honestidade – confiança absoluta mas serena, calma, sem entusiasmos exagerados nem desânimos depressivos. Eu o elucidarei sobre o caminho que penso trilhar, sobre os motivos e a significação de tudo que não seja claro de si próprio; ele terá sempre ao seu dispor todos os elementos necessários ao juízo da situação.
  
Sei muito bem o que quero e para onde vou, mas não se me exija que chegue ao fim em poucos meses. No mais, que o País estude, represente, reclame, discuta, mas que obedeça quando se chegar à altura de mandar.
  
A acção do Ministério das Finanças será nestes primeiros tempos quási exclusivamente administrativa, não devendo prestar larga, colaboração ao Diário do Governo. Não se julgue porém que estar calado é o mesmo que estar inactivo.
 
Agradeço a todas as pessoas que quiseram ter a gentileza de assistir à minha posse a sua amabilidade. Asseguro-lhes que não tiro desse acto vaidade ou glória, mas aprecio a simpatia com que me acompanham e tomo-a como um incentivo mais para a obra que se vai iniciar.»

 Houve um alma que entendeu o Álvaro

O Álvaro nunca esteve em conflito com o Gaspar, sempre esteve firme e hirto no governo e as três horas que passou reunido com Passos Coelho foi para convencer o primeiro-ministro de que assim é, tudo o que se disse foi inventado pela oposição que lançou uma imensa cortina de fumo. O Álvaro sempre concordou com as perdas de competências, está feliz porque o Álvaro lhe ficou com o QREN e tudo o se disse é mentira.
 
Ninguém acredita nesta patranha? Não é bem assim, há um homem muito inteligente que é director de um jornal que vale um cêntimo que acredita nesta teoria, é um tal António Ribeiro Ferreira que tem como passatempo preferido escrever editoriais exaltados apelando à substituição da democracia por uma "ditadura nacional":

«Álvaro Santos Pereira foi colocado por Pedro Passos Coelho no enxame das abelhas lusitanas. E o resultado está à vista. Os zângãos não gostaram que um emigrante canadiano pusesse em causa os privilégios, as mordomias, as prebendas e a péssima qualidade do mel produzido. Começaram por dizer que era mau político, só dizia disparates e ainda por cima, qual crime de lesa-pátria num país a fingir, queria que o tratassem por Álvaro. Acabaram, desesperados, a implorar à rainha-mãe que o expulsasse do enxame. Uma coisa é certa. O novo livro do ministro só pode ser editado no estrangeiro. Mas vai ser, de certeza, um bestseller obrigatório.» [i]

 O controlo do QREN pelo ministério das Finanças

É caso para dizer que para o Gaspar foi um pastel de nata.
  
 

Talibans de gabinete

«O anúncio em Bruxelas de um défice orçamental maior do que o previsto soou a uma declaração de independência do governo espanhol: “Uma decisão soberana”, segundo o primeiro-ministro.
  
Mariano Rajoy ocultou informação relevante aos líderes - o seu novo objetivo de défice de 5,8% para este ano, em vez dos 4,4% prometidos pelo anterior governo - para a apresentar minutos depois à saída do Conselho. Falou em derrapagem quando a tinta do Tratado orçamental ainda estava fresca. Contudo, mais do que uma rebelião, o anúncio espanhol é um exercício de prudência, que só parece escapar a alguns talibans de gabinete na Comissão Europeia e BCE.
  
Não há escolhas sem riscos. Os mercados andam anestesiados com a liquidez do BCE e Espanha já obteve cerca de 40% das suas necessidades de financiamento para 2012. Um governo tecnocrático teria provavelmente feito diferente. Mas que sentido tem, para uma economia com 24% de desemprego, sem problemas estruturais de contas públicas (que até à crise tinha excedentes) e com uma forte recessão este ano, fazer um ajustamento de mais de 4% do PIB num ano? Madrid não está sequer a pedir mais tempo para digerir um défice de 8,5% encontrado em 2011. Mantém o objetivo de 3% em 2013 e fará este ano o ajustamento estrutural (sem efeitos do ciclo) que já tinha prometido. Isto com um rácio de dívida 15 p.p. abaixo da média do euro.
  
O que está em causa é adoptar uma terapia de choque ou dividir a medicação por dois anos. Não há sequer sinais de que Berlim ou Paris queiram comprar esta guerra de impor uma decisão tomada com pressupostos muito diferentes, empurrando a quarta economia do euro para uma espiral grega. Até porque a recessão está a abalar as metas de muitos países, não só os pobres mas também dos ricos como a Holanda do triplo A, que deverá ter este ano um défice igual ao de Portugal!
  
A obstinação em Bruxelas justifica-se com a crença de que "foi o cumprimento de regras que permitiu à Espanha acalmar os mercados". É uma narrativa que agrada à CE, porque valoriza o seu papel controlador, mas é falsa. Basta olhar para os gráficos dos diferenciais de risco em 2011: o que salvou Espanha (e o euro) foi a intervenção do BCE nos mercados secundários. Se a estratégia for credível, não há razão para os mercados se alarmarem. E quanto mais agreste, menos credível será.
 
Quando estava debaixo de fogo dos mercados dava jeito a Portugal andar colado a Espanha. Mas hoje o País precisa que o vizinho se aguente: tanto para escoar produtos, como para abrir caminho a alguma discricionariedade na análise económica em Bruxelas da qual Portugal pode vir a beneficiar ainda este ano.» [DE]

Autor:

Luís Rego.
  
 Uma questão de carácter

«Pelos vistos, Álvaro Santos Pereira não está cansado de ser exautorado pelo primeiro-ministro, que já lhe retirou competências em muitas funções e, agora, na coordenação dos fundos comunitários. Anteontem, esteve um par de horas a falar com Passos. Esperava-se que, num assomo de carácter, pedisse a demissão. Não pediu. E saiu cabisbaixo e acabrunhado do triste encontro. Passos Coelho deu-lhe a volta e venceu, pelo menos momentaneamente. Esta quezília de poderes, que originou um conflito mais ou menos aberto entre Gaspar e Pereira, e energicamente desmentido por Passos, fornece uma imagem deplorável do Governo. Tanto mais que as antipatias políticas e individuais, no Executivo, não se limitam àqueles dois. As coisas fiam mais fino. O primeiro-ministro já disse que a "decisão final" da distribuição dos dinheiros cabe a Gaspar. Porém, o patronato não gosta nada deste e enleva-se com o ministro da Economia.
 
Diz quem diz saber que Santos Pereira foi um erro de escolha, ou de casting, na expressiva designação cinematográfica de alguns preopinantes. Ignoro que seja assim. Mas o homem é tendente a tolejos, e reflecte um alucinante desconhecimento da realidade portuguesa e dos portugueses. Como o indígena é cruelmente sarcástico para quem revela debilidades de índole, as inépcias do ministro deram origem a que seja maltratado e, até, injuriado. E ninguém descortina a razão pela qual foi chamado de Vancôver, onde era professor de economias gerais, e os alunos o tratavam, meigamente, por "Álvaro".
 
Há, em tudo isto, um equívoco e uma ambiguidade. Equívoco que se traduz na pergunta: porquê ele?, como se, em Portugal, não houvesse gente capaz. Com que acerto e objectivo foram desinquietar o homem, lá longe, onde fazia uma carreira morosa, certinha e lisa, castamente académica? Ambiguidade porque não pode deixar de causar pasmo os oblíquos impulsos que o levaram a aceitar um cargo penoso, desconhecido e ingrato, para o qual estava pouco fadado. A vontade de ser ministro falou mais forte, é o que se deixa ver, revelando as fragilidades de um temperamento e as vaidades de um espírito débil.
 
Tudo isto é um desconsolo, e anima aqueles que vêem no Governo um pesadelo não climatizado. Pedro Passos Coelho está sozinho em campo, actuando com a cadência de um autocrata. O caso Gaspar-Santos Pereira é significativo. Pena é que o "líder da oposição" se vá consumindo com alegados de segunda categoria, e se disperse numa retórica sem direcção nem sentido. O Executivo, tal como está, desfaz-se em contradições, instabilidades e amuos, mas o PS também não está de boa saúde, a avaliar pelo que acontece na bancada parlamentar e na intriga interna, estimulada por "socratistas" infatigáveis. Num lado e no outro, a questão é, sobretudo, de carácter.» [DN]

Autor:

Baptista-Bastos.
  
 O salazarito

«A lista das tutelas perdidas por Álvaro Santos Pereira é tão longa que a poupo ao leitor. Mais interessante é olhar para quem ganha tutelas: o ministro das Finanças.
  
Vítor Gaspar anexou, em poucos dias, a “supervisão” do QREN e as negociações da GALP, ambas à custa do fragilizado ministro da Economia. E conquistou também, contra o ministro da Educação, a “palavra final” na contratação de professores a prazo. Centralizador, beneficia do troikismo, da demagogia que impôs ministérios enormes, do fogo cruzado de um CDS que ambicionava a Economia e da fraqueza de um Passos Coelho carente da bagagem técnica e da experiência de poder que não lhe faltam a ele.
 
Será conhecido, nas pausas do Conselho de Ministros, como “salazarito”. A comparação é de mau augúrio para os democratas, mas felizmente pouco adequada. É verdade que alguns acreditaram, no final dos anos 20, que a democracia estava em coma mas não morta. E pode até especular-se que, sem Salazar na presidência do Conselho, o regime do 28 de Maio seria outro intervalo sidonista. Mas o regime da troika não é uma ditadura e o passado não se repete.
 
As circunstâncias actuais da Itália e da Grécia, essas sim, reproduzem-se em Portugal. E os respectivos governos são já liderados por eurocratas “independentes”, mais seguros para a finança, o BCE e a Comissão. Passos que se cuide…» [i]

Autor:

Ricardo Alves.

 Goebbels redivivo

«É dos livros que uma grande mentira repetida q. b. acaba promovida a verdade consensual. Nos mesmos livros com muitas páginas escritas a sangue vêm as estratégias sempre usadas para atacar empecilhos à actuação do Estado.
  
O primeiro passo? Colocar esse grupo na mira do ódio e da inveja das maiorias, com duas tácticas: desumanizar o adversário – os judeus foram “Untermenschen”, os tutsis do Ruanda “baratas” – ou apresentá-lo como movido por sinistros propósitos e recipiente de vantagens injustas.
  
Vem este relembrar do óbvio a propósito da recente divulgação das benesses generalizadas de que os trabalhadores dos transportes gozariam: férias sem fim, baixas por inteiro, medicamentos grátis... Aquelas empresas públicas seriam uma espécie de ClubMed povoado por mandriões e chupistas. O artigo do “Diário de Notícias”, publicado durante uma greve, alastrou como fogo num pinhal português. Mas foi preciso que o provedor do leitor daquele jornal corajosamente questionasse a veracidade da coisa para que percebêssemos por fim os seus propósitos. Afinal aquilo era um “argumentário” do governo, reproduzido sem uma verificação que fosse. E seria de “manifesto interesse público”, por exemplo, lançar a confusão entre dias úteis e dias de calendário, para chegar aos miríficos 30 dias de férias da Carris.
  
Nem vale muito a pena classificar o comportamento de um jornal que serve de megafone, mas “de referência”, a propaganda governamental. Urge é deixar de o ler.» [i]

Autor:

Luís Rainha.
   

 Reunião envergonhada do conselho de ministros

«A reunião do Conselho de MInistros de hoje não tem previsto o habitual briefing final. Ao que o DN apurou, haverá apenas um comunicado da reunião.» [DN]

Parecer:

Parece que o aumento de poderes do Gaspar e a transformação do Álvaro em verbo de encher governamental é motivo para envergonhar um governo que receia dar a cara.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
  
 Não há paciência para aturar este "holandês"

«O presidente do conselho de administração da Jerónimo Martins considerou hoje que é preciso acabar com "a mania nacional dos salários dos ricos" e defendeu um maior planeamento das empresas para aumentar a produtividade em Portugal.
 
Alexandre Soares dos Santos falava na conferência de imprensa de apresentação de resultados da Jerónimo Martins (JM), com o grupo a registar um aumento de 21,1 por cento do lucro no ano passado, face a 2010, para 340 milhões de euros.» [Destak]

Parecer:

Se este senhor está a apresentar os resultados da sua empresa que razão o leva a dar lições ao país?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Soares dos Santos se tem feito dentro do Pingo Doce tudo o que tem vindo a defender para o país.»
  
 Gaspar já foi promovido a primeiro-ministro

«A Comissão Interministerial de Orientação Estratégica dos Fundos Comunitários e Extracomunitários foi aprovada hoje num Conselho de Ministros sem direito a perguntas, depois da gestão do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) ter sido objeto de polémica nos últimos dias devido à subalternização do Ministério da Economia na gestão das verbas comunitárias.
  
A comissão vai ser composta pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, Administração Interna, da Economia e do Emprego, da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, da Educação e Ciência e da Solidariedade e da Segurança Social, cabendo a coordenação ao ministro das Finanças, Vítor Gaspar.» [Destak]

Parecer:

Se a comissão tem mais de metade do governo e é presidida pelo Gaspar isso significa que este foi promovido a presidente do conselho para as reuniões do conselho de ministros económico.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Cavaco Silva quando dá posse ao presidente do conselho.»
  
 Merkel preocupada com dívida portuguesa

«A chanceler alemã disse ontem aos deputados do seu partido, a CDU, num encontro à porta fechada, no Parlamento, que está preocupada com o agravamento das 'yields' da dívida pública portuguesa no mercado secundário. "Os prémios de risco [‘yields] das obrigações portuguesas são preocupantes", disseram alguns dos participantes à Reuters, citando Angela Merkel. Em oposição, a líder alemã disse aos deputados que está mais tranquila com a descida das ‘yields' das obrigações de Espanha e de Itália para cerca de 5%.
 
A dívida portuguesa é a única que não consegue aproveitar o efeito Banco Central Europeu (BCE). Frankfurt injectou em Dezembro e Fevereiro mais de um bilião de euros no sistema financeiro europeu. E se os empréstimos a longo prazo (LTRO) aos bancos estão a resultar numa descida das taxas praticadas no mercado secundário para a dívida italiana e espanhola, o mesmo não acontece para as obrigações portuguesas.» [DE]

Parecer:

Enfim, preocupa-se enquanto o governo português continua firme e hirto aa negar a realidade.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Governo mente sobre portagens de Agosto na ponte?

«Por seu lado, o coordenador bloquista acusou o secretário de Estado de não dizer a verdade e de "enganar" o primeiro-ministro, oferecendo-se para entregar ao primeiro-ministro uma cópia do despacho assinado a 21 de novembro, "que determina o pagamento de 4,4 milhões de euros".
 
"Eu fico satisfeitíssimo por estar ´online' com os membros do seu Governo, mas o seu secretário de Estado não diz a verdade, a Lusoponte cobrou, arrecadou, ficou com o dinheiro, o seu secretário de Estado enganou-o duas vezes", disse.» [i]

Parecer:

O argumento agora usado não era o que constava no despacho que deu lugar à indemnização da Lusoponte.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Clarifique-se.»
  
 A nossa banca está a ficar muito generosa

«O BCP também vai aceitar a operação de reestruturação da dívida pública grega, afirmou ao Negócios fonte oficial do banco. A instituição, que tem 718 milhões em obrigações emitidas pelo país, já provisionou 459 milhões em perdas, o equivalente a 65%.
 
O banco liderado por Nuno Amado junta-se ao BPI, que já ontem afirmou que vai participar no perdão de dívida. A instituição presidida por Fernando Ulrich também já provisionou uma perda de 339 milhões de euros nos resultados de 2011.
 
Também a Caixa Geral de Depósitos deverá aceitar o perdão da dívida, segundo afirmou uma fonte do sector à agência Lusa. O banco público registou uma imparidade de 133 milhões de euros na dívida helénica.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Mas são contra a reestruturação da dívida portuguesa.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Cervejeiro espertalhão

«O presidente da Sociedade Central de Cervejas classificou como "erro muito grosseiro" o aumento do IVA para 23% na restauração, com consequências "muito preocupantes", e desafiou, esta quarta-feira, o Governo a recuar e a baixar a TSU.

"Foi um erro muito grosseiro ter-se aumentado o IVA na restauração [de 13 para 23%]. Agora, com mais tempo, peço ao Ministério da Economia que reflita, faça o trabalho de casa e olhe para os projetos alternativos apresentados, de modo a dar um impulso à economia. Recuando, inclusive, na taxa do IVA, quando puder ser", defendeu à Agência Lusa Alberto da Ponte, à margem da assinatura de um protocolo com a autarquia de Vila Franca de Xira. » [Jornal de Notícias]

Parecer:

O homem que ganha milhões à custa das bebedeiras lusas vem defender uma chico espertice, que se desça o IVA nos restaurantes para que ele possa vender mais cerveja e se baixe a TSU. Só não explica como compensar das duas perdas para o Estado que defende para poder aumentar os seus lucros.
 
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada de desprezo.»