domingo, março 18, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento 


Mesquita de Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Barcos no Tejo [A. Cabral]
     
Jumento do dia


António Borges, trabalhador incansável

O que mais se aprecia num economistas que foi gerente da Goldman Sachs não é o rigor, pelo menos a crer no que se disse nos últimos dias, é a convicção com que se mente, a arte de hoje defender uma coisa e amanhá outra, a capacidade de ser despedido e uns tempos depois não ter mãos para tantos empregos.

Vejamos o que dizeia o António Borges sobre a TSU em Setembro passado:

«António Borges, director do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Europa, aplaude a dose de austeridade em Portugal. Contudo, alerta que é preciso acompanhá-la com medidas para o crescimento, em especial para o sector exportador e avançando sem rodeios para a redução da Taxa Social Única (TSU).

Em entrevista ao Diário Económico, à margem do fórum económico na vila de Krynica-Zdroj, no sul da Polónia, o economista parece surpreendido com o abrandamento da actividade europeia e apela agora a um empurrão expansionista, incluindo uma descida dos juros do Banco Central Europeu (BCE). Muito cauteloso com as palavras, o militante do PSD evita participar no debate político em Portugal - mas, se não embarca nas críticas ouvidas por parte de alguns barões do seu partido ao aumento de impostos, também não evidencia as mesmas reservas do Governo relativamente à redução da TSU.» [DE]

Vejamos o que diz agora:

«Ainda assim, e apesar de o programa estar a ser cumprido e o país estar a trabalhar para alcançar também a estabilidade financeira, António Borges não esquece que é necessário também “recuperar a competitividade”. No entendimento de Borges essa tarefa está “também em curso”. “Tínhamos colocado no programa uma desvalorização fiscal, a alteração da Taxa Social Única (TSU) (…) e isso o Governo entendeu não fazer por razões que eles lá sabem”, afirmou. Porém, e mesmo sem uma alteração na TSU, “a verdade é que essa mudança de preços relativos está a acontecer”.» [Jornal de Negócios]

Enfim, a falta de honestidade intelectual não está ao alcance dos mortais mais comuns.

Implosão de um iceberg na Antártida

      

Paulo Portas está em Portugal!

«O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, afirmou este sábado, em Angra do Heroísmo, nos Açores, que a luta dos timorenses pela independência do seu país é um exemplo de que o Mundo se deve "orgulhar".» [CM]

Parecer:

E até fala, mas de ... Timor!

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gragalhada e pergunte-se ao jeitoso quando aparece por cá outra vez.»
  
Uma anedota chamada Álvaro

«O ministro da Economia afirmou, em entrevista ao Expresso, que há sectores da economia com “uma protecção inaceitável” e que pretende “reformar sem medo”. Santos Pereira revelou que nunca pensou em se demitir e deixou a pergunta: “Se eu fosse um ministro fraco, incomodava tanto?”
  
Quanto à questão do QREN, o ministro reafirmou que não está a prazo no governo e que “nenhuma tutela está em causa”. Santos Pereira acrescentou que “ninguém está a retirar poderes a ninguém” e que este assunto “foi uma telenovela”.
   
“O ministro das Finanças tem sempre uma palavra decisiva em tudo o que seja financeiro, quer seja o QREN quer sejam os despachos que assinamos todos os dias. Se alguém defendeu um maior controlo financeiro nos gastos do Estado fui eu”, defendeu.» [i]

Parecer:

Pobre Álvaro, demitiram-nos e esqueceram-se de o avisar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Ministério do Lambretas recusa subsídio de desemprego a dirigentes associativos

«O que explica esta situação, diz Fernando Vaz, é que “os centros regionais da Segurança Social estão a tratar os dirigentes das colectividades, que não ganham um cêntimo e são voluntários, como se fossem gerentes de empresas”. Numa das cartas enviadas pela Segurança Social (SS), a que o teve acesso, o Centro Distrital de Setúbal justificou – há cerca de um mês – o indeferimento do pedido de subsídio de desemprego por a pessoa em causa ser “membro dos órgãos estatutários da empresa Amigos do Atletismo da Charneca da Caparica”. O mesmo documento alega que este desempregado está a “exercer actividade profissional, não se encontrando em situação de inexistência total de emprego”.» [i]

Parecer:

Anedótico.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Os dirigentes das misericórdias também perdem o direito ao subsídio de desemprego ou é só para as associações pagãs.»
    


Deixa-me ver se percebo  

O José Manuel Fernandes não está nem nunca esteve na posição de assalariado, contratado nem avençado do merceeiro do Pingo Doce, logo qualquer opinião sobre os negócios doa mercearia  da composição da gestão da mercearia é uma opinião isenta dapa por alguém mais isento e virgem na política portuguesa do que a Nossa Senhora de Fátima.

Do contrato entre António Borges e o merceeiro consta uma cláusula em que o segundo se compromete a que qualquer empresa do seu grupo tenha acções ou qualquer forma de negócio com as empresas envolvidas em negócios com as parcerias ou com as empresas a privatizar, bem como com empresas com interesses nestas.

Portanto o José Manuel Fernandes não está a fazer um frete ao António Borges, a ajeitar-se para que o merceeiro lhe encomende mais um livreco, nem a lançar a confusão. José Manuel Fernandes está a cumprir a sua penitência purificadora para que tudo o que escreve seja a verdade, só a verdade e nada mais do que a verdade, como nos habituou ao longo da sua cristalina carreira jornalística.

Só não se entende porque razão ainda há bloggers que dão importância a um sujeito que para o merceeiro é menos importante do que um talhante. Como disse o conhecido empresário holandês é impossível encontrar alguém que saiba cortar um bife, já gente que tudo faz para comer bifes à borla como este sujeito são mais que as mães, São tantos que o homem até teve que criar uma fundação para os atender.