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São Salvador da Baía [A. Cabral]
A mentira do dia d'O Jumento
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Vítor Gaspar
Vítor Gaspar não só é o mais extremista dos membros deste governo como é ele o verdadeiro primeiro-ministro deste país, é o ministro das Finanças que tem vindo a defender o regresso aos mercados em 2013 e ainda recentemente adoptou a tese da recuperação no próximo ano, a mesma tese que em tempos foi defendida por um sôr Álvaro que na ocasião foi calado pelos seus pares.
Acontece que Vítor Gaspar apesar de manter a crença no regresso aos mercados já admite que ter ajuda é bom para o caso de tudo correr mal. Isto é, o ministro das Finanças já admite o falhanço das suas políticas, algo que pode vir a ser confirmado pelo relatório da execução orçamental que parece estar atrasado.
«"Estamos completamente comprometidos a cumprir o programa de ajustamento. Não vamos pedir mais tempo, nem mais dinheiro. Vamos cumprir as nossas obrigações no programa, porque é a única maneira de podermos ganhar credibilidade e confiança, é a maneira mais eficaz de mudar perceções e expetativas", disse Vítor Gaspar em Washington.
Dada a "quantidade de risco e incerteza sempre associado a situação crise", o país tem o "conforto" de os seus parceiros europeus e internacionais terem deixando "abundantemente claro estar disponíveis para estender apoio, se necessário, no contexto de dificuldades na gestão de regresso ao acesso mercados".» [DN]
5%
A previsão de uma contracção económica na ordem dos 2,8% para 2012 considerada pelo ministro das Finanças na elaboração do OE nunca foi aqui aceite e revela até que ponto o ministro das Finanças está ou quer estar desligado da realidade. Com o BCE a prever uma recessão na ordem dos 5% estão em causa todos os pressupostos orçamentais e ninguém acredita que este OE tenha qualquer credibilidade.
De nada serviu vender optimismo, a mentira só aguentou três meses, resta agora esperar pelas execuções orçamentais de Fevereiro e Março para se perceber que o país caminha em passo acelerado para a bancarrota. Talvez nessa altura Gaspar seja demitido por incompetência.
O embuste
A actual
intervenção externa em Portugal arrisca-se a ficar conhecido como o maior
embuste na história da política económica, os portugueses escolheram um
presidente inapto, um primeiro-ministro mal preparado, este escolheu um
economista turvo e as organizações internacionais supostamente sérias
arranjaram uns rapazes irresponsáveis. O resultado foi assistirmos à
transformação de todo um povo em cobaias de economistas que decidiram brincar
com todo um país à política económica. Uns queriam baixar a TSU, o outro queria
ser o primeiro a forçar o empobrecimento de todo um povo, ganhou o segundo,
perdeu todo um povo.
O Gaspar mentiu ao
elaborar um OE com base numa previsão de uma contracção económica de 2,8%, a
troica ainda há poucos dias falava em 3,3% e hoje o BCE apontava para 5%. É
evidente que não estamos perante erros de previsão, nada de substancial sucedeu
que os justifique, estamos sim perante um enorme embuste. O ministro das
Finanças tenta ilibar-se das suas responsabilidades de uma política criminosa
de consequências imprevisíveis, as organizações internacionais tentam iludir os
mercados.
O país caminha para um segundo pedido de ajuda, para um défice descontrolado, para uma espiral recessiva e para uma cada vez mais do que provável reestruturação da dívida. É o castigo para os cinco banqueiros que exigiram o pedido de ajuda, vão ser eles a dar essa ajuda perdoando a dívida.
Toda a verdade?
«O Governo prometeu-nos toda a verdade e transparência. No acompanhamento das medidas consagradas no Programa de Ajustamento Económico e Financeiro, nas nomeações para os gabinetes ministeriais, nos apoios ao sector privado, nas decisões em geral. Estava prometida a verdade sobre a realidade e a transparência nas decisões. Depressa está a cair no esquecimento.
É preciso falar verdade aos portugueses. Esta era uma das frases favoritas de Pedro Passos Coelho na era de Sócrates e nos primeiros meses de Governo.
De todas as verdades e transparências prometidas, apenas uma se mantém passados nove meses de governação: a verdade sobre os terríveis tempos de austeridade que nos esperam este ano. Uma verdade, sim, mas muito conveniente para assegurar o perfil que se deseja para este ajustamento: uma recessão profunda e rápida que nos conduza depressa à recuperação. O perfil que a troika quer e que se ajusta à gestão do ciclo eleitoral. É preciso sentir a recuperação o mais tardar em meados de 2014 para não perder eleições.
Todas as outras verdades prometidas foram votadas ao esquecimento. Entrámos na fase da gestão das verdades, com ocultação e concentração da informação.
A evolução da comunicação da troika é um exemplo. Começou sem controlo - tudo o que soubemos da primeira avaliação foi da boca da troika. O ministro das Finanças nada disse e a troika tudo disse. Foi tal a desorganização que o país conheceu os problemas financeiros da Madeira via Bruxelas, através de declarações do porta-voz de Olli Rehn. Na segunda avaliação, já todos estavam mais coordenados. Nesta terceira avaliação, a troika deixou de fazer a habitual conferência de imprensa. Os argumentos apresentados são fortes. Um deles é que o plano é do Governo e não da troika. O outro é que aqueles encontros com a imprensa transmitiam uma imagem de colonização. Na realidade, perdemos todos um mecanismo de escrutínio das decisões do Governo e o próprio Executivo perdeu uma arma de pressão contra os lóbis.
O mais recente exemplo do fim da era de toda a verdade está no caso da energia. Durante a segunda avaliação, que já alertava para os atrasos na concretização de medidas no sector da energia, o Governo comprometeu-se a apresentar "uma proposta para corrigir as rendas excessivas nos regimes especiais (cogeração e renováveis) e nos CMEC, que pertencem à EDP, e na garantia de potência". Para avançar nesse sentido, o Ministério da Economia encomendou um estudo que foi fechado a sete chaves para o público em geral. Divulgado, primeiro pela TVI e, depois, pelo Jornal de Negócios, foi criticado pelo presidente da EDP ainda antes de se conhecer o trabalho em todos os seus pormenores. Resumindo: o estudo da energia não podia ser divulgado, mas a empresa que mais era afectada pelos resultados do relatório conseguiu criticá-lo. Temos todas as razões para concluir que um documento que o Governo defendia como confidencial acabou nas mãos das empresas do sector. Como e porquê?
Assim acabou a fase de toda a verdade. É pena. Porque a verdade e a transparência podiam, e podem, ser um extraordinário aliado para um Governo que queira de facto mudar a estrutura de uma economia, romper de vez com a exploração de rendas por pequenos grupos ainda viciados pelo condicionamento industrial de Salazar. A tentação das tentações depois de um Governo condenar "toda a verdade" é controlar a comunicação social. Que a verdade nos livre dessa tentação.» [Jornal de negócios]
É preciso falar verdade aos portugueses. Esta era uma das frases favoritas de Pedro Passos Coelho na era de Sócrates e nos primeiros meses de Governo.
De todas as verdades e transparências prometidas, apenas uma se mantém passados nove meses de governação: a verdade sobre os terríveis tempos de austeridade que nos esperam este ano. Uma verdade, sim, mas muito conveniente para assegurar o perfil que se deseja para este ajustamento: uma recessão profunda e rápida que nos conduza depressa à recuperação. O perfil que a troika quer e que se ajusta à gestão do ciclo eleitoral. É preciso sentir a recuperação o mais tardar em meados de 2014 para não perder eleições.
Todas as outras verdades prometidas foram votadas ao esquecimento. Entrámos na fase da gestão das verdades, com ocultação e concentração da informação.
A evolução da comunicação da troika é um exemplo. Começou sem controlo - tudo o que soubemos da primeira avaliação foi da boca da troika. O ministro das Finanças nada disse e a troika tudo disse. Foi tal a desorganização que o país conheceu os problemas financeiros da Madeira via Bruxelas, através de declarações do porta-voz de Olli Rehn. Na segunda avaliação, já todos estavam mais coordenados. Nesta terceira avaliação, a troika deixou de fazer a habitual conferência de imprensa. Os argumentos apresentados são fortes. Um deles é que o plano é do Governo e não da troika. O outro é que aqueles encontros com a imprensa transmitiam uma imagem de colonização. Na realidade, perdemos todos um mecanismo de escrutínio das decisões do Governo e o próprio Executivo perdeu uma arma de pressão contra os lóbis.
O mais recente exemplo do fim da era de toda a verdade está no caso da energia. Durante a segunda avaliação, que já alertava para os atrasos na concretização de medidas no sector da energia, o Governo comprometeu-se a apresentar "uma proposta para corrigir as rendas excessivas nos regimes especiais (cogeração e renováveis) e nos CMEC, que pertencem à EDP, e na garantia de potência". Para avançar nesse sentido, o Ministério da Economia encomendou um estudo que foi fechado a sete chaves para o público em geral. Divulgado, primeiro pela TVI e, depois, pelo Jornal de Negócios, foi criticado pelo presidente da EDP ainda antes de se conhecer o trabalho em todos os seus pormenores. Resumindo: o estudo da energia não podia ser divulgado, mas a empresa que mais era afectada pelos resultados do relatório conseguiu criticá-lo. Temos todas as razões para concluir que um documento que o Governo defendia como confidencial acabou nas mãos das empresas do sector. Como e porquê?
Assim acabou a fase de toda a verdade. É pena. Porque a verdade e a transparência podiam, e podem, ser um extraordinário aliado para um Governo que queira de facto mudar a estrutura de uma economia, romper de vez com a exploração de rendas por pequenos grupos ainda viciados pelo condicionamento industrial de Salazar. A tentação das tentações depois de um Governo condenar "toda a verdade" é controlar a comunicação social. Que a verdade nos livre dessa tentação.» [Jornal de negócios]
Autor:
Helena Garrido.
Todos ao molho no BPN
«O Tribunal de Contas vai realizar uma auditoria ao processo de nacionalização do BPN e ao processo que determinou a insolvência do BPP, de forma a avaliar os custos realizados e a realizar pelo Estado português. » [DN]
Parecer:
É um pouco ridículo que só depois de a AR ter avançado para uma comissão parlamentar de inquérito o TC se tenha decidido a auditar o BPN.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
Catroga já está a fazer render os 50 mil
«Eduardo Catroga, um dos homens do PSD nas negociações com a ‘troika', que foram lideradas pelo PS, disse hoje que "existem rendas na economia portuguesa em vários sectores, fruto de politicas erradas durante muitos anos, que têm de ser analisar com serenidade, com razão e não com emoção".
Catroga, hoje no conselho geral e de supervisão da EDP, argumentou que a energia não é caso único, dizendo que se fizesse parte do governo "analisaria todos os custos de interesse económico geral. Em vez de olharem para as flores têm de olhar para as árvores", sublinhou à saída de uma audição judicial em que participou como testemunha de Jardim Gonçalves.» [DE]
Catroga, hoje no conselho geral e de supervisão da EDP, argumentou que a energia não é caso único, dizendo que se fizesse parte do governo "analisaria todos os custos de interesse económico geral. Em vez de olharem para as flores têm de olhar para as árvores", sublinhou à saída de uma audição judicial em que participou como testemunha de Jardim Gonçalves.» [DE]
Parecer:
Bem vistas as coisas o Catroga ficou barato à EDP, os seus 50 mil são uma gorjeta em troca dos favores que o governo pode fazer á empresa. Só com a demissão do secretário de Estado da Energia o CAtroga já estápago.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns pelo excelente negócio ao Mexia.»
Mais um que superou a crise
«O Governo nomeou Pedro António Martins Mendes para a presidência da Parque Escolar, a que se junta Luís Manuel Flores de Carvalho como vogal. A proposta partiu dos ministérios das Finanças e Educação e Ciência e o despacho já foi publicado erm Diário da República. Estes dois elementos deverão completar o mandato que termina a 31 de Dezembro de 2012. » [Dinheiro Vivo]
Parecer:
Aos poucos vão-se escapando.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns ao rapazola.»
Já estamos mais perto da verdade e da bancarrota
«O Banco Central Europeu (BCE) prevê que a recessão em Portugal chegará aos 5%, este ano. O cenário pessimista consta do boletim mensal da autoridade monetária. No entanto, o mesmo documento aponta para uma forte inversão da trajectória a partir de 2015.» [i]
Parecer:
Este é o número que aqui sempre se defendeu e mesmo assim é optimista, as asneiras são tantas que a recessão poderá ser ainda maior.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelos resultados da execução orçamental.»