


Curioso, Alfama, Lisboa


Mindelo [A. Cabral]




Luís Menezes, deputadinho do PSD
Quem sai aos seus não degenera e o rebento de Luís Filipe Menezes mostra que não fica atrás do pai em idiotice. Quando o governo passa a mensagem de que vai obter o reembolso da gorjeta dada pelo secretário de Estado dos Transportes à Lusoponte, este rapazola imberbe vem atirar caca para a ventoinha convencido de que sujando os outros limpa os seus.
Se o rapazinho queria dar nas vistas só tinha que pedir a demissão do secretário de Estado, se não tem coragem para tanto então que fique calado que é para isso que se elegem deputados inexperientes, sem grandes recursos intelectuais e filhos do papá.
«O vice-presidente da bancada do PSD Luís Menezes afirmou hoje que "não há duplo pagamento" na Lusoponte, acusou o PS de fazer "chafurdice política" e a Estradas de Portugal de ser um "braço armado" do anterior Governo. » [DN]
Se o rapazinho queria dar nas vistas só tinha que pedir a demissão do secretário de Estado, se não tem coragem para tanto então que fique calado que é para isso que se elegem deputados inexperientes, sem grandes recursos intelectuais e filhos do papá.
«O vice-presidente da bancada do PSD Luís Menezes afirmou hoje que "não há duplo pagamento" na Lusoponte, acusou o PS de fazer "chafurdice política" e a Estradas de Portugal de ser um "braço armado" do anterior Governo. » [DN]

Uma pergunta a Passos Coelho: se o governo está reduzido a dez ministros porque razões hão-de os contribuintes pagarem o vencimento a um ministro, oito secretários de Estado, nove ou dez motoristas e algumas dezenas de adjuntos? Poupava-se nos vencimentos e nas transferências para a Lusoponte.




«Raul Solnado, lá onde está (a rir, claro), que me desculpe mas cito-o pela enésima vez: "Chefe, fiz um prisioneiro! - Onde está? - Não quis vir!" Já o tinha escrito ainda há dias? Que querem, não sou eu que me repito, é o País. O Governo tinha decidido cortar a direito: desde janeiro, os salários do sector empresarial do Estado sofrem cortes. Não discuto a medida, mas gabo a decisão universal. Enfim, semi-universal, porque os cortes não atingem os privados quando o mal é certamente do País, não só do Estado português. Mas, pronto, houve que cortar e cortou-se numa boa fatia, onde democraticamente levaram todos. "Chefe, fiz um prisioneiro!", poderia ter dito o ministro dos cortes a direito. "Onde está?", perguntou o chefe. "Está aqui!", poderia dizer o ministro, até ontem, mostrando o sector empresarial do Estado. Ontem, porém, voltámos à Guerra do Solnado e o ministro só pôde dizer: "Está aqui, mas só parte. A TAP não quis vir..." Aterrados aqui, vão dizer-me: lá estão os privilegiados do costume... Pois, dizem mal. O que conta nesta história não são os privilégios dos trabalhadores da TAP, que os têm, e agora mais este, o que contou foi a pusilanimidade do outro lado. Do outro lado que, temendo os da TAP, recuou. Repito, não discuto a bondade ou não dos cortes. Mas, se estes eram necessários, lamento é que não tivesse havido chefe para todos, só para alguns. Medidas duras com executores moles saem sempre furadas. » [DN]
Autor:
Ferreira Fernandes.

«Um vídeo de visualização obrigatória. Não apelas pelas motivações mais do que justificadas que levaram estas pessoas a agir, agitando milhões de consciências adormecidas para um problema específico e atroz que tem de ser solucionado, mas pela forma como prova que os movimentos de cidadania globais são a maior arma para enfrentar o terror, a guerra, a ditadura, a violência, a tortura, o ódio, os massacres, a injustiça, o medo e tudo aquilo que devemos combater, enquanto seres humanos, com todas as nossas forças. Vejam e partilhem.» [Expresso]
Autor:
Tiago Mesquita.

«Mariano Rajoy, o primeiro-ministro espanhol, declarou suavemente na semana passada em Bruxelas que ia “tomar uma decisão soberana” – uma frase herética nos luminosos tempos que correm. E anunciou soberanamente (diz que sem falar com ninguém porque não precisava) que o défice espanhol não iria baixar para 4,4% – como queria a Comissão Europeia –, mas apenas para 5,8% do PIB em 2012. Com uma taxa de desemprego que se aproxima dos 25% e metade dos cidadãos jovens sem trabalho, uma decisão do governo espanhol de encolher o défice de 8,5% para quase metade significaria ainda mais desemprego, muito menos consumo (que já não é grande coisa) e recessão ainda mais agravada.
Mariano, ainda que obrigado àquela ideia peregrina da constitucionalização do limite do défice (imposta pelo socialista Zapatero), decidiu poupar os cidadãos a um esforço draconiano e mandar o ajustamento merkeliano à fava. Quem não dava nada por Mariano, cuja principal qualidade política parecia ser uma paciência de Job na espera da queda de Zapatero, ficou espanado.
A declaração de Mariano Rajoy é importante, a vários níveis. Primeiro, é um arroubo de soberania numa Europa germanizada onde, como já vários escreveram, o keynesianismo está à beira de ser ilegalizado. Afinal introduzir o limite do défice na Constituição ilegaliza qualquer política expansionista – o mundo não teria recuperado da Grande Depressão, nem a Europa da Segunda Guerra, se essa lei estúpida estivesse em vigor. O anúncio de Rajoy tem a vantagem inominável de questionar o novo pacto de estabilidade e de pôr a Comissão a discutir rapidamente que são agora viáveis os tais “procedimentos” por défice excessivo.
É óbvio que Mariano Rajoy está a abrir um caminho, difícil. O que a Europa deveria estar a discutir já seria a flexibilização das metas do défice numa conjuntura económica terrivelmente recessiva – mas, como no seu conjunto está economicamente insana, aprova pactos para satisfazer o eleitorado alemão. A “revolta” de Rajoy é uma boa notícia para todos os países frágeis do euro, com Portugal à cabeça: como notava aqui há dias o “Wall Street Journal”, um ajustamento mais flexível em Espanha significa que os nossos vizinhos podem importar mais. Como a única esperança de melhorar a economia nacional são agora só as exportações, e se Espanha é um dos nossos principais mercados, percebe-se quanto a revolta espanhola interessa à economia portuguesa. Em vez de continuar a dizer que não vai atrás de Espanha e cumprirá o défice, Passos devia estar a mandar a Rajoy um cartãozinho de agradecimento. » [i]
Mariano, ainda que obrigado àquela ideia peregrina da constitucionalização do limite do défice (imposta pelo socialista Zapatero), decidiu poupar os cidadãos a um esforço draconiano e mandar o ajustamento merkeliano à fava. Quem não dava nada por Mariano, cuja principal qualidade política parecia ser uma paciência de Job na espera da queda de Zapatero, ficou espanado.
A declaração de Mariano Rajoy é importante, a vários níveis. Primeiro, é um arroubo de soberania numa Europa germanizada onde, como já vários escreveram, o keynesianismo está à beira de ser ilegalizado. Afinal introduzir o limite do défice na Constituição ilegaliza qualquer política expansionista – o mundo não teria recuperado da Grande Depressão, nem a Europa da Segunda Guerra, se essa lei estúpida estivesse em vigor. O anúncio de Rajoy tem a vantagem inominável de questionar o novo pacto de estabilidade e de pôr a Comissão a discutir rapidamente que são agora viáveis os tais “procedimentos” por défice excessivo.
É óbvio que Mariano Rajoy está a abrir um caminho, difícil. O que a Europa deveria estar a discutir já seria a flexibilização das metas do défice numa conjuntura económica terrivelmente recessiva – mas, como no seu conjunto está economicamente insana, aprova pactos para satisfazer o eleitorado alemão. A “revolta” de Rajoy é uma boa notícia para todos os países frágeis do euro, com Portugal à cabeça: como notava aqui há dias o “Wall Street Journal”, um ajustamento mais flexível em Espanha significa que os nossos vizinhos podem importar mais. Como a única esperança de melhorar a economia nacional são agora só as exportações, e se Espanha é um dos nossos principais mercados, percebe-se quanto a revolta espanhola interessa à economia portuguesa. Em vez de continuar a dizer que não vai atrás de Espanha e cumprirá o défice, Passos devia estar a mandar a Rajoy um cartãozinho de agradecimento. » [i]
Autor:
Ana Sá Lopes.


«Agricultores e ambientalistas consideram que o pedido de ajuda que a ministra da Agricultura fez a Bruxelas por causa da seca "já vem tarde" e que o Governo devia tomar outras medidas. » [DN]
Parecer:
Não têm calma, não percebem que a senhora é super ministra e não tem nem tempo, nem pachorra para ver os boletins meteorológicos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Os agricultores e ambientalistas que tenham calma, a dra. Cristas está farta de rezar, quase já gastou as pedras o terço de tanto as dedilhar. Além disso, se o que querem é dinheiro dirijam-se ao Gaspar ou ao secretário de Estado dos Transportes, um tem dinheiro e o outro é muito generoso.»

«A administração da empresa Estradas de Portugal (EP) enviou uma carta ao secretário de Estado dos Transportes a dizer que um duplo pagamento à Lusoponte seria "difícil de entender", sobretudo, em tempos de escassez de recursos públicos, avança a TSF.
A empresa lembra que os 4,4 milhões de euros transferidos pelo Estado à Lusoponte são receitas da própria Estradas de Portugal, pelo que é "destituído de qualquer fundamento a entrega desta verba destinada a compensar a Lusoponte".
"A EP reteve esse dinheiro, mas o Governo considerou que a operação não tinha suporte legal; daí o despacho do secretário de Estado dos Transportes que devolveu esse valor à Lusoponte, mesmo com o fim da isenção das portagens na Ponte 25 de Abril em Agosto", escreve a rádio na sua edição online.
Ainda hoje o secretário de Estado das Obras Públicas, Sérgio Silva Monteiro, anunciou que os 4,4 milhões de euros pagos indevidamente à Lusaponte serão recuperados no próximo pagamento a fazer à concessionária das Pontes 25 de Abril e Vasco da Gama. Para que tal possa avançar é preciso que seja assinado um novo acordo de reequilíbrio financeiro entre o Estado e a concessionária.» [DE]
A empresa lembra que os 4,4 milhões de euros transferidos pelo Estado à Lusoponte são receitas da própria Estradas de Portugal, pelo que é "destituído de qualquer fundamento a entrega desta verba destinada a compensar a Lusoponte".
"A EP reteve esse dinheiro, mas o Governo considerou que a operação não tinha suporte legal; daí o despacho do secretário de Estado dos Transportes que devolveu esse valor à Lusoponte, mesmo com o fim da isenção das portagens na Ponte 25 de Abril em Agosto", escreve a rádio na sua edição online.
Ainda hoje o secretário de Estado das Obras Públicas, Sérgio Silva Monteiro, anunciou que os 4,4 milhões de euros pagos indevidamente à Lusaponte serão recuperados no próximo pagamento a fazer à concessionária das Pontes 25 de Abril e Vasco da Gama. Para que tal possa avançar é preciso que seja assinado um novo acordo de reequilíbrio financeiro entre o Estado e a concessionária.» [DE]
Parecer:
Um governante só pode dar quatro milhões por dois motivos, ou por caridade e generosidade, ou por corrupção.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se o secretário de Estado dos Transportes.»

«As temperaturas durante o próximo fim-de-semana vão rondar os 22 graus, de acordo com as previsões do Instituto de Meteorologia, que indica que os valores da temperatura máxima estão acima dos valores médios para o mês de março.» [Diário Digital]
Parecer:
Porque razão o Senhor não estará a atender os pedidos desta crente?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à ministra se não cometeu algum pecadilho nos últimos tempos.»

«A EDP obteve lucros de 1.125 milhões de euros em 2011, mais quatro por cento do que no ano anterior, o que representa o melhor ano de sempre da elétrica.» [i]
Parecer:
Os chineses pagaram 2,69 mil milhões por um quarto de uma empresa que só num ano tem 1,125 mil milhões de lucro e ainda vão receber quase um quarto deste dinheiro quase sem que ainda tenham pago. Não é todos os dias que se arranjam negócios destes.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Eduardo Catroga, com um negócio destes os chineses deviam pagar-lhe muito mais do que os 55 mil por mês!»

«O Governo aceitou manter os salários dos trabalhadores da TAP, mas a companhia aérea comprometeu-se a poupar mais de 73 milhões de euros, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério das Finanças.» [i]
Parecer:
Se a TAP não poupar o combinado recupera os salários que não cortou?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao caridoso secretário de Estado dos Transportes e ao forreta Gaspar.»

«Os contribuintes vão passar agora a estar sujeitos a um “carimbo” de risco. A administração fiscal vai começar a avaliar o risco dos contribuintes à semelhança das agências de notação que atribuem "ratings" aos Estados e empresas.» [i]
Parecer:
Há anos que no mundo desenvolvido a aluta anti-fraude é conduzida com base em avaliações de risco.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se à DGCI que aprenda com as alfândegas.»





