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"Bairro Estrella d'Ouro, de Agapito Serra Fernandes", Graça, Lisboa
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Aldeia de Monsanto [A. Cabral]
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Álvaro
Toda a gente sabe que o Gaspar tirou poder ao Álvaro, foi a comunicação social que deu conta da ameaça do Álvaro se demitir, soube-se que esteve reunido três horas com Passos Coelho e que a ele se seguiram o Vítor Gaspar e Paulo Portas.
Vir agora falar em cortinas de fumo lançadas pela oposição e afirmar o seu empenho no governo é reagir à moda da antiga União Soviética, o Álvaro é que lança uma cortina de fumo tentando negar o óbvio. Enfim, o Álvaro continua ridículo como tem sido o seu timbre desde que tomou posse. A sua demissão é uma questão de tempo, o eu empenho não resistirá a uma remodelação governamental logo que esta seja oportuna. Foi isso que combinou ontem com Passos Coelho.
Se o país já sabia que tinha um ministro que mais parece anedota, agora sabe que tem um ministro sem pastas, sem poder, que está a prazo e que não sabe cuidar da sua própria dignidade. Como pode o país confiar num governo com ministros destes?
«O ministro da Economia e do Emprego disse hoje que a sua equipa e o Governo vão continuar no caminho traçado, sem ceder a "aproveitamentos políticos ou cortinas de fumo" criados pela oposição e por grupos de interesse.
"Eu e os meus secretários de Estado estamos a cumprir e não a anunciar. Esse tempo acabou há oito meses", afirmou Álvaro Santos Pereira, numa intervenção após o jantar da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), em Lisboa.
O governante garantiu que a equipa do seu ministério, tal como todo o Governo, continua centrada na missão iniciada há oito meses e que nenhum ruído irá pôr em causa esse trabalho.
"Eu e a minha equipa, como todo o Governo, sabemos o que queremos para Portugal, sem ceder a aproveitamentos políticos ou cortinas de fumo criados pela oposição", referiu o governante, acrescentando que esse ruído serve para apagar a memória do trabalho errado feito no passado.
Santos Pereira assegurou ainda que o seu ministério também continuará "sem ceder a pressões de grupos de interesse e interesses instalados que apostam no ruído mediático para continuarem em setores protegidos".» [DN]
Vir agora falar em cortinas de fumo lançadas pela oposição e afirmar o seu empenho no governo é reagir à moda da antiga União Soviética, o Álvaro é que lança uma cortina de fumo tentando negar o óbvio. Enfim, o Álvaro continua ridículo como tem sido o seu timbre desde que tomou posse. A sua demissão é uma questão de tempo, o eu empenho não resistirá a uma remodelação governamental logo que esta seja oportuna. Foi isso que combinou ontem com Passos Coelho.
Se o país já sabia que tinha um ministro que mais parece anedota, agora sabe que tem um ministro sem pastas, sem poder, que está a prazo e que não sabe cuidar da sua própria dignidade. Como pode o país confiar num governo com ministros destes?
«O ministro da Economia e do Emprego disse hoje que a sua equipa e o Governo vão continuar no caminho traçado, sem ceder a "aproveitamentos políticos ou cortinas de fumo" criados pela oposição e por grupos de interesse.
"Eu e os meus secretários de Estado estamos a cumprir e não a anunciar. Esse tempo acabou há oito meses", afirmou Álvaro Santos Pereira, numa intervenção após o jantar da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), em Lisboa.
O governante garantiu que a equipa do seu ministério, tal como todo o Governo, continua centrada na missão iniciada há oito meses e que nenhum ruído irá pôr em causa esse trabalho.
"Eu e a minha equipa, como todo o Governo, sabemos o que queremos para Portugal, sem ceder a aproveitamentos políticos ou cortinas de fumo criados pela oposição", referiu o governante, acrescentando que esse ruído serve para apagar a memória do trabalho errado feito no passado.
Santos Pereira assegurou ainda que o seu ministério também continuará "sem ceder a pressões de grupos de interesse e interesses instalados que apostam no ruído mediático para continuarem em setores protegidos".» [DN]
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«Vítor Gaspar nunca disse, suponho que não dirá e aparenta um perfil democrático que me dá esperança de que nunca quererá dizê-lo... Refiro-me à frase "sei muito bem o que quero e para onde vou", ditada pelo ministro das Finanças de 1928, António de Oliveira Salazar. Arrisca-se, no entanto, a ser colocado no patamar dos homens providenciais que os pequenos poderes deste país, sempre à espera de milagreiros predestinados, acabarão por lhe destinar, caso persista este desatino governativo que o episódio da disputa da gestão dos fundos do QREN com o ministro da Economia evidencia.
A exigência de controlo de um dos poucos instrumentos de investimento público que restam tem familiaridade com a imposição, pelo então futuro líder do Estado Novo, de policiamento absoluto de todas as despesas e receitas de todos os ministérios, nos Governos ilusoriamente liderados pelos esquecidos José Vicente de Freitas, Artur Ivens Ferraz e Domingos da Costa Oliveira.
Na questão de agora, segundo a imprensa, estão em jogo cinco mil milhões de euros de investimento. Metade já terão sido destinados pelo ministro Álvaro Santos Pereira, não se sabe se bem ou mal.
Sabe-se é que a restante metade (pelo menos), se nada se intrometer, passará a ser controlada pelo ministério das Finanças. Razão? Usar esses dinheiros de forma a que contribuam como ferramentas indiretas de ajuda à política orçamental e não para o que estavam destinados - estimular o desenvolvimento.
É sempre mais fácil apresentar resultados contabilísticos (basta saber somar, diminuir e fazer cumprir, cegamente, essas contas) do que demonstrar o êxito de um qualquer investimento público, cujos efeitos muitas vezes só se fazem sentir ao fim de vários anos. Salazar, na primeira fase da sua intervenção governativa, percebeu--o e, ao fim de apenas um ano, através de cortes brutais, conseguiu que as contas do Estado tivessem saldo positivo. Esse suposto "milagre económico" deu-lhe a veneração de quem viu ali alguma coisa que, no meio de um clássico caos governativo, corrupto, tinha sentido lógico. Que o País estivesse na miséria já era coisa secundária.
Olhamos para o caos deste tempo e Gaspar aparece como aquele que não cede, que aplica as contas sem vacilar, que mantém o sentido lógico de uma política simplória, é verdade, mas que se percebe. Se lhe passar pela cabeça decidir conquistar o poder total, está a construir o caminho. Que essa política coloque, mesmo contra as suas boas intenções, o País na miséria, arrisca-se, para muitos, a ser coisa irrelevante. Isso é perigoso.» [DN]
A exigência de controlo de um dos poucos instrumentos de investimento público que restam tem familiaridade com a imposição, pelo então futuro líder do Estado Novo, de policiamento absoluto de todas as despesas e receitas de todos os ministérios, nos Governos ilusoriamente liderados pelos esquecidos José Vicente de Freitas, Artur Ivens Ferraz e Domingos da Costa Oliveira.
Na questão de agora, segundo a imprensa, estão em jogo cinco mil milhões de euros de investimento. Metade já terão sido destinados pelo ministro Álvaro Santos Pereira, não se sabe se bem ou mal.
Sabe-se é que a restante metade (pelo menos), se nada se intrometer, passará a ser controlada pelo ministério das Finanças. Razão? Usar esses dinheiros de forma a que contribuam como ferramentas indiretas de ajuda à política orçamental e não para o que estavam destinados - estimular o desenvolvimento.
É sempre mais fácil apresentar resultados contabilísticos (basta saber somar, diminuir e fazer cumprir, cegamente, essas contas) do que demonstrar o êxito de um qualquer investimento público, cujos efeitos muitas vezes só se fazem sentir ao fim de vários anos. Salazar, na primeira fase da sua intervenção governativa, percebeu--o e, ao fim de apenas um ano, através de cortes brutais, conseguiu que as contas do Estado tivessem saldo positivo. Esse suposto "milagre económico" deu-lhe a veneração de quem viu ali alguma coisa que, no meio de um clássico caos governativo, corrupto, tinha sentido lógico. Que o País estivesse na miséria já era coisa secundária.
Olhamos para o caos deste tempo e Gaspar aparece como aquele que não cede, que aplica as contas sem vacilar, que mantém o sentido lógico de uma política simplória, é verdade, mas que se percebe. Se lhe passar pela cabeça decidir conquistar o poder total, está a construir o caminho. Que essa política coloque, mesmo contra as suas boas intenções, o País na miséria, arrisca-se, para muitos, a ser coisa irrelevante. Isso é perigoso.» [DN]
Autor:
Pedro Tadeu.
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«Ontem, ao fim da tarde, Portugal sobressaltou-se: o Álvaro foi encontrar--se com o Abramovich dele e temeu- -se que tivesse o destino do André despedido. Mas não. Treinador sem balneário é mais grave do que ministro sem pasta: Álvaro continua na Economia. Infelizmente, porém, mais treinador de bancada do que outra coisa. Porque aquilo do sem pasta, e sem QREN, é como dizer que se manda em Stamford Bridge tendo o Lampard, o Terry e o Ashley Cole (que todos juntos valem o Gaspar) a darem-lhe a volta na Gomes Teixeira. Mas, soube-se ontem, tiveram destinos diferentes, o Álvaro e o André. No entanto, começaram gémeos, só cinco dias separaram o anúncio das suas contratações: Álvaro, a 17 de junho de 2011, André, a 22. Ambos sem conseguirem ser special one (Mourinho e Gaspar não deixaram), mas especiais. Um, vindo diretamente da Universidade de Vancouver, outro do jardim-escola. Um sublinhando ser professor no estrangeiro, outro sendo aluno de um estrangeirado. "Sou o Álvaro", apresentou- -se um, mostrando anglofilia nos costumes. O outro, mostrando dicção e sintaxe anglófonos. Contas feitas, secaram aí as cartas dos dois. Mas continuaram com um percurso similar, embora com variantes: um com uma equipa grande e sem verbas, o outro com milionários mas sem equipa. Nove meses depois, chegaram ao mesmo ponto: resultados medíocres. Só ontem os seus destinos divergiram: André sem emprego e rico, Álvaro com emprego e sem dinheiro.» [DN]
Autor:
Ferreira Fernandes.
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«O ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares afirmou esta terça-feira que o ministro da Economia "tem tido um desempenho muito significativo" neste Governo e lembrou que foi Álvaro Santos Pereira que "assinou um acordo histórico de concertação social".Miguel Relvas quis, desta forma, deixar o aviso de que prevalecem os "factos" e não o "cenário de intrigas".» [CM]
Parecer:
Compreende-se, foi um homem da sua confiança, secretário de Estado do Álvaro, que ficou sem o QREN. O problema é que ao recusar as intrigas Miguel Relvas manda uma indirecta a Vítor Gaspar.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
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«O secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, Almeida Henriques, afirmou hoje que Álvaro Santos Pereira não está a prazo e que o ministro da Economia "está a continuar o seu trabalho como sempre fez".
Almeida Henriques, que falava à margem de um fórum "Brinde à cerveja", em Lisboa, respondia desta forma aos jornalistas que o questionaram sobre a eventual demissão do ministro Santos Pereira, depois de uma polémica em torno da gestão do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).» [Expresso]
Almeida Henriques, que falava à margem de um fórum "Brinde à cerveja", em Lisboa, respondia desta forma aos jornalistas que o questionaram sobre a eventual demissão do ministro Santos Pereira, depois de uma polémica em torno da gestão do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).» [Expresso]
Parecer:
É o secretário de Estado que informa a comunicação social sobre se o ministro tem ou não poder? Parece que neste governo o poder está a cair nos corredores.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
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«Os dados, divulgados pela União de Profissionais e Trabalhadores Autónomas (UPTA) espanhóis indicam que nos primeiros nove meses do ano passado Portugal perdeu 66.300 empreendedores.
Estes valores acima das quedas na Grécia (menos 3,4% ou 33.800) e de Espanha (menos 23.500 ou 1,2%), sendo bastante mais elevados que a média europeia, que subiu 0,9% para um total de 23,3 milhões.» [Diário Digital]
Estes valores acima das quedas na Grécia (menos 3,4% ou 33.800) e de Espanha (menos 23.500 ou 1,2%), sendo bastante mais elevados que a média europeia, que subiu 0,9% para um total de 23,3 milhões.» [Diário Digital]
Parecer:
Está em linha com o aumento do desemprego.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se felicitações ao Gaspar.»
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