sexta-feira, março 09, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Curioso, Alfama, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Mindelo [A. Cabral]
  
A mentira do dia d'O Jumento
  

Jumento do dia


Luís Menezes, deputadinho do PSD

Quem sai aos seus não degenera e o rebento de Luís Filipe Menezes mostra que não fica atrás do pai em idiotice. Quando o governo passa a mensagem de que vai obter o reembolso da gorjeta dada pelo secretário de Estado dos Transportes à Lusoponte, este rapazola imberbe vem atirar caca para a ventoinha convencido de que sujando os outros limpa os seus.
 
Se o rapazinho queria dar nas vistas só tinha que pedir a demissão do secretário de Estado, se não tem coragem para tanto então que fique calado que é para isso que se elegem deputados inexperientes, sem grandes recursos intelectuais e filhos do papá.

«O vice-presidente da bancada do PSD Luís Menezes afirmou hoje que "não há duplo pagamento" na Lusoponte, acusou o PS de fazer "chafurdice política" e a Estradas de Portugal de ser um "braço armado" do anterior Governo. » [DN]

 Já que perguntar (ainda) não ofende

Uma pergunta a Passos Coelho: se o governo está reduzido a dez ministros porque razões hão-de os contribuintes pagarem o vencimento a um ministro, oito secretários de Estado, nove ou dez motoristas e algumas dezenas de adjuntos? Poupava-se nos vencimentos e nas transferências para a Lusoponte.
 
 Se fosse português e da RTP o que não diriam a Merkel, o Passos e o Relvas


 No Festival da Eurovisão voto na Rússia!

    
 

 Medidas duras, executores moles

«Raul Solnado, lá onde está (a rir, claro), que me desculpe mas cito-o pela enésima vez: "Chefe, fiz um prisioneiro! - Onde está? - Não quis vir!" Já o tinha escrito ainda há dias? Que querem, não sou eu que me repito, é o País. O Governo tinha decidido cortar a direito: desde janeiro, os salários do sector empresarial do Estado sofrem cortes. Não discuto a medida, mas gabo a decisão universal. Enfim, semi-universal, porque os cortes não atingem os privados quando o mal é certamente do País, não só do Estado português. Mas, pronto, houve que cortar e cortou-se numa boa fatia, onde democraticamente levaram todos. "Chefe, fiz um prisioneiro!", poderia ter dito o ministro dos cortes a direito. "Onde está?", perguntou o chefe. "Está aqui!", poderia dizer o ministro, até ontem, mostrando o sector empresarial do Estado. Ontem, porém, voltámos à Guerra do Solnado e o ministro só pôde dizer: "Está aqui, mas só parte. A TAP não quis vir..." Aterrados aqui, vão dizer-me: lá estão os privilegiados do costume... Pois, dizem mal. O que conta nesta história não são os privilégios dos trabalhadores da TAP, que os têm, e agora mais este, o que contou foi a pusilanimidade do outro lado. Do outro lado que, temendo os da TAP, recuou. Repito, não discuto a bondade ou não dos cortes. Mas, se estes eram necessários, lamento é que não tivesse havido chefe para todos, só para alguns. Medidas duras com executores moles saem sempre furadas. » [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.
  
 É obrigatório ver este vídeo até ao fim, custe o que custar

«Um vídeo de visualização obrigatória. Não apelas pelas motivações mais do que justificadas que levaram estas pessoas a agir, agitando milhões de consciências adormecidas para um problema específico e atroz que tem de ser solucionado, mas pela forma como prova que os movimentos de cidadania globais são a maior arma para enfrentar o terror, a guerra, a ditadura, a violência, a tortura, o ódio, os massacres, a injustiça, o medo e tudo aquilo que devemos combater, enquanto seres humanos, com todas as nossas forças. Vejam e partilhem.» [Expresso]
 

Autor:

Tiago Mesquita.
  
 Gracias, Mariano

«Mariano Rajoy, o primeiro-ministro espanhol, declarou suavemente na semana passada em Bruxelas que ia “tomar uma decisão soberana” – uma frase herética nos luminosos tempos que correm. E anunciou soberanamente (diz que sem falar com ninguém porque não precisava) que o défice espanhol não iria baixar para 4,4% – como queria a Comissão Europeia –, mas apenas para 5,8% do PIB em 2012. Com uma taxa de desemprego que se aproxima dos 25% e metade dos cidadãos jovens sem trabalho, uma decisão do governo espanhol de encolher o défice de 8,5% para quase metade significaria ainda mais desemprego, muito menos consumo (que já não é grande coisa) e recessão ainda mais agravada.
 
Mariano, ainda que obrigado àquela ideia peregrina da constitucionalização do limite do défice (imposta pelo socialista Zapatero), decidiu poupar os cidadãos a um esforço draconiano e mandar o ajustamento merkeliano à fava. Quem não dava nada por Mariano, cuja principal qualidade política parecia ser uma paciência de Job na espera da queda de Zapatero, ficou espanado.
 
A declaração de Mariano Rajoy é importante, a vários níveis. Primeiro, é um arroubo de soberania numa Europa germanizada onde, como já vários escreveram, o keynesianismo está à beira de ser ilegalizado. Afinal introduzir o limite do défice na Constituição ilegaliza qualquer política expansionista – o mundo não teria recuperado da Grande Depressão, nem a Europa da Segunda Guerra, se essa lei estúpida estivesse em vigor. O anúncio de Rajoy tem a vantagem inominável de questionar o novo pacto de estabilidade e de pôr a Comissão a discutir rapidamente que são agora viáveis os tais “procedimentos” por défice excessivo.
 
É óbvio que Mariano Rajoy está a abrir um caminho, difícil. O que a Europa deveria estar a discutir já seria a flexibilização das metas do défice numa conjuntura económica terrivelmente recessiva – mas, como no seu conjunto está economicamente insana, aprova pactos para satisfazer o eleitorado alemão. A “revolta” de Rajoy é uma boa notícia para todos os países frágeis do euro, com Portugal à cabeça: como notava aqui há dias o “Wall Street Journal”, um ajustamento mais flexível em Espanha significa que os nossos vizinhos podem importar mais. Como a única esperança de melhorar a economia nacional são agora só as exportações, e se Espanha é um dos nossos principais mercados, percebe-se quanto a revolta espanhola interessa à economia portuguesa. Em vez de continuar a dizer que não vai atrás de Espanha e cumprirá o défice, Passos devia estar a mandar a Rajoy um cartãozinho de agradecimento. » [i]

Autor:

Ana Sá Lopes.
    

 A Cristas atrasou-se

«Agricultores e ambientalistas consideram que o pedido de ajuda que a ministra da Agricultura fez a Bruxelas por causa da seca "já vem tarde" e que o Governo devia tomar outras medidas. » [DN]

Parecer:

Não têm calma, não percebem que a senhora é super ministra e não tem nem tempo, nem pachorra para ver os boletins meteorológicos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Os agricultores e ambientalistas que tenham calma, a dra. Cristas está farta de rezar, quase já gastou as pedras o terço de tanto as dedilhar. Além disso, se o que querem é dinheiro dirijam-se ao Gaspar ou ao secretário de Estado dos Transportes, um tem dinheiro e o outro é muito generoso.»
  
 Generosidade ou corrupção?

«A administração da empresa Estradas de Portugal (EP) enviou uma carta ao secretário de Estado dos Transportes a dizer que um duplo pagamento à Lusoponte seria "difícil de entender", sobretudo, em tempos de escassez de recursos públicos, avança a TSF.
  
A empresa lembra que os 4,4 milhões de euros transferidos pelo Estado à Lusoponte são receitas da própria Estradas de Portugal, pelo que é "destituído de qualquer fundamento a entrega desta verba destinada a compensar a Lusoponte".
 
"A EP reteve esse dinheiro, mas o Governo considerou que a operação não tinha suporte legal; daí o despacho do secretário de Estado dos Transportes que devolveu esse valor à Lusoponte, mesmo com o fim da isenção das portagens na Ponte 25 de Abril em Agosto", escreve a rádio na sua edição online.
 
Ainda hoje o secretário de Estado das Obras Públicas, Sérgio Silva Monteiro, anunciou que os 4,4 milhões de euros pagos indevidamente à Lusaponte serão recuperados no próximo pagamento a fazer à concessionária das Pontes 25 de Abril e Vasco da Gama. Para que tal possa avançar é preciso que seja assinado um novo acordo de reequilíbrio financeiro entre o Estado e a concessionária.» [DE]

Parecer:

Um governante só pode dar quatro milhões por dois motivos, ou por caridade e generosidade, ou por corrupção.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se o secretário de Estado dos Transportes.»
  
 Rezas da Cristas não resultam

«As temperaturas durante o próximo fim-de-semana vão rondar os 22 graus, de acordo com as previsões do Instituto de Meteorologia, que indica que os valores da temperatura máxima estão acima dos valores médios para o mês de março.» [Diário Digital]

Parecer:

Porque razão o Senhor não estará a atender os pedidos desta crente?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à ministra se não cometeu algum pecadilho nos últimos tempos.»
  
 Negócio da China

«A EDP obteve lucros de 1.125 milhões de euros em 2011, mais quatro por cento do que no ano anterior, o que representa o melhor ano de sempre da elétrica.» [i]

Parecer:

Os chineses pagaram 2,69 mil milhões por um quarto de uma empresa que só num ano tem 1,125 mil milhões de lucro e ainda vão receber quase um quarto deste dinheiro quase sem que ainda tenham pago. Não é todos os dias que se arranjam negócios destes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Eduardo Catroga, com um negócio destes os chineses deviam pagar-lhe muito mais do que os 55 mil por mês!»
  
 Palhaçada na TAP

«O Governo aceitou manter os salários dos trabalhadores da TAP, mas a companhia aérea comprometeu-se a poupar mais de 73 milhões de euros, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério das Finanças.» [i]

Parecer:

Se a TAP não poupar o combinado recupera os salários que não cortou?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao caridoso secretário de Estado dos Transportes e ao forreta Gaspar.»
  
 Só agora?

«Os contribuintes vão passar agora a estar sujeitos a um “carimbo” de risco. A administração fiscal vai começar a avaliar o risco dos contribuintes à semelhança das agências de notação que atribuem "ratings" aos Estados e empresas.» [i]

Parecer:

Há anos que no mundo desenvolvido a aluta anti-fraude é conduzida com base em avaliações de risco.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se à DGCI que aprenda com as alfândegas.»