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Pátio do Prior, Alfama, Lisboa
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Tejo em tons de prata [A. Cabral]
Jumento do dia
Pedro Passos Coelho
Começa a ser evidente que Passos Coelho é uma espécie de relações públicas do governo cabendo ao Gasparoika o poder efectivo, com o argumento da gestão dos dinheiros o ministro das Finanças vai impondo o seu poder em todos os ministérios e Passos Coelho tem cedido.
O que está em causa na forma como o Álvaro tem sido tratado no governo é muito mais do que uma questão de mais poder ou menos poder, é um problema de dignidade e de total descontrolo por parte de um Gaspaorika que está cada vez mais ambicioso.
O que está em causa na forma como o Álvaro tem sido tratado no governo é muito mais do que uma questão de mais poder ou menos poder, é um problema de dignidade e de total descontrolo por parte de um Gaspaorika que está cada vez mais ambicioso.
Coisas estranhas
Num país onde se odeia os sindicalistas é estranho que um dirigente sindical tenha tanto protagonismo nos jornais e televisões, sendo bajulado por jornalistas e políticos apesar de não dizer nada que mereça a perda de tempo de o ouvir.
Num país onde a classe política detesta sindicatos e sindicalistas é estranho que a tomada de posse dos órgãos de um sindicato seja tão concorrida por colunáveis políticos como a posse de um Presidente da República.
Num país onde os banqueiros odeiam sindicatos é estranho que financiem um congresso sindical.
Num país onde os trabalhadores estão a ser empobrecidos e onde os funcionários públicos já perderam um terço dos seus rendimentos é estranho que um sindicato organize um congresso num hotel de luxo com programa de três dias para acompanhantes, com direito a refeições e cruzeiro pela costa algarvia.
Num país em crise é estranho que um sindicato convide uma dúzia de jornalistas e os instale num hotel de cinco estrelas com deireito a pensaõ completa e programa social.
Tudo isto deixa de ser estranho quando se sabe que o sindicato em causa é ele próprio um sindicato muito estranho, o absurdo sindicato dos magistrados do Ministério Público, uma espécie de magistrados que alguém escolheu para polícias da democracia mas pelo estado da justiça não têm desempenhado esse papel. Pois os nossos ilustres sindicalistas organizaram um congresso de luxo com direito a programa para acompanhantes e com borlas para jornalistas. Até aqui tudo normal, as dúvidas surgem quando se percebe que o congresso tem o patrocínio da banca e de grandes empresas, bem como dos jornais, os tais que têm beneciado de acesso generalizado a processos em segredo de justiça..
Se a moda pega o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos organizarão o seu congresso numa estância de neve da Suíça, o sindicato dos investigadores da PJ poder escolher entre a Bretanha e o hotel de gelo na Finlândia. Qual será o gestor de bom senso que recusará um patrocínio ao pessoal do fisco ou o criminoso que se arma em forreta se o pedido vier da PJ.
Não admira a generosidade do sindicato para com os jornalistas, vem na tradição da generosidade que a justiça portuguesa tem para com os jornalistas, dão-lhe cópias dos processos e um dia destes ainda vão inventar investigações para combater a crise que a imprensa está a atravessar. É evidente que na hora de opinar sobre a escolha do próximo procurador-geral os jornalistas não esquecerão de qual tem sido o grupo de pressão que os tem ajudado e ainda os convida para encher a mula num hotel de cinco estrelas.
Corrupção? Não senhor, corrupção é só o que está previsto no Código Penal. Isto é só pouca vergonha.
Peso Pesado
Este Governo começa a ser semelhante ao concurso dirigido por Bárbara Guimarães, neste caso a beldade é substituída por Passos Coelho no papel de fazer de conta que conduz o concurso, e ao Gasparoika cabe o papel de juri. O ministro que não perca peso medido em despesa pública ou que se revele incapaz de resistir à tentação da doçaria é expulso. Cabe ao Gaspar decidir quem deve ser expulso.
Desta vez o expulso parece ser o Álvaro, mas a seguir irão outros porque a culpa nunca será do Gasparoika por mais que falhe me previsões ou que invente desvios colossais para encobrir a sua incompetência. O problema é que neste peso pesado nem a Bárbara Guimarães, no final o Gasparoika vai concluir que Passos Coelho não tem as pernas da conhecida apresentadora e acusa-o de falhanço na condução do programa, chamando a si o papel de apresentador.
Quando a América fazia tratados em português
«Os americanos podem ter orgulho em Edmund Roberts, o enviado à Tailândia que em 1833 assinou o seu primeiro tratado com uma nação asiática. Mas três séculos antes já Duarte Fernandes se fazia receber na corte do Sião (o antigo nome da Tailândia) para propor a amizade de D. Manuel I. E a prova de que a oferta de 1511 foi levada a sério é que os Estados Unidos tiveram de aceitar o português (a par do chinês) como idioma oficial em caso de disputa sobre o Tratado de Amizade e Comércio. É que nem os americanos entendiam tailandês, nem os tailandeses sabiam falar inglês, apesar do contacto ocasional com os britânicos da Índia.
Mas nesse início do século XIX, o português não resistia apenas como língua franca da Ásia. O tratado escrito em tailandês, inglês, chinês e português continha ainda um artigo que autorizava os Estados Unidos a criar um consulado no Sião se outra nação europeia (com exceção de Portugal) o fizesse. Porquê a ressalva? Porque os portugueses eram há muito presença habitual (Roberts relatou que um tal de Josef Piedade mandava no porto de Banguecoque) e a jovem república americana não ousava exigir um tratamento igual ao do país dos grandes navegadores.
Claro que não tardou muito que fossem os britânicos a mandar nos mares da Ásia, sobretudo depois de conquistarem Hong Kong. E os próprios americanos, ainda tão amistosos na abordagem inicial aos tailandeses, em 1853 já usavam a força dos canhões para impor aos japoneses a reabertura dos seus portos ao comércio externo.
O verdadeiro século português na Ásia tinha sido o XVI, quando a potência de fogo das nossas naus trazia tanto respeito e temor como hoje os porta- -aviões dos Estados Unidos.
O pormenor da versão portuguesa do primeiro tratado americano-tailandês surgiu numa visita de fim de semana ao Museu do Oriente. Instalado num antigo armazém de bacalhau junto ao porto de Lisboa, é um local cheio de peças únicas, desde o mobiliário indo-português, que a corte começou a importar ainda mal Vasco da Gama tinha regressado da viagem de 1498 ao Malabar, até ao capacete metálico de um samurai que imita o formato de um chapéu português do tempo das Descobertas.
Os portugueses foram os primeiros europeus a chegar por mar à Índia, Birmânia, Tailândia, Malásia, China e Indonésia. Em 1543, desembarcaram também no Japão, que tentaram cristianizar. E se havia samurais que nos admiravam, como o do chapéu de metal, outros fizeram tudo para expulsar quem lhes ensinou a usar as armas de fogo.
Tudo isto é passado, mas em época de crise faz bem redescobrir que um pequeno país pode ser uma nação de grande sucesso. E por trás da história estão oportunidades: alguém já reparou que um dos homens mais ricos da Malásia, Tony Fernandez, é filho de um goês e de uma kristang, esses cristãos de Malaca que falam um crioulo do português?» [DN]
Mas nesse início do século XIX, o português não resistia apenas como língua franca da Ásia. O tratado escrito em tailandês, inglês, chinês e português continha ainda um artigo que autorizava os Estados Unidos a criar um consulado no Sião se outra nação europeia (com exceção de Portugal) o fizesse. Porquê a ressalva? Porque os portugueses eram há muito presença habitual (Roberts relatou que um tal de Josef Piedade mandava no porto de Banguecoque) e a jovem república americana não ousava exigir um tratamento igual ao do país dos grandes navegadores.
Claro que não tardou muito que fossem os britânicos a mandar nos mares da Ásia, sobretudo depois de conquistarem Hong Kong. E os próprios americanos, ainda tão amistosos na abordagem inicial aos tailandeses, em 1853 já usavam a força dos canhões para impor aos japoneses a reabertura dos seus portos ao comércio externo.
O verdadeiro século português na Ásia tinha sido o XVI, quando a potência de fogo das nossas naus trazia tanto respeito e temor como hoje os porta- -aviões dos Estados Unidos.
O pormenor da versão portuguesa do primeiro tratado americano-tailandês surgiu numa visita de fim de semana ao Museu do Oriente. Instalado num antigo armazém de bacalhau junto ao porto de Lisboa, é um local cheio de peças únicas, desde o mobiliário indo-português, que a corte começou a importar ainda mal Vasco da Gama tinha regressado da viagem de 1498 ao Malabar, até ao capacete metálico de um samurai que imita o formato de um chapéu português do tempo das Descobertas.
Os portugueses foram os primeiros europeus a chegar por mar à Índia, Birmânia, Tailândia, Malásia, China e Indonésia. Em 1543, desembarcaram também no Japão, que tentaram cristianizar. E se havia samurais que nos admiravam, como o do chapéu de metal, outros fizeram tudo para expulsar quem lhes ensinou a usar as armas de fogo.
Tudo isto é passado, mas em época de crise faz bem redescobrir que um pequeno país pode ser uma nação de grande sucesso. E por trás da história estão oportunidades: alguém já reparou que um dos homens mais ricos da Malásia, Tony Fernandez, é filho de um goês e de uma kristang, esses cristãos de Malaca que falam um crioulo do português?» [DN]
Autor:
Leonídio Paulo Ferreira.
Boas notícias para o Gaspar
«O sector da construção em Portugal está à beira do colapso, e é urgente que o Estado pague as suas elevadas dívidas às construtoras e tome medidas de estímulo ao investimento, caso contrário as falências e o desemprego vão disparar, disse hoje o presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) em entrevista à Reuters.» [DE]
Parecer:
Mais uma.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao Gasparoika.»
Emigrar? Para a Madeira
«"O ano de 2012 será um ano excepcional em termos orçamentais", disse o governante, adiantando que a Madeira "conta receber em 2012 a primeira tranche do empréstimo do Governo da República previsto no programa de ajustamento financeiro na ordem de mil milhões de euros", o que corresponde aos passivos financeiros da Região.» [CM]
Parecer:
Graças ao Gasparoika e ao Passos é o único sítio do país onde há fartura, vão etr mais receitas e só vão começar a pagar daqui a quatro anos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
O Gasparoika também já manda no ministério da Educação
«A autorização para contratar professores a prazo fica dependente de despacho conjunto dos ministros das Finanças e da Educação, que "fixa a quota anual" de contratos a celebrar, de acordo com a proposta enviada aos sindicatos.» [CM]
Parecer:
Aos poucos o Gasparoika manda em todo o governo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Passos Coelho se já combinou com o Gasparoika quando lhe passa o cargo de primeiro-ministro.»
O Álvaro cedeu
«O ministro da Economia esteve esta tarde reunido duas horas com o primeiro-ministro para debater a sua alegada perda de poder na gestão dos fundos comunitários. Álvaro Santos Pereira saiu de São Bento sem prestar declarações, mas deverá manter-se na pasta da Economia. » [DN]
Parecer:
Pobre ÁLvaro, perdeu a oportunidade de sair do governo com um mínimo de dignidade.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Álvaro se ais esperar pela próxima remodelação para ser corrido ou se aceita ser ministro sem pasta.»
Mais uma boa notícia para o Gasparoika
«Cerca de 40% dos portugueses inquiridos numa sondagem da Comissão Europeia diz que não irá de férias este ano. Principal razão: não tem dinheiro para isso. Há cerca de um ano atrás, a proporção era de apenas 7,7%.
Ou seja, em termos absolutos há cinco vezes mais pessoas (mais 400%) que cancelaram planos de férias. Do universo de respostas, 400 pessoas disseram que não terão planos de férias; há um ano era 78 casos.
Atualmente, Portugal lidera este indicador no grupo dos 27 países da União Europeia, ultrapassando até a Grécia (35% diz que não irá de férias).» [Dinheiro Vivo]
Ou seja, em termos absolutos há cinco vezes mais pessoas (mais 400%) que cancelaram planos de férias. Do universo de respostas, 400 pessoas disseram que não terão planos de férias; há um ano era 78 casos.
Atualmente, Portugal lidera este indicador no grupo dos 27 países da União Europeia, ultrapassando até a Grécia (35% diz que não irá de férias).» [Dinheiro Vivo]
Parecer:
Compreende-se, se os portugueses são uns gandulos não merecem ir de férias.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a boa nova ao Gasparoika.»
O trabalhador incansável
«O ministro das Finanças está reunido com o primeiro-ministro em São Bento. Fonte governamental adiantou ao Económico que em cima da mesa esteve o QREN e as polémicas em torno da gestão dos fundos comunitários, depois de Passos Coelho ter reunido esta tarde também com o ministro da Economia. Em causa está a sinalização por parte do líder do Executivo de que será Vítor Gaspar que terá a palavra "decisiva" na reprogramação dos fundos do QREN e que a coordenação dessas verbas permanecerá na Economia.
"É uma reunião de concertação sobre a questão do QREN. Até porque, trata-se de uma questão que importa coordenar face ao debate quinzenal de amanhã no Parlamento", avançou ao Económico fonte governamental.
Instada a confirmar o encontro com o primeiro-ministro, fonte oficial do Ministério das Finanças afirmou apenas que o "ministro está de férias. Tirou um dia de férias", escusando-se a comentar a reunião em São Bento.» [DE]
"É uma reunião de concertação sobre a questão do QREN. Até porque, trata-se de uma questão que importa coordenar face ao debate quinzenal de amanhã no Parlamento", avançou ao Económico fonte governamental.
Instada a confirmar o encontro com o primeiro-ministro, fonte oficial do Ministério das Finanças afirmou apenas que o "ministro está de férias. Tirou um dia de férias", escusando-se a comentar a reunião em São Bento.» [DE]
Parecer:
O culto da personalidade é promovido com estas pequenas notícias, um ministro que só tem um dia de férias e mesmo assim interrompe-o. Por este andar temos candidato a Salazar.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se.»
CDS ajuda o Gaspar
«O CDS-PP questionou hoje o Governo sobre a "derrapagem" de mais de 280 milhões de euros nas parcerias público-privadas (PPP) e o impacto no saldo orçamental, equacionando como será travado este "crescimento insustentável".
"Esta derrapagem de 280,6 milhões de euros estava dentro da margem de erro prevista pelo Governo", questiona o deputado democrata-cristão Hélder Amaral, numa pergunta enviada ao ministério da Economia e Emprego.
Questionando ainda sobre qual o impacto esperado desta derrapagem no saldo orçamental de 2011 e sobre a forma como o Governo pretende travar este "crescimento insustentável com as PPP, que entre 2010 e 2011 aumentaram 659,1 milhões de euros, Hélder Amaral recorda também que as PPP rodoviárias são responsáveis por 83 por cento do total da despesa.» [i]
"Esta derrapagem de 280,6 milhões de euros estava dentro da margem de erro prevista pelo Governo", questiona o deputado democrata-cristão Hélder Amaral, numa pergunta enviada ao ministério da Economia e Emprego.
Questionando ainda sobre qual o impacto esperado desta derrapagem no saldo orçamental de 2011 e sobre a forma como o Governo pretende travar este "crescimento insustentável com as PPP, que entre 2010 e 2011 aumentaram 659,1 milhões de euros, Hélder Amaral recorda também que as PPP rodoviárias são responsáveis por 83 por cento do total da despesa.» [i]
Parecer:
Numa altura em que o Gasparoika quer o controlo do AREN questionando a competência do Álvaro, o CDS vem questionar o ministério da Economis sobre a derrapagem nas parcerias.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «e a Paulo Portas se pediu lume brando ou se mandou o seu grupo parlamentar grelhar o Álvaro.»
Portas pode avançarf para a CM do Porto com independente
«A hipótese de o CDS apresentar uma lista autónoma nas eleições, pondo fim a uma aliança de dez anos, voltou a ganhar corpo com as palavras de Portas, depois de o presidente da concelhia centrista, Pedro Moutinho, a ter admitido por diversas vezes. Perante a eminência de o candidato do PSD vir a ser Luís Filipe Menezes - de quem o presidente centrista nunca foi muito próximo, apesar de em Gaia os dois partidos de direita também estarem coligados na liderança da câmara. Portas considera que o perfil de Rui Moreira encaixa nas pretensões dos democratas-cristãos e seria um bom candidato independente, ainda que ideologicamente mais próximo da direita. Portas é também amigo pessoal de Rui Moreira e, em Junho do ano passado, Portas chegou a interromper a campanha eleitoral para marcar presença na apresentação do último livro do líder da ACP, no Palácio da Bolsa.» [i]
Parecer:
Seria divertido ver o Menezes ser derrotado por um candidato apoiado pelo CDS.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vote-se em Rui Moreira.»