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Jumento do dia
João Palma, latifundiário, sindicalista, político e magistrado
Tanto quanto se sabe os magistrados ganham muito acima da média, são os funcionários públicos melhor remunerados, beneficiam subsídios vitalícios de residência limpos de impostos mesmo quando o tribunal fica na porta ao lado de casa, não são obrigados a vestir na Armani ou mesmo na Rosa e Teixeira, o exercício da profissão não exige uma alimentação no Gambrinus. Mesmo assim ainda se queixam e dizem que há magistrados a passar mal.
Os magistrados até mereceriam tudo o que ganham e muito mais se não houvesse tanto julgamento na praça pública, tantas peças em segredo de justiça a circular nas redacções dos jornais, tanto julgamento anulado, tantas provas rejeitadas em tribunal. Ao mesmo tempo que exigem menos exigências na produção de provas, querem ganhar mais?
Em cima de tudo o que têm ainda têm direito a um sindicato que se entretém a criticar o poder quando não lhes agrada, a atacar os procuradores-gerais que não lhes fazem as vontades, têm um sindicato digno do tempo de Estaline, que não prescinde do direito de mandar na justiça e pelos que se tem visto nos últimos anos quer mesmo ser ele a fazer justiça, destruindo políticos que se lhe atravessem no caminho.
«O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, João Palma, deixou ontem vários recados à hierarquia, mas também às bases da magistratura, considerando que não é aceitável que, por razões económicas, os procuradores o deixem de ser. "As dificuldades financeiras estão aí, são incontornáveis. Mas a um magistrado não é legítimo escudar-se nelas para aligeirar ou suspender os seus deveres profissionais", afirmou, numa alusão ao caso do magistrado do DCIAP que pediu uma licença para trabalhar numa instituição financeira. Sem falar directamente na sucessão do PGR, mas com muitas metáforas, João Palma deixou claro que os magistrados anseiam por um novo PGR e disse ainda que a escolha terá de ser exigente: "O próximo Outono trará com ele, inexoravelmente, o cair da folha e anunciará mudanças decisivas no Ministério Público." » [CM]
Os magistrados até mereceriam tudo o que ganham e muito mais se não houvesse tanto julgamento na praça pública, tantas peças em segredo de justiça a circular nas redacções dos jornais, tanto julgamento anulado, tantas provas rejeitadas em tribunal. Ao mesmo tempo que exigem menos exigências na produção de provas, querem ganhar mais?
Em cima de tudo o que têm ainda têm direito a um sindicato que se entretém a criticar o poder quando não lhes agrada, a atacar os procuradores-gerais que não lhes fazem as vontades, têm um sindicato digno do tempo de Estaline, que não prescinde do direito de mandar na justiça e pelos que se tem visto nos últimos anos quer mesmo ser ele a fazer justiça, destruindo políticos que se lhe atravessem no caminho.
«O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, João Palma, deixou ontem vários recados à hierarquia, mas também às bases da magistratura, considerando que não é aceitável que, por razões económicas, os procuradores o deixem de ser. "As dificuldades financeiras estão aí, são incontornáveis. Mas a um magistrado não é legítimo escudar-se nelas para aligeirar ou suspender os seus deveres profissionais", afirmou, numa alusão ao caso do magistrado do DCIAP que pediu uma licença para trabalhar numa instituição financeira. Sem falar directamente na sucessão do PGR, mas com muitas metáforas, João Palma deixou claro que os magistrados anseiam por um novo PGR e disse ainda que a escolha terá de ser exigente: "O próximo Outono trará com ele, inexoravelmente, o cair da folha e anunciará mudanças decisivas no Ministério Público." » [CM]
Ministro das Finanças ou presidente do conselho
Com o argumento do controlo dos dinheiros o ministro das Finanças vai transformando os seus colegas em meros gestores administrativos dos ministério, o verdadeiro ministro de todas as pastas é Vítor Gaspar, uma personalidade cinzenta que ainda não demonstrou competência suficiente para o cargo e que nos últimos dias revelou ter menos jeito para as previsões do que o cavalo da estátua de D. José.
Com meio governo a gozar do esvaziado colega do Canadá ninguém parece levar a mal que o Gaspar também controle o QREN. Daqui a uns tempos controlará os fundos da agricultura, os investimentos nas forças armadas, etc.
Por este andar o Gaspar será um verdadeiro presidente do conselho e Passos Coelho não passará de uma figura decorativa. Quando se aperceberem da ambição desmedida daquele sujeito com ar abandonado e de sem abrigo que meteram nas Finanças vai ser tarde.
''The hidden beauty of pollination''
O ministro do pastel... de nada!
«Álvaro Santos Pereira parece, cada vez mais, um deserdado de Pedro Passos Coelho. Incapaz de aproveitar o balão de oxigénio que a assinatura do Acordo de Concertação Social lhe proporcionou, vai perdendo peso e influência, espaço e tutelas, e continua a ser, apesar de com Silva Peneda ser protagonista da maior vitória política deste Governo, um alvo de todas as críticas, dentro e fora do Executivo.
Politicamente inábil e inexperiente, e, manifestamente, um desastre em matéria de comunicação, o titular da Economia e do Emprego - assim se chama o ministério - veio de Vancôver, no Canadá, onde estava emigrado há mais de dez anos, com a aura sebastiânica de salvador da economia portuguesa, ancorado no rótulo de superministro que haveria de cuidar também das obras públicas, dos transportes, da inovação, da energia e sabe-se lá mais do quê. Álvaro, como a certa altura - quem sabe num assomo de ingenuidade - disse preferir que o tratassem, vai aos poucos sendo vítima do afã de um primeiro-ministro que se empenhou desde o princípio em apresentar-se como alguém capaz de reduzir ao mínimo indispensável o elenco governativo.
A verdade é que, ao longo destes meses, o número de ministros não aumentou, o de secretários de Estado também não, mas a máquina foi engordando através da criação de grupos de trabalho e de comissões que se substituem aos ministérios. Foi assim com o futebol e os seus três grupos de trabalho sob tutela de Miguel Relvas, o futuro do serviço público de rádio e televisão sob a mesma batuta. Mas também a comissão para o acompanhamento das privatizações entregue a António Borges, o grupo de trabalho para o combate ao desemprego entre os jovens liderado por Miguel Relvas, ou aquilo que pode vir a ser uma nova comissão interministerial para a gestão das verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) sob a vigilância apertada do ministro das Finanças, Vítor Gaspar.
O facto é que, nestes últimos ajustamentos, quem ficou a perder do ponto de vista da perceção pública - e em política a perceção conta que se farta - foi sempre Álvaro Santos Pereira, que se tem visto progressivamente esvaziado de poderes e competências. Aos olhos dos cidadãos, mas também dos seus pares no Governo, o ministro que sugeriu ingenuamente a internacionalização dos pastéis de nata - porque não dos ovos moles de Aveiro, da alheira de Mirandela ou do cozido à portuguesa - e que agora está empenhado em criar a figura do "gestor de carreira" para essa "profissão de futuro" que é a de desempregado, está cada vez mais fragilizado. Até porque a obra que tem para mostrar neste momento é a de uma taxa de desemprego sem precedentes em Portugal e um número cada vez maior de empresas a fecharem no País. Até por isto seria bom que falasse menos e fizesse mais ou, pelo menos, que pensasse bem antes de abrir a boca.
Destas mudanças resulta que o ministro que parecia ter saído reforçado das negociações tripartidas com patrões e sindicatos estará afinal condenado a ser remodelado ou, pelo menos, a ficar com a tutela de uma mão cheia de nada.
Resta perceber se, no que ao futuro de Álvaro Santos Pereira diz respeito, do que se trata é só do resultado da sua incompetência, ou do reconhecimento por parte de quem manda de que não basta ser um bom teórico para se ser um superministro. Sobretudo quando em causa está alguém que, manifestamente, não dispunha de conhecimento prático e real da economia portuguesa.» [DN]
Politicamente inábil e inexperiente, e, manifestamente, um desastre em matéria de comunicação, o titular da Economia e do Emprego - assim se chama o ministério - veio de Vancôver, no Canadá, onde estava emigrado há mais de dez anos, com a aura sebastiânica de salvador da economia portuguesa, ancorado no rótulo de superministro que haveria de cuidar também das obras públicas, dos transportes, da inovação, da energia e sabe-se lá mais do quê. Álvaro, como a certa altura - quem sabe num assomo de ingenuidade - disse preferir que o tratassem, vai aos poucos sendo vítima do afã de um primeiro-ministro que se empenhou desde o princípio em apresentar-se como alguém capaz de reduzir ao mínimo indispensável o elenco governativo.
A verdade é que, ao longo destes meses, o número de ministros não aumentou, o de secretários de Estado também não, mas a máquina foi engordando através da criação de grupos de trabalho e de comissões que se substituem aos ministérios. Foi assim com o futebol e os seus três grupos de trabalho sob tutela de Miguel Relvas, o futuro do serviço público de rádio e televisão sob a mesma batuta. Mas também a comissão para o acompanhamento das privatizações entregue a António Borges, o grupo de trabalho para o combate ao desemprego entre os jovens liderado por Miguel Relvas, ou aquilo que pode vir a ser uma nova comissão interministerial para a gestão das verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) sob a vigilância apertada do ministro das Finanças, Vítor Gaspar.
O facto é que, nestes últimos ajustamentos, quem ficou a perder do ponto de vista da perceção pública - e em política a perceção conta que se farta - foi sempre Álvaro Santos Pereira, que se tem visto progressivamente esvaziado de poderes e competências. Aos olhos dos cidadãos, mas também dos seus pares no Governo, o ministro que sugeriu ingenuamente a internacionalização dos pastéis de nata - porque não dos ovos moles de Aveiro, da alheira de Mirandela ou do cozido à portuguesa - e que agora está empenhado em criar a figura do "gestor de carreira" para essa "profissão de futuro" que é a de desempregado, está cada vez mais fragilizado. Até porque a obra que tem para mostrar neste momento é a de uma taxa de desemprego sem precedentes em Portugal e um número cada vez maior de empresas a fecharem no País. Até por isto seria bom que falasse menos e fizesse mais ou, pelo menos, que pensasse bem antes de abrir a boca.
Destas mudanças resulta que o ministro que parecia ter saído reforçado das negociações tripartidas com patrões e sindicatos estará afinal condenado a ser remodelado ou, pelo menos, a ficar com a tutela de uma mão cheia de nada.
Resta perceber se, no que ao futuro de Álvaro Santos Pereira diz respeito, do que se trata é só do resultado da sua incompetência, ou do reconhecimento por parte de quem manda de que não basta ser um bom teórico para se ser um superministro. Sobretudo quando em causa está alguém que, manifestamente, não dispunha de conhecimento prático e real da economia portuguesa.» [DN]
Autor:
Nuno Saraiva.
Finalmente a ministra da Jusiça foi aplaudida
«Num discurso várias vezes interrompido por palmas, proferido na abertura do Congresso do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, que está a decorrer no Algarve, Paula Teixeira da Cruz assumiu que não concorda com a actual lei e destacou a inclusão, na proposta do novo diploma, da "criminalidade económico-financeira e fiscal em todas as suas múltiplas dimensões", sublinhando que, não sendo novo, "é um fenómeno potenciado pela actual conjuntura económica". » [CM]
Parecer:
Olha por quem...
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Pobre Álvaro
«Ameaças ao Ministro da Economia obrigam a reforço de segurança.» [CM]
Parecer:
Não faz nada, o Gaspar goza com ele, o Passos Coelho tira-lhe as pastas e ainda o ameaçam.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
Prostitutas africanas não têm nacionalidade
«Já em 2011 foram identificadas 176 prostitutas e prostitutos, 100 de nacionalidade portuguesa, 27 brasileira, 15 romena, 31 africana e três de outras nacionalidades.» [DN]
Parecer:
Enfim, às africanas basta ver a cor, não importa a nacionalidade.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao director do DN porque razão não contabilizou o total da europeias e das sul-americanas.»